No folclore político, existem diferentes versões para explicar o nome dado ao doce feito à base de chocolate e leite condensado, que passou a se chamar "brigadeiro"
O brigadeiro Eduardo Gomes, candidato a presidente, teria sido o motivo da denominação do famoso doce. Mas o folclore político tem outra versão para a história (Arquivo O Diário)
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No folclore político, existem diferentes versões para explicar o nome dado ao doce feito à base de chocolate e leite condensado, que passou a se chamar "brigadeiro"
O brigadeiro Eduardo Gomes, candidato a presidente, teria sido o motivo da denominação do famoso doce. Mas o folclore político tem outra versão para a história (Arquivo O Diário)
José Américo, político da velha guarda, costumava dizer que histórias do folclore político a gente nunca sabe quais são as verdadeiras e quais as inventadas.
O povo vai contando e elas vão se modificando e reproduzindo, dizia ele.
Um exemplo disso é a história atribuída a Geraldo Alckmin e que envolvia a figura do brigadeiro Eduardo Gomes.
Segundo Alckmin, o doce feito com chocolate e leite condensado chama-se “brigadeiro” porque em 1945, ele candidato a presidente da República, mulheres paulistas faziam doces aos milhares para vendê-los nos comícios da UDN, anunciando, no grito: “Brigadeiro, brigadeiro, é bonito e é solteiro”.
O slogan foi um grande sucesso entre os adeptos do candidato.
Só que na eleição, para valer, ganhou Eurico Gaspar Dutra, que, por sinal, era muito feio, além de casado.
Feito sem ovos
A história contada por Geraldo Alckmin faz parte do folclore político paulista. Mas há outras versões para o mesmo fato.
Na Bahia, por exemplo, a história é outra, bem diferente.
Contam que naquele mesmo ano de 1945, os doces “brigadeiros” se tornaram um grande sucesso por aquelas bandas.
Só que por um motivo histórico.
Rezava a lenda, à época, que nas lutas militares ocorridas na região, entre os anos de 1922 e 1924, um valente e heróico brigadeiro, durante um aguerrido combate, foi atingido por um tiro, justo nos órgãos genitais, que o deixou, digamos, fisicamente prejudicado.
Mas afinal, o que teria a ver o doce com o tiro e seu efeito? Sebastião Nery, o rei do folclore político é quem conta:"Muito simples, o ‘brigadeiro’ é o único doce que é feito sem os ovos”.
O médico e o alfaiate
Esta Geraldo Alckmin contou durante uma de suas muitas vindas a Mogi das Cruzes, quando ainda era governador paulista.
Em Pinda, sua terra, havia um alfaiate excelente, de nome Pascoal.
Certa vez, o Pascoal adoeceu e quem o socorreu foi o doutor Lessa, um médico que também eram banqueiro e que tinha fama de não dar ponto sem nó, quando o assunto era dinheiro.
Após a consulta, Pascoal disse ao médico: “Doutor, eu não posso lhe pagar, mas estou às suas ordens. Quando precisar de uma costura ou de pregar um botão, disponha”.
No dia seguinte, o médico mandou ao alfaiate um envelope com um botão preso a um pedaço de papel, onde se lia:
“Peço que você pregue um terno neste botão”.
Dizem que Alckmin contava a história para dizer “não” sem ser antipático.
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