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Mogi deverá ficar fora do trajeto do futuro trem de alta velocidade

Os moradores de Mogi das Cruzes e demais cidades ao Alto Tietê que se encheram de esperança com a notícia de que o futuro trem de alta velocidade entre São Paulo e Rio de Janeiro poderia ter ao menos uma parada num município da região, podem pôr fim a tal expectativa. A proposta inicial dos […]

9 de março de 2023

Reportagem de: O Diário

Os moradores de Mogi das Cruzes e demais cidades ao Alto Tietê que se encheram de esperança com a notícia de que o futuro trem de alta velocidade entre São Paulo e Rio de Janeiro poderia ter ao menos uma parada num município da região, podem pôr fim a tal expectativa.

A proposta inicial dos dirigentes da TAV Brasil, empresa criada para viabilizar o futuro do “trem-bala”, prevê paradas somente em São Paulo, São José dos Campos, Volta Redonda e Rio de Janeiro. E não será surpresa se a futura linha sequer se aproximar de Mogi das Cruzes, preferindo optar por novos caminhos mais distantes da cidade, que permitam um traçado mais reto, evitando terrenos tortuosos, com aclives e declives, como os existentes nas proximidades de Sabaúna, no antigo traçado coberto pelos últimos trens de passageiros que passaram pela região, no trajeto Rio-São Paulo.

Em resumo, os planos para o futuro trem de alta velocidade diferem – e muito – do projeto inicialmente lançado ainda no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2007, mas que não vingou. A ideia original previa oito paradas entre os dois extremos do percurso, além de 20 quilômetros de túnel na cidade de São Paulo, enquanto o novo descarta tal obra, além de reduzir pela metade o número de paradas.

 A nova proposta espera terminar o trajeto na região de Pirituba, enquanto do lado carioca acabaria em Santa Cruz, 34 estações antes da cidade do Rio de Janeiro. A partir dali, os usuários chegariam ao Rio por meio de possível parceria com a rede da Supervia, empresa ferroviária que atua naquela região fluminense.

Ou seja, o novo projeto não prevê o ingresso do trem de alta velocidade pelo interior dos centros urbanos. As parcerias com outras empresas seriam a solução, podendo também ser negociadas conexões com outras redes, ou ainda eventuais construções de ramais. Mas tudo isso ainda são estudos superficiais.

Na verdade, a implantação do trem de alta velocidade está cercada de incertezas e de inevitáveis questionamentos. Afinal, depois que o governo federal decidiu priorizar o modal rodoviário para transportes de passageiros, em lugar das estradas de ferro, muito se tem falado sobre a volta dos trens.

Os de carga estão realmente ganhando força, especialmente nas regiões do Norte e Centro-Oeste do País, como importante meio de escoamento do que é colhido pelo agronegócio, muito forte naqueles pontos do País, assim como de minérios que são extraídos, especialmente pela Vale.

Quanto ao transporte de passageiros, nada se concretiza, como se tal proposta fizesse parte de iniciativas talhadas pelo saudosismo e romantismo que envolvem as viagens ferroviárias.

O trem de alta velocidade poderia se enquadrar nesse perfil, não fosse pela experiência de quem está à frente do projeto. O principal empresário da TAV Brasil, seu diretor-presidente Bernardo Figueiredo, já dirigiu a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e, portanto, parece ser do ramo. Some-se a isso o fato de que, ao contrário dos governos Lula e Dilma, que priorizaram empresas nacionais, ele está disposto a negociar também com grandes conglomerados do exterior, com expertise em empreendimentos desse tipo.

A favor do projeto, há ainda o fato de que o trem de alta velocidade não deverá servir para atender interesses políticos em seu trajeto.

Resta, portanto, torcer para que os empresários da TAV Brasil consigam envolver as pessoas certas nesse grande empreendimento para que ele não termine como tantos outros projetos ferroviários brasileiros que acabaram transformando as cidades onde seriam implantados em verdadeiros depósitos de ferro velho, por conta do abandono de trilhos, vagões e outros equipamentos.

Apesar tudo, que tragam de volta os trens de passageiros.

 

Trens de volta (1)

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) está propondo a retomada do projeto de concessão dos 47 km da Estrada de Ferro Campos do Jordão (EFCJ), que inclui a linha férrea, estação e ativos imobiliários.

A concessão prevê um investimento de R$ 160 milhões para modernização e reforma da estrada eletrificada, que envolvem trilhos, embarcações e outros equipamentos.

 

Trens de volta (2)

A EFCJ conta com oito serviços ferroviários: trem de subúrbio, trem turístico de Piracuama, trem do Mirante, bonde turístico, bonde turístico urbano, Maria Fumaça, trens temáticos de turismo e Trem de Serra, que atendem às cidades de Pindamonhangaba, Santo Antônio do Pinhal e Campos do Jordão. No trajeto, seis estações: Pinda, Expedicionária, Piracuama, Eugênio Lefévre, Abeméssia e Emílio Ribas, com diversas paradas ao longo de toda a extensão.

 

É bom lembrar

A abertura de concessão para exploração da EFCJ deve servir como um alerta para os políticos mogianos. Está na hora de cobrar o governador das promessas de campanha, como a de levar os trens de subúrbio até César de Souza, ou Sabaúna, como propôs o então candidato. Enquanto os representantes da cidade dormem em berço esplêndido, os de outras regiões, como o Vale do Paraíba, já começam a obter conquistas. Aliás, não foi apenas a extensão dos subúrbios até César (ou Sabaúna) que Tarcísio prometeu. E não cumpriu.

Sempre é bom lembrar que a reabertura ao público do Pronto-Socorro do Hospital Luzia de Pinho Melo, foi outra solene promessa do governador que ainda não saiu do papel. Mesmo tendo sido assegurada para o primeiro dia de governo.

 

Ranking de pesquisas

A Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) divulga que a coordenadora do curso de Odontologia, Tatiana Ribeiro Campos Mello, foi destaque na lista de pesquisadores mais produtivos do AC Scientific Index, considerado um dos sistemas de classificação existentes para a pesquisa internacional em todo o mundo.

A dentista ocupou o primeiro lugar em citações de pesquisas científicas na categoria Odontologia na UMC, Ao lado dela no ranking está a docente Camila Batista da Silva de Araújo Cândido. “Foi uma surpresa para mim e estou muito feliz e realizada com este feito. Costumo dizer que na UMC mantemos a tradição em ser um centro de núcleos de pesquisas de grande relevância, que contribui para a ciência no País”, disse Tatiana.

 

Vistoria técnica

Técnicos do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem), do governo estadual, estiveram em Mogi das Cruzes, neste início de semana, para a verificação metrológica nos radares localizados em quatro diferentes pontos da cidade.

Foram vistoriados os radares da avenida Guilherme Giorgi, em Jundiapeba; avenida Japão; avenida Tenente Onofre Rodrigues de Aguiar, na Vila Industrial; e o da avenida Lourenço de Souza Franco. O resultado deve ser divulgado nas próximas horas.

 

Conselheiro

O Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal elegeu, como membro externo, Eduardo Soares Lucena, morador da Estrada do Beija-Flor, no bairro do Botujuru, em Mogi das Cruzes. Ele está compondo o Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remuneração (Copire) da CEF, desde o dia 14 do mês passado. Eduardo substitui Marcelo de Siqueira Freitas.

 

Flores para mulheres

O prefeito municipal Caio Cunha (PODE) postou vídeo em uma rede social distribuindo flores para as funcionárias da Prefeitura de Mogi, nesta quarta-feira (8), em que se comemorou o Dia Internacional da Mulher. “Que a nossa cidade continue avançando no respeito às mulheres e no desenvolvimento de políticas públicas de proteção, valorização e inclusão. Feliz Dia das Mulheres!”, afirmou ele.

 

Com Tarcísio

A vereadora mogiana Fernanda Moreno e a ex-secretária da Mulher de Poá, Rosania Morroni, também de Mogi, participaram, nesta quarta-feira, pela manhã, no Palácio dos Bandeirantes, da assinatura do decreto que regulamenta as diretrizes de políticas para as mulheres, pelo governador Tarcísio de Freitas. Organizado pela secretária de Políticas para a Mulher, Sonaira Fernandes, e pela primeira-dama Cristiane Freitas, o evento serviu para que o governador disponibilizasse R$ 50 milhões em créditos para mulheres empreendedoras.

 

 

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