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Entidade mogiana comemora 40 anos de dedicação à proteção da infância

A Associação Mogicruzense para a Defesa do Menor (Amdem) atende 110 crianças e adolescentes na cidade com trabalhos de inclusão social e desenvolvimento integral

Mariana Acioli
20/05/2023 às 08:07.
Atualizado em 21/05/2023 às 11:35

SERVIÇO - Crianças e adolescentes atendidos pela Associação Mogicruzense para a Defesa do Menor (Amdem) contam com uma série de atividades, seguindo a proposta de desenvolver um novo olhar para o mundo (Imagem: Divulgação)

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Entidade mogiana comemora 40 anos de dedicação à proteção da infância

A Associação Mogicruzense para a Defesa do Menor (Amdem) atende 110 crianças e adolescentes na cidade com trabalhos de inclusão social e desenvolvimento integral

Mariana Acioli
20/05/2023 às 08:07.
Atualizado em 21/05/2023 às 11:35

SERVIÇO - Crianças e adolescentes atendidos pela Associação Mogicruzense para a Defesa do Menor (Amdem) contam com uma série de atividades, seguindo a proposta de desenvolver um novo olhar para o mundo (Imagem: Divulgação)

Com uma proposta que vai além do acolhimento às 110 crianças e adolescentes de Mogi das Cruzes, a Associação Mogicruzense para a Defesa do Menor (Amdem) realiza um trabalho que, segundo o coordenador da entidade, Igor Alexsander Fernandes Moreira, tem o objetivo de desenvolver e inserir esses jovens no mundo com um novo olhar para uma realidade social desafiadora, porém repleta de possibilidades.

Neste mês de maio, a associação está celebrando quatro décadas de compromisso e dedicação à proteção de crianças e adolescentes da cidade de Mogi das Cruzes. Fundada em 1983, a Amdem se estabeleceu como uma instituição fundamental na promoção dos direitos e no bem-estar dos jovens em situação de vulnerabilidade.

“A Amdem é um braço da escola, porque aqui nós desenvolvemos habilidades, capacidades e competências que vão além do que a escola desenvolve. A escola vai focar no conteúdo e no conhecimento específico que aquela criança ou adolescente deve receber. Agora aqui, na ONG, vamos focar nas habilidades socioemocionais, nas vulnerabilidades sociais, questões que muitas vezes, quando não trabalhadas, impedem esse jovem de ter um bom desempenho dentro da educação formal”, afirma Igor, coordenador da associação, que também atua como educador na rede estadual de ensino.

JUNTOS - Envolvimento com as atividades esportivas da cidade também fazem parte da rotina dos alunos atendidos pela Amdem (Imagem: Divulgação)

Em entrevista a O Diário, Moreira enfatizou a importância do desenvolvimento de cada jovem para a vida além das paredes da organização.

“É necessário um lugar para que esses ciclos ‘pré-estabelecidos’ socialmente sejam quebrados. Não é porque uma pessoa nasceu pobre, em um bairro perigoso, que o destino dela estará no crime, nas drogas. O foco na nossa organização não é ensinar a eles o que é certo e o que é errado, mas que esse indivíduo tenha inteligência emocional, capacidades e habilidades para que a cada passo que dê, saiba o que é o melhor para ele”, comenta.

Buscando garantir acesso a uma vida segura, saudável e com oportunidades igualitárias, a associação desenvolve projetos e programas em diversas áreas, como culinária, inclusão digital, esporte, teatro e dança, visando sempre promover a inclusão social e o desenvolvimento integral dos jovens.

APRENDIZAGEM - Agenda conta com passeios culturais, que levam os jovens a vários destinos, sempre com o objetivo de ampliar o conhecimento e promover a integração (Imagem: Divulgação)

Cada atividade executada com eles também é carregada de significados e exploradas com temáticas importantes de serem discutidas, como cultura afro-brasileira, combate ao racismo e bullying, entre outros, assuntos que Igor pontua como essenciais na educação, mas que não são aplicados nas salas de aula.

NA COZINHA - Ações de culinária estão na programação desenvolvida pela Amdem (Imagem: Divulgação)

“Dentro da própria culinária, conseguimos ir trabalhando com áreas como o autocuidado, a quebra da masculinidade tóxica, elementos que são estruturais na criação dos jovens. Queremos desconstruir essas questões para o desenvolvimento desses cidadãos”, explica o coordenador. 

A fotografia e o cinema também entram na lista de atividades oferecidas aos pequenos, buscando “desenvolver o olhar observador, a criatividade, o registro, a experimentação e o senso crítico, além de dar asas à imaginação, ampliando a visão de mundo e a introdução da linguagem artística, utilizando essa ferramenta acessível à palma da mão dentro da ONG”. 

O educador destaca que a importância do trabalho executado pela Amdem transcende o âmbito individual e reflete diretamente no desenvolvimento de Mogi das Cruzes, cidade em que cada jovem irá refletir os ensinamentos do dia a dia.

“Os ciclos de violência precisam ser quebrados. No final, temos um feedback muito positivo dos pais, porque pensamos em cada detalhe do processo de desenvolvimento da criança”, reforça o coordenador. 

“Ao investir na formação e no empoderamento dos jovens, a associação contribui para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos têm oportunidades de crescimento e participação ativa”, completa.

Nesses 40 anos, a Amdem tem sido um exemplo de comprometimento e empenho na defesa dos direitos das crianças e adolescentes. 

A associação continua desempenhando um papel fundamental na transformação da realidade de muitos jovens em Mogi das Cruzes.

NATUREZA - O cuidado com as plantas também é mantido pelas crianças (Imagem: Divulgação)

Quatro décadas de história

Na década de 70, a Amdem foi idealizada por um grupo de pessoas que, juntamente com a Mitra Diocesana, as Cáritas – Brasileira e Regional de São Paulo, da Suíça e da França – assumiram o compromisso de atuar no enfrentamento à exclusão social de crianças e adolescentes, que segundo a associação, “perambulavam abandonados e desconsiderados pelas ruas de Mogi das Cruzes, sem perspectiva de vida digna”, iniciando assim a construção de um projeto que acolhesse e capacitasse este público da periferia da cidade, mas também das cidades vizinhas, trazidos de trem pela estrada de ferro Central do Brasil e que aportavam nas ruas centrais e, principalmente, em frente à Catedral de Santana.

Em 1983, mais precisamente em 11 de maio, foi criada a pessoa jurídica, que a princípio denominava-se Associação Mogicruzense para a Defesa do Menor, resultando na sigla Amdem. Como entidade privada, foi pioneira nesta região de Mogi das Cruzes e uma das primeiras em todo o Brasil, enfrentando o desafio de trabalhar com crianças e adolescentes com idades entre 7 e 14 anos em situação de rua.

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