A volta da ameaça dos pedágios para a região do Alto Tietê lembra um caso envolvendo o ex-prefeito Waldemar Costa Filho e o ex-governador Fleury Filho
SEM O FIO DE BIGODE O prefeito Waldemar Costa Filho e o governador Luiz Antonio Fleury Filho (na foto com o ex-governador Laudo Natel) trocaram elogios no palanque armado próximo do Cemitério São Salvador. O que parecia ser o início de uma proveitosa parceria para Mogi acabou por se transformar em mais uma rusga entre os dois políticos, que acabaram cada vez mais distantes. (Arquivo)
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A volta da ameaça dos pedágios para a região do Alto Tietê lembra um caso envolvendo o ex-prefeito Waldemar Costa Filho e o ex-governador Fleury Filho
SEM O FIO DE BIGODE O prefeito Waldemar Costa Filho e o governador Luiz Antonio Fleury Filho (na foto com o ex-governador Laudo Natel) trocaram elogios no palanque armado próximo do Cemitério São Salvador. O que parecia ser o início de uma proveitosa parceria para Mogi acabou por se transformar em mais uma rusga entre os dois políticos, que acabaram cada vez mais distantes. (Arquivo)
Apesar de ainda estar nos primeiros meses de sua administração, o governador Tarcísio de Freitas corre o sério risco de passar para a história como um político que não cumpre o que promete.
Senão, vejamos. Durante suas inúmeras visitasa Mogi, à procura de votos, durante a sua recente - e vitoriosa - campanha eleitoral para o governo do Estado, Tarcísio demonstrou grande firmeza ao tratar de temas de interesse da cidade. Prometeu reabrir o Pronto-Socorro do Hospital Luzia, em uma só canetada, no primeiro dia de seu governo. Não cumpriu.
Também foi enfático ao descartar, de uma vez por todas, a ameaça de pedágios nas estradas da região. E agora seu governo já anuncia cobrança para a rodovia Mogi-Bertioga. Daí para a Mogi-Dutra pode ser uma questão de metros.
O candidato, que foi o mais votado na cidade, também garantiu que iria estender o trajeto dos trens de subúrbio até o distrito de César de Souza.
Ou melhor, chegou a falar até mesmo num percurso até Sabaúna. Nada começou sequer a sair do papel, até agora.
Tudo isso serve para lembrar uma história dos tempos em que Waldemar Costa Filho era o prefeito de Mogi e Luiz Antonio Fleury Filho, o governador do Estado.
Ambos não se bicavam por conta do distanciamento entre o governador peemedebista e o prefeito malufista.
Coube ao diretor do Ciesp e amigo de infância de Fleury, Angelo Albiero Filho, cuidar da reaproximação entre os dois.
Marcaram uma visita para que fizessem as pazes e o governador anunciasse a liberação de recursos para o município. Afinal, as torneiras estavam fechadas até aquele momento.
Waldemar quis mostrar força e reuniu uma pequena multidão, nas proximidades do Cemitério São Salvador, onde o palanque foi armado.
Durante o evento, os dois eram só mesuras e rapapés, como costumavam dizer os mais antigos em relação à troca de elogios entre os dois ex-rivais.
A certa altura de seu discurso, Fleury foi aplaudido ao dizer para Waldemar que entre os dois, a partir daquele instante, estariam dispensados os convênios ou burocracias do gênero.
“Nossas relações serão na base do fio de bigode”, disse o governador, prometendo mundos e fundos.
Fleury foi embora, o tempo passou e Waldemar não recebeu nem “mundos” e muito menos “fundos”.
Ficou irritado e pensando na melhor forma de se vingar do político que não cumpriu o que havia prometido. Não demorou a encontrar.
A toda pessoa que lhe perguntava sobre as promessas de Fleury, Waldemar respondia:
“Esse sujeito veio aqui, me prometeu tudo e me disse que, a partir dali, tudo entre nós seria na base do fio de bigode. Mas só agora eu descobri que ele nunca teve e nem usava bigode. Só podia dar no que deu”.
Que as promessas de Tarcísio em campanha não sigam pelo mesmo caminho.
"Fiquem como eu estou!"
Esta história, assim como a do lado foram contadas por Francisco Quadra Andrez, o “Ticão”, em seu livro “Suzano - a história que você não leu”. Ele diz que quando o ex-prefeito Firmino José da Costa, quando foi vereador, certa vez assumiu a presidência da Câmara.
Justo quando ia a votação um projeto de seu interesse.
Naquela época, não havia placar eletrônico.
Na hora do voto, o vereador favorável permanecia sentado e o vereador que era contra a proposta ficava de pé.
E assim, na hora de colocar o projeto em votação, para não correr o risco de um eventual empate, em que o presidente teria de dar o voto de minerva, Firmino anunciou, solenemente:
Em votação, o projeto de lei número tal. “O vereador que estiver a favor da proposta, permaneça como eu estou...”
É claro que foi aprovado.
"Os ETs estão chegando!"
Pedro Sinkaku Miyahira era prefeito de Suzano, quando bateu à porta de seu gabinete Claudio Fontanelle, um sanense que lia e sabia de tudo sobre astronomia, ETs e afins.
“Prefeito, eles vão chegar amanhã!”, disse Claudio, ingressando na sala.
“Eles quem?”- questionou Miyahira.
“Os extraterrestres, dr. Pedro”, disse o visitante.
“Onde Claudio? No Brasi?”
“Aqui em Suzano, prefeito. Vão entregar ao senhor uma mensagem do planeta deles”.
Miyahira decidiu entrar na história e, fingindo emoção, perguntou:
“O que eu devo preparar para a recepção?”
“Convide o Exército, a Marinha e a Aeronáutica para o evento”.
E o prefeito:
“Exército e Aeronáutica, tudo bem, Claudio. Mas a Marinha vai chegar desfalcada”.
“Por que, prefeito?”
“O porta-aviões Minas Gerais não navega no rio Tietê...” disse Miyahira, encerrando a conversa.
O equilibrista
O comentário foi feito, dia desses, pelo consultor político Gaudêncio Torquato, em sua coluna “Porandubas Políticas”. Vale relembrar:
“São Jorge lutando contra o dragão da maldade – inflação, juros altos, alimento caro, hospital sem equipamentos, miséria galopante. Há anos o sistema cognitivo nacional associava Lula à imagem de São Jorge. Hoje, não. A imagem do maior exemplo da dinâmica social no Brasil mais parece um cavaleiro da Távola Redonda, na borda de uma imensa mesa oval, onde estão também o rei Arthur, o príncipe Rodrigo, o guerreiro Elmar, o comandante Bivar et caterva... e onde há, ainda, uma cadeira destinada a... Valdemar, o equilibrista”.
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