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Cresce o número de internações por Covid-19 em enfermarias e UTIs de Mogi

A Secretaria Municipal de Saúde pode acionar a qualquer momento a estratégia elaborada para ampliar a capacidade de internação de pacientes com a instalação de 75 leitos, caso uma segunda onda da Covid-19 se confirme no futuro próximo. Entre outubro e novembro, a ocupação dos hospitais que são referência para a doença, o Municipal de […]

27 de novembro de 2020

Reportagem de: O Diário

A Secretaria Municipal de Saúde pode acionar a qualquer momento a estratégia elaborada para ampliar a capacidade de internação de pacientes com a instalação de 75 leitos, caso uma segunda onda da Covid-19 se confirme no futuro próximo. Entre outubro e novembro, a ocupação dos hospitais que são referência para a doença, o Municipal de Braz Cubas e Luzia de Pinho Melo, registra uma alta sustentada na demanda por vagas em enfermaria e Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Há mais pessoas infectadas pela doença na comparação entre esses dois meses, embora o número de mortes esteja em queda..

Apesar desse quadro, os boatos de que esses dois serviços estão superlotados são descartados pelo médico Henrique Naufel, secretário municipal de Saúde. Segundo ele, em novembro, a taxa média de ocupação hospitalar, que é fluante, estava entre 70% e 80%, 10% a mais do que a registrada em outubro.

Naufel explica que a dinâmica de internações é rapida. “Ela muda a toda hora porque há a entrada de pacientes, e logo depois, a alta”. Ou seja, em determinados dias e horários, ela pode superar o percentual médio. De acordo com ele, ainda, é nítido o aumento dos casos nas últimas três semanas, em comparação com outubro. E, isso, tanto em testes feitos nos hospitais quanto em locais como as Upas.

Leia também: Região não registra mortes por Covid-19 pela primeira vez em sete meses

Desde a quinta-feira, circula comentários de que o hospital Luzia de Pinho Melo estaria superlotado, o que foi refutado por Naufel. A Secretaria de Estado de Saúde também descartou essa situação. “Não é verdade, temos conversado diariamente com a direção do Luzia, da Santa Casa, dos hospitais particulares, e não há superlotação. Agora, que há uma alta de casos confirmados, sim, isso é real e está sendo monitorado por nós e a Secretaria Estadual de Saúde”.

 

PLANO A

O Diário noticiou com exclusividade no final de semana, os preparativos da Secretaria Municipal de Saúde para utilizar a estrutura da Unica Fisio, ao lado do Hospital Municipal de Braz Cubas, diante do aumento dos casos. Além dos 30 leitos ali existentes, a pasta também possui outras 45 vagas, que podem ser ativadas imediatamente.

“Nós temos um ‘plano a’ pronto para ser colocado em prática”, comentou, acrescentando que foi a programação de retomava das cirurgias eletivas no Hospital de Braz Cubas, justamente em função da preocupação com um aumento de casos.

“Veja, não estamos isolados. O que aconteceu na Europa caminha para também ser concretizado no Brasil. Nós temos um aumento de casos sustentado, com a manutenção de um mesmo patamar, sem o registro de uma elevação. E se houver uma mudança nesse quadro, Mogi e a região do Alto Tietê estão preparadas para responder, inclusive porque tivemos a experiência anterior, nos meses passados”

O médico ressaltou, no entanto, que essa curva é ascendente e estável, e não um “repique”, ocm altos e baixos, como classificou recentemente o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

 

SEGUNDA ONDA

Henrique Naufel admitiu que ninguém consegue estimar como e quando será a segunda onda no Brasil. “Para mim, não deixamos a primeira onda, não zeramos os casos e mortes”, resumiu, comentando que há muita especulação e expectativa diante do que está ocorrendo em outros países.

Quando questionado se os casos poderiam ser maiores no inverno, ele ponderou: “a pandemia não é uma receita de bolo. Ninguém acertou previsões no passado, e nem agora, o que a Secretaria trabalha são com números, dados reais. Hoje, temos um aumento sustentado dos casos”.

O que tememos, sublinhou ele, é uma onda diferente da primeira, quanto tivemos a subida dos casos até o achatamento da curva de mortes, e a queda, posteriormente. O que ninguém sabe é se teremos, por exemplo, uma pico, muitos casos de uma só vez, o que exigirá preparo para atender os pacientes”.

Esse imprevisibilidade, diante de um fato real, o aumento da detecção da doença, impõe o reforço dos cuidados sanitários para conter a contaminação de mais pessoas – o grande desafio é conter a tendência de flexibilização da rotina de cuidados básicos, como o uso da máscara.

 

VACINA

A Secretaria Municipal de Saúde dependerá do modelo de distribuição das primeiras vacinas para definir a campanha de imunização. ‘Não temos nenhuma informação ainda sobre como e quando isso acontecerá. Essa será uma decisão do governo federal, mas acreditamos que ações, como o drive thru, podem ser reeditadas”, comentou.

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