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ESPECIAL MOGI 462 ANOS

Bairros cortados pela Mogi-Bertioga devem ser qualificados

Plano Diretor prevê zonas de contenção da urbanização na região às margens da rodovia e da avenida Kaoru Hiramatsu

Carla Olivo
01/09/2022 às 10:36.
Atualizado em 01/09/2022 às 10:36

Áreas às margens da rodovia Mogi-Bertioga devem passar por processo de qualificação (Imagem: Arquivo O Diário)

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ESPECIAL MOGI 462 ANOS

Bairros cortados pela Mogi-Bertioga devem ser qualificados

Plano Diretor prevê zonas de contenção da urbanização na região às margens da rodovia e da avenida Kaoru Hiramatsu

Carla Olivo
01/09/2022 às 10:36.
Atualizado em 01/09/2022 às 10:36

Áreas às margens da rodovia Mogi-Bertioga devem passar por processo de qualificação (Imagem: Arquivo O Diário)

A região sul de Mogi das Cruzes, cortada pela rodovia Mogi-Bertioga - caminho para o litoral muito utilizado não apenas pelos mogianos, mas em grande parte por turistas vindos da capital paulista, Zona Leste de São Paulo, região do Vale do Paraíba, entre outras -, é uma das que precisaram ter a ocupação urbana contida para dar espaço ao processo de qualificação destas áreas.

Neste ponto da cidade, onde havia um vetor de desenvolvimento grande, com a ampliação urbana seguindo além das margens da avenida Kaoru Hiramatsu, houve a necessidade de criação de uma zona de contenção urbana, prevista no Plano Diretor de Mogi das Cruzes, para retrair este processo. 

O documento instituído pela Lei Complementar 150, de 26 de dezembro de 2019, estabelece um sistema de planejamento urbano que inclui as disposições fundamentais da regulação urbanística do município, para as áreas urbana e rural.

A medida de contenção se tornou necessária, principalmente nos últimos anos, após obras de infraestrutura urbana e duplicação da Kaoru Hiramatsu, entre a Mogi-Bertioga e a avenida Japão, implantação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e entrega de moradias populares em condomínios habitacionais do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ entre os bairros do Oropó e Porteira Preta, já que desde então esta região tem atraído novos moradores e investidores.

Um dos exemplos de empresários que apostam no potencial local é o grupo Alabarce, que em junho último inaugurou um amplo e moderno supermercado às margens da Mogi-Bertioga, na altura do trevo de acesso à Kaoru Hiramatsu. 

O empreendimento também conta com espaço destinado à instalação de 18 lojas de segmentos diversificados, na área do boulevard, gerando novas opções de comércio aos moradores locais e também a quem passa por lá durante viagem ao litoral.

Nas proximidades do supermercado, também há uma ampla área que deve ser transformada em loteamento para se somar aos demais condomínios residenciais que passaram a compor o cenário daquele ponto da cidade nos últimos anos.

“O planejamento para esta região que vai do sul de Braz Cubas até a avenida Kaoru Hiramatsu, assim como acontecerá no distrito de Jundiapeba, tem como principal objetivo a qualificação. Há uma região até a Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais (APRM), que ainda iria crescer como cidade, mas já subindo para a Serra do Mar, no entanto, com o Plano Diretor conseguimos retrair isso”, explica o secretário municipal de Planejamento e Urbanismo, Cláudio Rodrigues.

Ele também observa que a medida de contenção da urbanização nestes locais é condição essencial para viabilizar o processo de qualificação destas áreas em todos os aspectos, incluindo o ambiental, que deve ser desenvolvido em parceria com as universidades da cidade, com foco nas características do município e conectando a Serra do Mar à do Itapeti.

“Não adianta ter terrenos livres muito distantes da região central da cidade, porque fica muito mais caro para levarmos saneamento, drenagem e infraestrutura, não apenas de água e esgoto, mas também de equipamentos públicos”, exemplifica Rodrigues.

Ainda na avaliação do secretário, a qualificação destas áreas deve contar com serviços eficientes, além das melhorias necessárias em obras de infraestrutura. “No transporte público, por exemplo, ainda não temos um modal de integração entre o trem, que é um grande metrô de superfície, os ônibus, a mobilidade ativa de ciclovia...”, observa o secretário.

 Nos próximos anos, segundo ele, é necessário haver uma mudança de comportamento, com foco na maneira como ocorrem os deslocamentos na cidade. “As pessoas deixarão de viver em regiões distantes para que estes territórios mais próximos das áreas com mais infraestrutura sejam qualificados e atendam os moradores dali”, revela. 

Atualmente, analisa o secretário, já existem bons equipamentos instalados nestas regiões, mas que ainda precisam ser potencializados para melhor atender a população local. “Este é o desafio para os próximos anos”, reforça Rodrigues.

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