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Edital do pedágio pode ser publicado apenas em 2021; projeto segue sem detalhes

O edital de concessão do Lote Rodovias do Litoral Paulista, que prevê a instalação de um pedágio na rodovia Mogi-Dutra (SP-88) e também agrega a Mogi-Bertioga (SP-98), poderá não ser publicado neste mês – prazo que vinha sido apresentado até então em notas oficiais da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), conforme […]

1 de dezembro de 2020

Reportagem de: O Diário

O edital de concessão do Lote Rodovias do Litoral Paulista, que prevê a instalação de um pedágio na rodovia Mogi-Dutra (SP-88) e também agrega a Mogi-Bertioga (SP-98), poderá não ser publicado neste mês – prazo que vinha sido apresentado até então em notas oficiais da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), conforme apurado pela reportagem de O Diário. 

Questionada pela reportagem, a assessoria de imprensa da autarquia estadual informou, por telefone, que “a princípio seria (publicado em dezembro), mas por enquanto não temos definição concreta do novo cronograma”. Também prometeu divulgar mais detalhes quando houver novas definições. Não foram estipuladas novas dadas. O projeto segue escasso de detalhes, trazendo dúvidas até para lideranças políticas de Mogi. 

O edital estava previsto para ser concluído em março, fato que não ocorreu devido à necessidade de alteração do projeto após grande pressão popular encontrada em Mogi contra a instalação do pedágio na cidade, conforme já admitiu o próprio secretário de Estado de Logística e Transportes, o engenheiro João Octaviano Machado Neto, para este jornal durante visita a região no final de outubro. 

Nesta terça-feira (1), a Artesp voltou a informar que “não há decisão e aprovação, pois o estudo da concessão segue no Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização – CDPED, Secretaria de Governo. Informamos que mantêm-se oficiais informações prestadas durante consulta pública”.

Independentemente destas alterações, líderes do movimento Pedágio Não prometem permanecer mobilizados até que o governador João Doria (PSDB) descarte definitivamente a ideia de implantação de uma praça de cobrança na rodovia Mogi-Dutra ou em qualquer outro acesso da cidade. 
O movimento popular que reúne entidades de Mogi e região fez uma pausa nas manifestações durante o período eleitoral, visando evitar “interferências políticas”, como destaca o fundador Paulo Boccuzzi.

“Reforçamos que esse é um movimento da cidade e apartidário. Esse tempo de eleições poderiam trazer promessas infundadas. Também foi uma forma de evitar que o movimento tivesse sido usado para alavancar a campanha de alguém, o que não foi feito”, acrescenta ele. 

Passadas as eleições, o grupo está de volta à ativa e buscará primeiramente se interar nos “bastidores” do projeto. “Queremos entender para que lado essa discussão caminhou, e dependendo disso, organizaremos nossa mobilização”. Novas carreatas e manifestações não estão fora do radar. 

Paulo afirma ainda que o movimento tem a responsabilidade de manter o assunto em pauta junto à população. “Não podemos criar a ilusão que a solução deste problema está na mão dos políticos. A mobilização popular é que pode fazer a diferença”, reforça. Também seguindo essa linha de pensamento. O Diário buscará fazer uma série de reportagens sobre esse assunto nesta semana. 

“Sentimos que a definição sobre o pedágio pode ter sido atrasada por conta das eleições e que novidades devem ser divulgadas em breve, por isso devemos permanecer atentos e lembrar que só a pressão popular pode afastar de vez essa ideia, ainda viva”, alerta Boccuzzi. 

O Pedágio Não realizou no dia 17 de outubro seu ato mais recente: uma das maiores carreatas da trajetória iniciada há um ano. Segundo os organizadores, o manifesto reuniu cerca de 300 veículos, que percorreram, de forma pacífica, a Mogi-Dutra até o emblemático km 45 – local inicialmente cotado para receber a praça de cobrança. 

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