No começo do ano, a Prefeitura reforçou que buscava apoio do Governo Federal para obras; de lá para cá, pouco mudou e buracos só aumentam
Buracos dão dor de cabeça para quem trânsita pela Miguel Gemma (Foto: Mariana Acioli / O Diário)
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No começo do ano, a Prefeitura reforçou que buscava apoio do Governo Federal para obras; de lá para cá, pouco mudou e buracos só aumentam
Buracos dão dor de cabeça para quem trânsita pela Miguel Gemma (Foto: Mariana Acioli / O Diário)
Entra ano e sai ano; governos municipal, estadual e federal vêm e vão, mas velhos problemas persistem. Buracos, depressões e ‘remendos’ no asfalto. É isso que o motorista que trafega pela avenida Engenheiro Miguel Gemma, em Mogi das Cruzes, enfrenta diariamente, há um longo tempo.O problema mais parece uma novela e se estende não há meses, mas sim há décadas, desde a gestão Junji Abe - prefeito de Mogi de 2001 até 2008.
A reportagem voltou a percorrer a via - que dá acesso para a rodovia Mogi-Salesópolis (veja fotos) após receber novas reclamações. As más condições afetam tanto quem vai para a cidade de Salesópolis como o pessoal da indústria que trabalha naquela área.
Em uma das curvas surgiu uma verdadeira ‘cratera’ na pista, que pode colaborar para acidentes, caso motoristas não andem atentos. Aliás, sem atenção, o motorista vai ter dor de cabeça com os estragos nos pneus e também nos amortecedores do carro, por conta dos buracos que se encontram por toda a via.
(Foto: Mariana Acioli / O Diário)
Em março deste ano, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana afirmou a O Diário que estava buscando apoio do Governo Federal, por meio do programa Avançar Cidades - Mobilidade Urbana, para um projeto completo de recuperação.
Mas, tal promessa foi para frente? De lá para cá, a única novidade foi que a avenida passou a ter mão dupla de direção no trecho entre o encontro com a rua Júlio Perotti e a avenida Santa Rita, no Jardim Armênia, no Socorro.
Questionada novamente, a pasta reforçou, em nota, que as obras necessárias para a avenida Engenheiro Miguel Gemma “são de grande porte e incluem, por exemplo, ações de drenagem, troca de solo, pavimentação, além de ciclofaixas e acessibilidade”.
(Foto: Mariana Acioli / O Diário)
“Levando-se em conta que a avenida é uma via de entrada para o município, atendendo aos motoristas que vêm de Salesópolis e Biritiba Mirim, além de bairros como Cocuera, é preciso a elaboração de projetos executivos que incluam ainda análise de volume de veículos, ônibus e caminhões”, destacou a Secretaria.
Na avaliação da pasta, o volume de recursos necessários para este tipo de obra depende fundamentalmente de parcerias com o Governo Estadual e, principalmente, Federal. “A Prefeitura de Mogi realiza gestões contínuas junto a essas esferas de poder, em busca de programas que permitam buscar esses investimentos”, esclarece.
Ou seja, uma solução para as reclamações ainda está distante. Enquanto esses recursos não são obtidos, a administração municipal, por meio da Secretaria de Infraestrutura Urbana diz que “realiza periodicamente ações de tapa-buracos e manutenção na avenida, com o objetivo de garantir as melhores condições possíveis de tráfego aos motoristas”.
Problema antigo
Conforme já destacado em reportagens de O Diário, durante a gestão de Junji Abe, a obra de duplicação da Miguel Gemma foi realizada e concluída, mas com muitos problemas. A situação se agravou, desde então.
Pista está em más condições (Foto: Mariana Acioli / O Diário)
Em explicação a O Diário, o ex-prefeito Junji Abe contou que a briga com a empreiteira foi parar na Justiça.
Como já mostrado, o projeto não contou com um sistema de drenagem para o escoamento da água da chuva. Por isso, apenas tapar os buracos não resolve a questão como um todo, já que o acúmulo de água abre novas cavidades. E os inúmeros serviços de “tapa-buraco” causam também outro transtorno para os motoristas: uma via repleta de remendos.
Na gestão anterior, o prefeito Marcus Melo (PSDB) chegou a determinar que secretários e técnicos ligados aos setores de Obras e Serviços Urbanos da cidade procedessem uma sondagem de solo junto à avenida Miguel Gemma para buscar uma solução de custo menos elevado que possa resolver o problema. Mas o trabalho não foi adiante.
Em março deste ano, após ser questionada sobre a via por este jornal a Secretaria Infraestrutura Urbana explicou que o novo projeto inclui obras de drenagem e de recapeamento asfáltico.
A Operação Tapa-Buraco é um serviço paliativo, para garantir a trafegabilidade da via, que porém não resolve as situações estruturais pendentes.
Outras vias
No leque de problemas não resolvidos de Mogi entram também a estrada Fujitaro Nagao, no Cocuera, e a estrada do Pavan, na chegada da cidade pela rodovia Mogi-Dutra (SP-88).
Estrada do Pavan recebe a operação de tapa-buraco de tempos em tempos enquanto aguarda obra para melhorar o sistema de drenagem (Arquivo / O Diário)
A Prefeitura de Mogi informa que a Estrada Fujitaro Nagao, que liga a Mogi-Salesópolis à Mogi-Bertioga, permanecerá interditada neste sábado (17), para trabalhos de roçada da vegetação às margens das pistas.
Os serviços se aproximam da finalização, explica a administração, acrescentando que “a medida é essencial para garantir a segurança de todos que utilizam a estrada, bem como dos funcionários da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana destacados para o serviço”.
A interdição estará sinalizada, com apoio da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana. Os ônibus que têm a estrada do Nagao como parte do itinerário poderão circular, para evitar impactos ao transporte coletivo municipal. O trânsito local também será permitido.
No final do último mês, O Diário publicou reportagem com representantes de moradores, que reclamavam da falta de manutenção da via, problemas com sinalização e mato no acostamento.
Para a estrada do Evangelho Pleno, ou estrada do Pavan como é conhecida, as dificuldades são maiores, como já destacado pela administração. É preciso uma parceria com o governo do Estado. A vicinal de 1,5 km, que liga à via Perimetral, também está repleta de buracos e margens encobertas pela vegetação alta.
A duplicação e melhorias, como acostamento, são reivindicadas há três décadas, desde quando o acesso municipal se tornou obrigatório aos caminhões que chegam à cidade após graves acidentes na entrada da Ponte Grande. A Prefeitura também já informou que busca ajuda do Governo do Estado para viabilizar tais trabalhos.
O governo de Rodrigo Garcia (PSDB) acaba nos próximos dias, para dar lugar a Tarcísio de Freitas (Republicamos), que se mostrou disposto a cooperar para resolver estes problemas de Mogi.
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