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Fortes chuvas afetam mais de 500 pessoas em Mogi

O Diário mostrou que, em razão das fortes chuvas que castigam Mogi das Cruzes nos últimos dias, a prefeitura decretou “situação de emergência” no municipio. Junto deste comunicado, foi divulgada a informação de que 24 pessoas, de nove famílias, estão acomodadas nos abrigos municipais. Mas, além delas, como afirmou o prefeito Caio Cunha (PODE) em […]

4 de fevereiro de 2023

Reportagem de: O Diário

O Diário mostrou que, em razão das fortes chuvas que castigam Mogi das Cruzes nos últimos dias, a prefeitura decretou “situação de emergência” no municipio. Junto deste comunicado, foi divulgada a informação de que 24 pessoas, de nove famílias, estão acomodadas nos abrigos municipais. Mas, além delas, como afirmou o prefeito Caio Cunha (PODE) em entrevista à TV Diário neste sábado (4), já são mais de 500 as pessoas afetadas.

Em resposta às perguntas feitas pela jornalista Mirielly de Castro, Caio disse que é ‘importante entender” esta informação. Ele explica: “Essa noite a gente ultrapassou 500 pessoas e é interessante entender esse dado, porque embora a gente tenha abrigos preparados, não é todo mundo que quer ficar no abrigo, muitas vezes por conta de medo de perder os pertences por roubo ou alguma coisa”.

Ou seja: 24 pessoas, de nove famílias estão sendo atendidas nos abrigos da Escola Municipal Professora Florisa Faustino Pinto e do Ginásio Municipal de Esporte Professor Hugo Ramos, o Hugão. Mas o número total de pessoas afetadas é muito maior.

“Na verdade, desde café da manhã, almoço e todo o atendimento, a gente engloba mais de 500 pessoas”, crava o prefeito. Os serviços também incluem a distribuição de itens de primeira necessidade como kits de limpeza, colchões, cobertores e cestas básicas.

Muitos dos atendidos vivem “no Oropó e alguns na antiga favela do Gica, na Vila Nova Estação”, onde “ainda tem casas debaixo d’água”.

Mas se essas pessoas não estão nos abrigos, onde estão? “Várias estão em casas de parentes, ou vizinhos, e algumas ainda ficam dentro de casa,  para preservar o que restou. Mas fazemos o atendimento de todas com alimento, mantimento e tudo o que precisarem”, afirma o prefeito.

Caio diz ainda que muitas pessoas “aceitam o acolhimento”, mas outras, “por ter relação muito próxima com o lugar ou cuidado com a casa, acabam desejando não sair”.

A Prefeitura, diz ele, “respeita a autonomia das pessoas”, mas “a vida vem em primeiro lugar”, então “em algumas situações temos que intervir até com mais rigidez para que elas saiam, porque o principal é a segurança e o atendimento a elas”.

 

O decreto

Com últimos dias “bem delicados”, a Prefeitura de Mogi decidiu decretar “situação de emergência” na cidade. “Só nessa última semana choveu o correspondente a quase o mês inteiro. Choveu muito e isso aponta uma necessidade de estado de emergência, qualifica a nossa cidade a estar mais atenta e mais próxima da nossa Defesa Civil do Estado”, justificou o prefeito em entrevista à TV Diário.

Vale lembrar que o decreto 21.572 não é de “calamidade pública”, que seria um estado posterior. Mas o quadro é “crítico”, e o objetivo é “classificar a cidade a ter processo de mais agilidade, algumas ações e intervenções do próprio Estado”.

Caio também fala da possível “vinda de recursos” que serão utilizados para diferentes frentes, desde medidas estruturantes até ações de acolhimento.

“A gente não sabe até quando que isso vai durar, então há várias ações que precisam ser feitas, mas serão feitas mediante análise cada vez mais prounda. O cenário muda constantemente”, avalia ele, que convoca, ainda, o “a sensibilidade do mogiano”.

“Estamos recebendo doações. Hoje, por exemplo, estamos no Pró-hiper com drive thru para receber mantimentos, desde roupa para criança/adulto, alimento não perecível, kit de higiene, fralda, absorvente. Tem gente que perdeu literalmente tudo e só está com a roupa do corpo, então toda ajuda é bem vinda”, comunica o prefeito, que fez o repasse de “todo o estoque do fundo social”, mas mesmo assim pede apoio pois “o volume é grande”.

Folia ameçada

Ainda nesta entrevista a TV Diário, o prefeito Caio Cunha falou da possibilidade de adiamento ou cancelamento do Carnaval de rua em Mogi, por causa das chuvas. Clique aqui para ler mais.

 

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