Moradora reclama que as raízes de uma árvore cresceram tanto que danificaram a calçada, obstruindo a passagem de pedestres; prefeitura afirma já ter realizado a poda e não vê necessidade de remoção
Cliques feitos por Márcia evidenciam os estragos causados na calçada, onde o concreto cedeu e rachou em muitos pontos (Divulgação - Márcia Maria da Conceição)
Leitora de O Diário, a costureira Márcia Maria da Conceição, de 61 anos, entrou em contato com a reportagem para tentar resolver uma situação que a incomoda. Uma árvore na frente da casa em que ela mora, na rua Doutor Fernando Tancredi, no Alto Ipiranga, em Mogi das Cruzes, cresceu demais e danificou a calçada. Ela solicitou a remoção da mesma à Prefeitura de Mogi, que já esteve no local, mas fez somente a poda.
De acordo com Márcia, a árvore precisa ser removida pois as raízes cresceram de mais e avançaram sobre a calçada, que na opinião dela precisa ser refeita urgentemente. Ela diz ter acionado a Prefeitura de Mogi no início de abril, por telefone, e que a partir desta data "em até 15 dias" o pedido seria analisado.
De fato, uma equipe da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente esteve no local dentro deste prazo e fez a poda da árvore, o que não satisfez Márcia, que afirma que as raízes estão tão grandes que tornam inviável o uso do passeio, justo em um trecho utilizado por pessoas de todas as idades, inclusive crianças que estão indo e voltando da escola.
Ela afirma ter continuado a insistir com a Prefeitura na remoção da árvore, mas reclama sobre a falta de retorno e diz que não vem sendo atendida. “Eles não reconhecem essa necessidade”, diz, indignada.
O Diário procurou a Prefeitura de Mogi para entender o caso. Em nota, a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente “informa que atendeu a solicitação da moradora, encontrando no local duas árvores – uma ficus e um chapéu de sol”.
No entanto, a equipe de rua, que “é formada por especialistas, entre eles um engenheiro agrônomo”, apontou “que não era necessária a supressão de nenhuma das duas árvores, bastando a realização de poda”.
Para provar a realização do trabalho, a administração municipal enviou uma foto do local antes do serviço e outra depois. Veja a seguir.
Imagem enviada pela Prefeitura de Mogi registra o local antes da poda (Divulgação - PMMC)
Imagem enviada pela prefeitura registra o local depois da poda (Divulgação - PMMC)
Feitas de longe, estas imagens, no entanto, não revelam o cenário descrito por Márcia, que também enviou fotos a este jornal. Os cliques feitos por ela evidenciam os estragos causados na calçada, onde o concreto cedeu e rachou em muitos pontos, como pode ser visto abaixo.
(Divulgação - Márcia Maria da Conceição)
(Divulgação - Márcia Maria da Conceição)
(Divulgação - Márcia Maria da Conceição)
Por mais que seja um fato que o passeio público esteja danificado, de acordo com a gestão municipal “o corte de árvores só é indicado e realizado quando existe risco iminente de queda, oferecendo perigo aos cidadãos, ou quando a espécie apresenta grave comprometimento em suas condições fitossanitárias”.
Não seria este o caso da rua Doutor Fernando Tancredi, conclui a Prefeitura de Mogi.
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