Centro espera recepcionar alunos de 55 escolas municipais neste ano: espaço estava fechado
DE VOLTA - Alunos de escola da Vila Jundiaí foram os primeiros a visitar o Centro de Memória e Cultura Júlio Simões que permaneceu fechado desde o início da pandemia, em 2020 (Imagem: Divulgação)
Com um endereço que descentraliza o polo de equipamentos de cultura de Mogi das Cruzes, no distrito de Braz Cubas, o Centro de Memória e Cultura Julio Simões voltou a receber estudantes em visitas guiadas no espaço criado e dedicado à história do fundador da JSL, o português que viveu em Mogi das Cruzes e mantém o nome atrelado ao desenvolvimento social e econômico da cidade e do país.
As visitas permaneceram suspensas desde 2020 quando teve início a pandemia da Covid-12, impondo medidas de contenção ao espraiamento do vírus e o total de pessoas infectadas. Essa ferramenta cultural e social é preservada pelo Instituto Julio Simões. Além do seu espírito, em si, a salvaguarda da memória do fundador de um dos mais fortes grupos empresariais do Brasil, ali, chama atenção o fato de se manter um serviço cultural na sede da empresa em uma cidade com poucos núcleos semelhantes.
Com um programa de acesso à biografia e obra do empresário - e, por consequência, da potência econômica criada a partir do tino empreendedor dele, as visitas são gratuitas e destinadas a grupos que acessam o lugar por meio de agendamento prévio.
Os primeiros estudantes a colocarem os pés no local, após três anos do recolhimento, foram os alunos do 4°ano da Escola Municipal Professora Maria Aparecida de Faria, da Vila Jundiaí, no distrito de Jundiapeba.
Os visitantes acessam temas como migração, relação campo-cidade, transformação de matérias-primas pela indústria, em meio aos registros históricos sobre Julio Simões e as centenas de pessoas que trabalharam ao lado dele.
Esse projeto resgata a história de muitos moradores da própria cidade, que trabalharam ou trabalham no grupo, e tem outro objetivo explícito: inspirar os alunos a traçarem um projeto de vida, com base na dedicação e estudo e apresentar detalhes sobre o mundo do trabalho.
Com cerca de duas horas de duração, a visita e é dividida em três etapas.
Os estudantes chegam ao Centro de Cultura e Memória Julio Simões por meio de transporte fornecido pela JSL. Em seguida, assistem a uma animação sobre Julio Simões. Os alunos são guiados pela exposição e podem conferir a réplica do primeiro caminhão utilizado pelo fundador da JSL, a sala em que ele trabalhou e alguns objetos pessoais como máquina de escrever e registros de ponto cuidadosamente preservados. O passeio se encerra com uma dinâmica com perguntas e respostas sobre o que foi aprendido durante a exposição.
“O Centro de Memória e Cultura Julio Simões se estabelece como fonte de conhecimento, aproximando empresa e escola. É uma oportunidade única de apresentar para crianças a importância da logística na nossa sociedade, a história de superação de Julio Simões, que se relaciona com a história de Mogi, e demais temas que inspiram os alunos a conquistarem seus sonhos”, afirma Bia Andari, gerente do Instituto Julio Simões.
Planos
No decorrer deste ano, os responsáveis pelo Centro de Cultura e Memória esperam recepcionar 55 escolas da rede municipal de Mogi das Cruzes - um público estimado em mais de 3.200 alunos. Desde inauguração, o espaço já recebeu quase 30 mil visitantes.
Impacto
O Instituto Julio Simões foi fundado em 2006. É focado no desenvolvimento de projetos socioculturais próprios e em parceria com ONGs. Em 2022, essas ações impactaram 22 mil pessoas em todo o Brasil.
Aprendizagem para a vida toda
INSPIRAÇÃO - Após conhecer a vida de Julio Simões, os estudantes são convidados a escrever sobre a visita (Imagem: Arquivo O Diário)
Mogianos que conheram Julio Simões, já atestavam, em vida, a força e o espírito de trabalho do português que chegou ao Brasil para trabalhar como mecânico para um tio. Não parou mais de trabalhar e se tornou um dos nomes mais fortes do setor de transporte brasileiro.
A tenacidade com que viveu é uma das mensagens da história pessoal protegida no Centro de Memória e Cultura Julio Simões. Esse simbolismo é dividido com os visitantes do lugar em um concurso de redação.
Após a visita, os alunos são convidados a participarem de um concurso de redação. Com o tema “Uma história de superação”, o texto deve conter lições e gatilhos liberados durante a exposição.
Cada escola tem um prazo para entregar a redação de acordo com a data em que realizou a visita ao Centro de Memória. As escolas devem selecionar as duas melhores redações para participarem do concurso. Os textos passam por uma comissão julgadora que irá premiar os três melhores durante o segundo semestre de 2023 com um notebook, tablet e o terceiro um smartphone. Os professores que respondem pela participação dos estudantes também são premiados. Com o desafio da escrita, o mote é fazer com que Julio Simões siga inspirando mais gente.
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