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Região também perde espaço político na Câmara dos Deputados

A região do Alto Tietê também perdeu espaço político junto à Câmara dos Deputados, em Brasília, com as eleições de domingo (2), no Estado de São Paulo. Apesar da chegada de Rodrigo Gambale, do PODE (108.209 votos), que conseguiu trocar a Assembleia Legislativa por uma vaga em Brasília, e das excelentes votações que garantiram as […]

4 de outubro de 2022

Reportagem de: O Diário

A região do Alto Tietê também perdeu espaço político junto à Câmara dos Deputados, em Brasília, com as eleições de domingo (2), no Estado de São Paulo. Apesar da chegada de Rodrigo Gambale, do PODE (108.209 votos), que conseguiu trocar a Assembleia Legislativa por uma vaga em Brasília, e das excelentes votações que garantiram as reeleições de Marcio Alvino (187.314 votos), pelo PR, e de Marco Bertaiolli (157.522 votos), pelo PSD, ainda persistiu um déficit, já que dois representantes da região não conseguiram se reeleger.

Os 60.330 votos alcançados pela policial militar de Suzano, Katia Sastre (PL), demonstraram que ela poderia ter aproveitado melhor os quatro anos de seu primeiro mandato para tentar se consolidar em definitivo na política, em vez de continuar apostando simplesmente na fama da mulher que matou um bandido durante a tentativa de assalto defronte a escola de seu filho. Apesar de expressiva, a votação de Sastre foi insuficiente para mantê-la na Câmara, numa eleição onde o sarrafo eleitoral para os candidatos do PL esteve alguns pontos acima do costumeiro limite.

Da mesma forma, o deputado federal Roberto de Lucena (Republicanos) não foi além dos 69.341 votos e, a exemplo de Sastre, conseguiu apenas a suplência em sua bancada.

Pessoas que acompanham a carreira do deputado lembram que sua votação vem caindo nas últimas eleições, já que ele também não conseguiu ampliar uma base político-eleitoral mais sólida durante seus mandatos, limitando-se ao respaldo oferecido pelos evangélicos, que sempre o apoiaram.

Ao contrário de Sastre, que deve retornar à Polícia Militar, de onde saiu para a Câmara Federal, Lucena poderá assumir alguma pasta no governo estadual, em caso de vitória do bolsonarista Tarcísio de Freitas.

Mas o certo é que entre a chegada do novato Gambale e a perda de Sastre e Lucena, a região ficou com um representante a menos em Brasília, repetindo, em menor número, a perda sofrida também na Assembleia.

Caberão aos que lá estarão suprir as necessidades do Alto Tietê, uma região ainda carente do apoio governamental para a solução de seus maiores problemas ligados a saneamento básico, preservação de áreas ecológicas e tantos outros.

Baixas sensíveis -1

Os resultados do pleito de domingo não foram sentidos negativamente apenas pelos dois deputados da região do Alto Tietê. Alguns medalhões acabaram também castigados pelas urnas. Uma das maiores surpresas foi, sem dúvida, a derrota do veterano José Serra (88.926 votos), do PSDB, que disputava uma vaga de deputado federal. Outro veterano que ficou fora foi o federal Ivan Valente (44.424 votos), do (PSOL), um antigo aliado político da vereadora Inês Paz (PSOL), em Mogi.

Baixas sensíveis – 2

Mais uma surpresa: uma campeã de votos na eleição passada, Joyce Hasselmann (13.679), não se reelegeu, após haver trocado o partido de Bolsonaro pelo PSDB.

Mais um deputado com fortes ligações com a comunidade japonesa e seus descendentes em Mogi das Cruzes, o deputado Walter Ihoshi (55.027 votos), não conseguiu voltar à Câmara Federal pelo PSD, assim como Keiko Ota (16.626), do MDB, mais uma que não avançou na política para além do fato que a levou à vida pública: a morte do filho, Yves Ota, brutalmente assassinado por um ex-funcionário da loja de sua família. E sempre utilizada por ela, de diversas formas, para se reeleger.

Muito conhecido dos mais veteranos do setor industrial da cidade, um dos principais líderes do Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE), e ex- presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Emerson Kapaz (PSD), chegou a meros 3.793 votos no último domingo.

Bolsonarista

Ao contrário de tantos outros que se valeram da aproximação com o presidente Jair Bolsonaro para se eleger no pleito passado, um mogiano muito apegado ao bolsonarismo de raiz, em Brasília,voltou a sofrer derrota no último pleito. O ex-candidato a prefeito de Mogi, Felipe Lintz (Patriota), obteve 21.533 votos para deputado federal. E ficou de fora.

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