Cortejo percorrerá parte das ruas Ricardo Vilela e Dr. Deodato para se concentrar no Largo do Rosário, onde haverá uma série de apresentações; tudo pelo fim do preconceito e união das casas de Umbanda e Candomblé da região
(Divulgação - Axé Mogi)
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Cortejo percorrerá parte das ruas Ricardo Vilela e Dr. Deodato para se concentrar no Largo do Rosário, onde haverá uma série de apresentações; tudo pelo fim do preconceito e união das casas de Umbanda e Candomblé da região
(Divulgação - Axé Mogi)
Buscando a interação das cerca de 120 casas de Umbanda e Candomblé da região do Alto Tietê, a popularização das religiões e cultura de matrizes africanas, e o fim do preconceito que ainda cerca tais atividades acontece neste sábado (7), a partir das 10 horas, a 4ª Caminhada de Ogum (São Jorge), promovida pela Associação Cultural e Religiosa Axé Mogi. O evento representa a retomada da passeata, com shows musicais e orações, interrompida durante os dois últimos anos (2020 e 2021) em razão da pandemia.
“Estamos convidando a todos para que participem de nosso evento”, afirma o presidente do Axé Mogi, Marcio Roberto Araújo de Sousa, o Pai Roberto D’Xangô, principal organizador da manifestação.
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A programação da Caminhada de Ogum terá início com uma concentração no Largo Bom Jesus, ao lado da Doceria Mirella, no centro, a partir das 10 horas.
Em seguida, o cortejo com representantes dos terreiros e demais participantes seguirá pela rua Ricardo Vilela, em direção à rua Doutor Deodato Wertheimer, de onde atingirá o Largo do Rosário , a conhecida “praça da Marisa”, onde serão apresentadas inúmeras atrações que já confirmaram presença no evento.
Cerca de 600 pessoas de toda a região estão sendo esperadas para o cortejo, que terá também um andor com a imagem de Ogum (São Jorge), além de cantos de pontos que são apresentados nas casas de Umbanda e Candomblé.
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“Será uma apresentação de nossa cultura, já que a nossa religião é exercida nos terreiros”, explica pai Roberto D’Xangô.
No evento que deverá se estender até por volta de 15 horas, haverá apresentações de convidados, como o cantor Fábio Lima, o grupo Filhos do Fogo (integrado exclusivamente por ciganos), e grupos de maracatu, entre outros.
Durante as festividades, também serão homenageadas antigas lideranças de terreiros, que estão entre 10 e 20 anos à frente de suas casas. Entre essas pessoas estarão Mãe Aparecida, Babalorixá Flávio de Iansã, Pai Genildo de Oxóssi, Babalorixás Luiz de Iemanjá, Marcos Omolomia, Luiz de Oxóssi, Michel de Oxóssi, Sebastião de Xangô e Sérgio de Ogum, além de Ogan Odair e aYalorixá Rosi de Xangô.
Pela primeira vez, serão homenageadas três integrantes de terreiros já falecidos: Pai Wilbert, Mãe Maria Augusta Ynibameji e Mãe Francisca de Xangô.
(Divulgação - Axé Mogi)
“Com a interação entre casas de Candomblé e Umbanda queremos mostrar a todos que é possível exercemos nosso direito aos cultos, além de vivermos em um mundo igualitário, sempre marcado pelo respeito mútuo”, afirma o organizador, para quem “é preciso acabar com os preconceitos e mostrar a todos nossos direitos, reconhecendo o trabalho do Axé Mogi”, diz Pai Roberto D’Xango, que reafirma o convite a todos para que participem da Caminhada: “Juntos, faremos a diferença. Compareçam!”- assegura.
Quem é
Ogum é uma divindade de origem africana (orixá) cultuado em religiões afro-brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé. Ogum é o orixá guerreiro, conhecido pela sua coragem e força. Em iorubá, grupo étnico-linguístico da África Ocidental, Ogum significa guerra.
De acordo com a mitologia africana, mostrada em sites da internet, Ogum era filho do rei Odudua, fundador da cidade de Ifé. Apesar de viver os privilégios de um príncipe, Ogum era uma figura bastante inquieta e gostava muito de representar seu pai nas lutas pela conquista de novos territórios.
Segundo estudos das religiões de matrizes africanas, Ogum protege os agricultores, os soldados, os artesãos e seus filhos e todas as pessoas que pedem a sua ajuda nas lutas, na justiça ou até mesmo por melhores condições de vida. Orixá do elemento terra, Ogum é pleno de energia e empreendedor e suas decisões são rápidas.
Ainda conforme os estudiosos, o sincretismo religioso – mistura de religiões – permite que Ogum seja celebrado tanto pelo Catolicismo quanto pelas religiões de matriz africana, com feijoadas, missas, giras e festas. Ele é São Jorge para os católicos e no sincretismo religioso é Ogum para os umbandistas e candomblecistas.
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