Comércio já lucra com os ataques ao cemitério; nos últimos dias, um senhor oferece placas de granito para substituir peças levadas pelos marginais que continuam a agir impunemente naquele local
Túmulo sem a identificação em bronze, algo frequente no Cemitério São Salvador, que tem sido alvo de vândalos e ladrões há muito tempo, sem que autoridades nada façam para evitar tamanho desrespeito com os mortos e seus familiares (Crédito: Mariana Acioli)
Os túmulos da família do ex-prefeito Junji Abe também não escaparam dos ataques dos ladrões que continuam saqueando os jazigos existentes no interior do Cemitério São Salvador para furtar placas, estátuas e outros adornos feitos de bronze ou de algum outro tipo de metal.
Na manhã deste sábado (15), Junji voltou a ter mais algumas surpresas desagradáveis ao visitar os jazigos onde estão sepultadas seis pessoas de sua família.
Há tempos, numa de suas visitas mensais ao cemitério, o ex-prefeito notou que o portal de bronze que existia junto ao túmulo havia sido levado pelos marginais.
Ele, então, encomendou um novo portal, dessa vez de ferro, para tentar manter a segurança do local. A medida foi em vão.
Neste sábado, ao comparecer ao São Salvador, Junji notou que o portal de ferro também havia sido levado, assim como seis placas de bronze, que continuam nomes e informações das pessoas lá sepultadas.
“Levaram as seis placas nominais de bronze e eu pude ver os túmulos de dezenas de famílias sem as placas de identificação”, contou Junji Abe à coluna.
Na saída do cemitério, o político pôde testemunhar, até com certo bom humor, um efeito prático das ações dos marginais contra os jazigos: um senhor, segundo ele, muito simples, junto ao acesso principal do cemitério, apresentava aquilo que poderia ser a solução contra as ações dos marginais: placas feitas de granito, que poderiam substituir as identificações furtadas, sem despertar mais tanto interesse dos bandidos.
“Realmente, a substituição das peças de bronze e outros metais por granito poderia ser uma alternativa para a roubalheira geral que vem existindo lá dentro do cemitério”, disse o ex-prefeito, sem perder o bom humor, mas surpreso em ver a que ponto chegou a situação no mais importante e tradicional cemitério de Mogi das Cruzes.
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