Mesmo distante, o período sucessório começa a mexer com os ânimos dos vereadores, especialmente daqueles que esperam ocupar o lugar de Marcos Furlan
A disputa pelo controle da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Mogi das Cruzes já agita os bastidores do Legislativo, com vereadores marcando terreno para a sucessão do final do ano, decidida com antecedência (Foto: divulgação / Diego Barbieri / CMMC)
O ano ainda nem chegou à metade, mas a disputa pela Mesa da Câmara para o último período da atual legislatura, já movimenta os bastidores do Legislativo. E os primeiros candidatos começam a aparecer, buscando marcar território e tentando assegurar o apoio de possíveis aliados.
Lembrando que um suposto acordo, feito no início do mandato, previa uma distribuição dos cargos da Mesa, em especial o de presidente, de maneira igualitária entre os partidos com maior representatividade numérica dentro da Câmara, pelo menos dois vereadores já estão na parada, tentando fazer valer o acerto que daria ao PL o comando do derradeiro ano da atual legislatura
Clodoaldo Aparecido de Mores e Francimário Farofa, ambos do partido de Valdemar Costa Neto, já antecipam a disputa e falam abertamente em candidaturas. "O candidato do PL serei eu; e fim de papo!"- dizia Farofa a jornalistas, no horário da sessão de ontem.
Só que o tal acordo parece que foi feito somente para “inglês ver”, já que outros nomes também aparecem como interessados no cargo de presidente da Câmara. Otto Rezende (PSD) é um deles, enquanto o PMDB insiste para que a vereadora Fernanda Moreno se lance visando garantir uma mulher no comando do Legislativo ainda neste mandato.
Chegou-se a falar também num possível lançamento de José Luiz Furtado (PSDB), mas ele, estrategicamente, descartou, de início, tal possibilidade. Mas é certo que em política tudo pode acontecer, ainda mais quando se trata de disputa interna pela Câmara.
Por isso mesmo, não está afastada a candidatura de Pedro Komura, o decano, que pode estar se despedindo da Câmara para lançar a filha Jacqueline Yumi Komura para sucedê-lo no cargo.
Não será surpresa se Komura se lançar, apelando aos companheiros para que possa encerrar os seus 34 anos e nove mandatos, no cargo de presidente.
Um apelo sentimental que pode dar certo, embora a experiência diga a Komura que ele terá de correr atrás dos votos e até do apoio do prefeito a quem ele está servindo, durante este ano, como secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação.
Até mesmo o novato Maurino José da Silva, o Policial Maurino, como gosta de ser chamado o vereador do PODE, é cotado para aparecer como uma surpresa, apoiada diretamente pelo grupo do prefeito Caio Cunha (PODE), um eleitor de grande influência no pleito, apesar de sempre bradar aos quatro ventos que a sucessão na Câmara não é problema do Executivo.
Ele, no entanto, sabe que é e, por isso mesmo, tem botado a colher de pau onde é chamado, invariavelmente pelos aliados que compõem a bancada situacionista da Câmara, em busca de seu importante apoio.
E olha que a bancada ligada ao prefeito é grande! O suficiente para lhe tirar um pouco o sono, já que muitos dos prováveis candidatos estarão em sua base de apoio.
Como se pode notar, a eleição que acontecerá somente nos últimos dias do ano, ou na primeira sessão de 2024, já mexe com muitos interesses e egos de vereadores.
Muitos dos quais começam a jogar pesado por suas aspirações políticas futuras.
Por isso mesmo, vale esperar para conferir no que tudo isso irá resultar.
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