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Aluno de 12 anos é internado na Santa Casa após briga na escola Leonor, em Mogi

Um garoto de 12 anos ficou internado na Santa Casa de Mogi das Cruzes por três dias à espera de cirurgia no nariz, por causa de uma briga com outro colega da sala de aula. Os dois estudam na escola pública estadual Leonor de Oliveira Melo, no bairro do Mogilar. Ele passou a primeira noite […]

19 de agosto de 2022

Reportagem de: O Diário

Um garoto de 12 anos ficou internado na Santa Casa de Mogi das Cruzes por três dias à espera de cirurgia no nariz, por causa de uma briga com outro colega da sala de aula. Os dois estudam na escola pública estadual Leonor de Oliveira Melo, no bairro do Mogilar.

Ele passou a primeira noite sentado em uma cadeira e dois dias em uma maca no correrdor do hospital à espera de uma vaga para fazer a cirurgia, segundo a família, que decidiu deixar o local no sábado à noite por conta própria para seguir com o tratamento em casa.

A avó do aluno, Sebastiana Angela da Silva, de 61 anos, é dona de casa e reside com o neto no bairro do Jardim Rodeio. Ela explica que ele passou por nova avaliação e a médica da Santa Casa disse que o menino é novo e não vai precisa ser operado por causa do nariz quebrado. Deve apenas tomar medicamentos e evitar qualquer batida na região. 

No domingo à noite, o aluno voltou a sentir dores e procurou a UPA do Rodeio e agora está tomando antibiótico e medicamentos analgésicos. Nesta terça-feira (23), o garoto vai passar por exame de corpo de delito. 

O caso

Sebastiana, conhecida como Tânia, contou que foi chamada na escola na tarde de quinta-feira (18) por uma funcionária, que avisou que o garoto não estava bem. A mãe e o avô também foram até o estabelecimento.

No local, a família ficou sabendo que ele e outro aluno de sala iniciaram uma discussão durante a aula e o colega começou a dar socos no rosto e na cabeça do menino, que ficou machucado. O neto teria dito que a professora estava presente, mas demorou para intervir e impedir a agressão.

Quando deixou a escola com a avó, o aluno, que teve sangramento na boca, reclamou de muita dor de cabeça. “Decidi ir com ele até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Rodeio para fazer raio-X. A médica constatou uma fratura no nariz e disse que ele teria que operar”, relata.

A médica, de acordo com a dona de casa, passou os medicamentos, fez o encaminhamento para a Santa Casa e orientou Sebastiana a fazer Boletim de Ocorrência (B.O.). A queixa foi registrada como lesão corporal no 1º Distrito Policial (DP) nesta sexta-feira (19).

De acordo com a avó, ao chegar na Santa Casa, ela foi informada que o hospital não conta com cirurgião otorrino e que iria precisar esperar por uma vaga para encaminhá-lo a outra unidade que realiza os serviços para que pudesse fazer a cirurgia.

“Meu neto passou a noite inteira sentado em uma cadeira. Imagine, uma criança, passar a noite inteira sentada, com muito frio. Eu tive que ficar em pé porque não tinha cadeira para mim. Fiquei muito cansada e só hoje de manhã tive ajuda de um dos seguranças da Santa Casa, que trouxe uma cadeira para eu sentar”, detalha.

À tarde, o hospital disponibilizou uma maca para o menino, que até o início da noite de hoje continuava na Santa Casa esperando a vaga para ser transferido a outra unidade de saúde. Ele ficou na maca até a noite de sábado.

Denúncia

A avó disse que decidiu procurar o jornal para fazer a denúncia para chamar atenção sobre o problema de violência na escola e da falta de segurança dos alunos que estudam lá.

Além disso, a avó está “inconformada” com o atendimento dado ao garoto pelo hospital. Ela comenta que pensou em levá-lo a um médico particular, mas afirma que não tem condições de pagar uma consulta, que estaria em mais de R$ 600,00, segundo ela.  

O Diário entrou em contato com a Santa Casa e a única informação foi obtida por funcionários, que confirmaram que o hospital realmente não tem profissional da área para atender o menino e que a única alternativa é esperar.

A Secretaria de Estado da Educação também foi procurada pelo jornal para se manifestar sobre o assunto, mas a resposta ainda não foi encaminhada até o fechamento desta matéria.

 

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