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Câmara alerta para paralisação de reforço a crianças com deficiência em escola de Mogi

Problemas na rede municipal de ensino de Mogi das Cruzes, como a paralisação do reforço oferecido a crianças com deficiência na Escola Municipal Professor Adolfo Martini, na Vila Industrial, foram discutidos na sessão da Câmara desta terça-feira (22), que aprovou projeto para garantir vaga em escola perto de casa também aos alunos com deficiência.   “A […]

22 de fevereiro de 2022

Reportagem de: O Diário

Problemas na rede municipal de ensino de Mogi das Cruzes, como a paralisação do reforço oferecido a crianças com deficiência na Escola Municipal Professor Adolfo Martini, na Vila Industrial, foram discutidos na sessão da Câmara desta terça-feira (22), que aprovou projeto para garantir vaga em escola perto de casa também aos alunos com deficiência.  

“A educação em Mogi das Cruzes está caótica, no momento em que alunos e servidores regressam às escolas após mais de um ano perdido por conta da pandemia, deparam-se com situações lamentáveis. Denúncias de estruturas precárias nas escolas, salas sem professores, merenda escolar vencida, crianças sendo mandadas para escolas distantes já foram recebidas por nós vereadores. Agora a mais recente: crianças com deficiência estão tendo suas aulas de reforço paralisadas, devido à falta de professores na E.M. Adolfo Martini. No início do ano letivo, 10% das salas de aula em Mogi ficaram sem professores, retirando professores de áreas administrativas e de alunos com deficiência, desvestindo um santo, para cobrir outro”, enfatizou o vereador Iduigues Martins (PT).

Ele apresentou indicada endereçada ao prefeito Caio Cunha (PODE), aprovada em plenário, pedindo o retorno imediato das aulas de reforço para crianças com deficiência na E.M. Adolfo Martini.

Procurada por O Diário, a Secretaria Municipal de Educação informou que a professora responsável pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE) da escola Adolfo Martini foi deslocada temporariamente para atuar em sala de aula enquanto o calendário do Atendimento Educacional Especializado (AEE) na rede municipal não havia tido início. “O calendário foi retomado no dia 21 de fevereiro para assinatura dos Termos de Adesão, organização da grade de atendimento e atualização de cadastro dos alunos”, trouxe a nota enviada a este jornal na tarde desta terça-feira (22).

Também na sessão ordinária, a Câmara aprovou o projeto de lei que assegura aos estudantes da rede municipal o ingresso na instituição de ensino mais perto de onde eles moram. A propositura de iniciativa dos vereadores Eduardo Hiroshi Ota (PODEMOS), José Luiz Furtado (PSDB) e Jonhross Jones Lima (PODEMOS) estende ainda o benefício aos alunos cujos pais ou responsáveis também tenham deficiência ou sejam idosos.

Os beneficiários da lei atestarão a proximidade da residência às respectivas escolas por meio de apresentação de comprovante de endereço. A proposta tem como objetivo atenuar os obstáculos que eventualmente possam impedir ou atrapalhar o acesso dos alunos ao aprendizado, já que muitas das deficiências geram dificuldades de locomoção.

O vereador Johnross explicou que o projeto resgata a dignidade das pessoas com deficiência, dos idosos e dos pais com deficiência. “Conheci uma mãe que tinha que colocar uma filha deficiente já grandinha no carrinho de bebê para levá-la até a escola. O IBGE de 2010 aponta 25 mil pessoas com deficiência em Mogi, sendo que esse dado já está defasado. A realidade está escondida porque não sentimos o problema na pele”, completa.

Co-autor da proposta, o vereador Eduardo Ota, avalia que o projeto é um divisor de águas. “Muitas crianças deixam de estudar pela distância da escola. É um projeto simples, mas bastante transformador”, considera.

Já o vereador Zé Luiz alertou que é preciso garantir que as escolas estejam preparadas para receber essas crianças. “Que possamos avançar sempre mais na educação e na inclusão”, disse.

Agora, o projeto de lei será encaminhado ao prefeito Caio Cunha (PODEMOS), que terá 15 dias para sancionar ou vetar a proposta legislativa.
 
Também na sessão desta terça-feira (22), a Câmara aprovou o projeto que torna compulsória a disposição de telefone para reclamações mediante casos de violação à exclusividade de estacionamento destinada a gestantes, idosos, pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida na cidade. A proposta de autoria do vereador Milton Lins da Silva (PSD), o Bi Gêmeos, obriga que o canal telefônico esteja visível nas placas sinalizadoras das vagas especiais, em espaços como supermercados, bancos, estabelecimentos comerciais, shoppings, feiras, etc.

Segundo o parlamentar, o não cumprimento de tal medida, prevista pelo Código de Trânsito Brasileiro, está sujeito à multa gravíssima, mesmo assim, muitos cidadãos desobedecem a essa norma. “Por causa da insuficiência de agentes de trânsito, o direito dessas pessoas acaba violado. Agora, vamos estabelecer um canal direto para denúncias”, disse.

Ainda na sessão desta terça-feira (22), foi aprovada a moção para que Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) inclua no Censo 2022 dados sobre animais domésticos. A proposta é da vereadora Fernanda Moreno (MDB) e faz o apelo ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e ao Congresso Nacional.

Fernanda lembra que o último levantamento deste tipo foi realizado em 2019, quando havia foram contabilizados 139,9 milhões de pets no Brasil. A moção da vereadora também será encaminhada aos deputados federais Baleia Rossi (MDB), Marco Aurélio Bertaiolli (PSD), Márcio Alvino (PL), Roberto Alves de Lucena (PODE), Ricardo Izar Júnior (PP), e remetida aos deputados estaduais Bruno Lima (PSL) e Bruno Arevalo Ganem (PODE).

 
 

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