Sem lideranças, manifestantes ouvidos por O Diário negam que o movimento seja golpista e afirmam que seguirão com protestos
(Crédito: Mariana Acioli)
Manifestantes do ato antidemocrático que voltou a ocupar a calçada do quartel do Tiro de Guerra de Mogi das Cruzes, após ser desmobilizado no período de Natal, negam que o protesto seja golpista e voltam a pedir uma "intervenção" para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
A reportagem de O Diário esteve na manhã desta terça-feira (27) em frente ao quartel onde desde a derrota do presidente Bolsonaro os apoiadores permanecem com bandeiras e palavras de ordem. Poucas pessoas estavam no endereço.
Apesar da negativa, atos antidemocráticos que ferem a Constituição brasileira são considerados como golpe porque visam a remoção de um governo e seus poderes. Protestos que atacam a Constituição não são protegidos pelo direito de liberdade de expressão.
Sem se identificarem, manifestantes ouvidos rechaçam a denominação de golpista e afirmam que pretendem manter o movimento nos próximos dias - há a expectativa sobre participação integrantes mogianos do grupo autodenominado como patriota em Brasília, no próximo dia 1º, dia da posse do presidente eleito.
Os manifestantes afirmam que aguardam "ordens do quartel" e falam de uma "intervenção" para impedir o governo eleito de tomar posse.
Como, segundo eles, não há lideranças, as informações sobre a estrutura da ocupação e dos próximos passos do movimento que se identifica com conservador e de direita são obtidas por meio das redes sociais.
Críticos à cobertura de O Diário, que assim como outros órgãos de imprensa nacional que classificam a causa desse movimento um ataque à democracia e um desrespeito ao resultado das eleições presidenciais, os manifestantes repetiram que jornalistas distorcem as intenções do grupo. No entanto, não houve ameaças ao profissional que também fotografou a ocupação que voltou para a frente do quartel do Tiro de Guerra mogiano na segunda-feira (26).
Nas últimas semanas, membros dos grupos que estão acampados em frente aos quartéis em cidades brasileiras têm atuado para desvincular os atos antidemocráticos de uma tentativa de golpe contra a democracia, e até mesmo de conexão com o presidente Jair Bolsonaro.
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