Depois de tentar trocar o subúrbio por VLT, construir novo Cadeião e deixar a duplicação da Mogi-Dutra inacabada, o Estado volta a fazer estudos para cobrar pelo uso das estradas. Pode isso, governador Tarcísio?
Na foto, a lembrança da mobilização de Mogi e região contra o pedágio que o governo Doria/Garcia queria instalar na Mogi-Dutra; ameaça de cobrança por uso da estrada está de volta com o atual governo (Foto: arquivo / O Diário)
Dias atrás, numa roda de amigos mogianos, a conversa girava em torno do que tem sido destinado para a cidade pelos últimos governos que ocuparam o Palácio dos Bandeirantes, antes e depois que Geraldo Alckmin (PSB), inaugurou a primeira etapa da duplicação da Mogi-Dutra.
Fora essa obra, a cidade teve de lutar bravamente com as ideias esdrúxulas de governantes em relação a Mogi.
Senão, vejamos: no governo de José Serra (PSDB), a cidade teve de se posicionar duramente contra a ideia de substituição dos tradicionais e centenários trens de subúrbio pelos bondinhos do VLT que a administração tentava lhe impingir, sob o pretexto de que a cidade não poderia receber o Expresso Leste por falta de viadutos.
Os viadutos não vieram, mas hoje todos os horários do trem expresso chegam normalmente à cidade.
Naquele mesmo governo, Mogi teve de se mobilizar contra a iniciativa de se construir um segundo Cadeião na cidade. Mesmo depois de haver recebido a primeira obra desse tipo, construída e ainda ativa, no bairro do Taboão.
Pois foi também do governo estadual, durante a administração de João Doria (PSDB), que foi concluída a segunda etapa da duplicação da Mogi-Dutra.
E o que aconteceu: o DER permitiu que o trecho final da rodovia permanecesse sem duplicação, afunilando o trânsito para pista única, apenas porque o órgão estadual não conseguiu desapropriar um pedaço de terra onde passaria o quilômetro final da estrada.
Apesar das promessas, o trecho continua até hoje da mesma forma, como se o governo não devesse a mínima satisfação à população de Mogi, todo o Alto Tietê, e demais motoristas que se utilizam daquele trecho da estrada.
O mesmo governo de João Doria, que depois passou ao comando do vice, Rodrigo Garcia (PSDB), por muito pouco, não impinge à população de Mogi e região dois pedágios – na Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga – unicamente para coletar dinheiro para obras no sistema viário da Baixada Santista.
À custa de muito protesto e ação política, o governo finalmente desistiu da ideia, em pleno período eleitoral, tentando salvar a pele de seu candidato a governador, Rodrigo Garcia.
Escaldada diante de tantas propostas de maldades, a imprensa mogiana tratou de se precaver em relação ao futuro ocupante do Bandeirantes, exigindo uma posição prévia de cada candidato a governador a respeito das cobranças para uso da Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga.
Em campanha, todos prometeram, solenemente, que “pedágios, nunca mais”. Entre os que firmaram compromisso contra as cobranças estava justamente o vencedor do pleito, o atual governador Rodrigo Garcia (Republicanos). Em várias entrevistas, nas visitas que fez a Mogi, ele se posicionou radicalmente contra tais cobranças.
Mas parece que a chegada do eleito ao Palácio dos Bandeirantes acabou por lhe provocar um verdadeiro surto de amnésia.
Pois apesar de suas promessas de campanha, feitas sempre de maneira solene e definitiva, Tarcísio está permitindo que seu governo volte a ameaçar Mogi e região com cobranças por uso de estradas, agora por meio de pedágios disfarçados atrás de uma pomposa expressão em inglês, free flow que significa, na prática, o pagamento exclusivo pela quilometragem percorrida pelo motorista nas estradas.
Ah, mas o governo faz questão de dizer que são apenas “estudos”.
Porém, quando se trata de arrecadação, qualquer mortal desta cidade sabe perfeitamente que a corda sempre arrebenta do lado mais fraco, ou seja, da população. Tudo pode ser apenas uma questão de tempo. Afinal, se o governador estivesse realmente disposto a cumprir o que prometeu em campanha, simplesmente teria proibido qualquer avaliação prévia nesse sentido.
Teria usado a mesmo tom solene e definitivo da campanha para determinar que seus secretários e outros subordinados simplesmente esquecessem qualquer iniciativa semelhante que envolvesse Mogi das Cruzes. Mas, infelizmente, não foi o que aconteceu. E a série de maldades governamentais contra a cidade e seus moradores parece ainda estar longe do fim.
A menos que Tarcísio se lembre – ou seja lembrado por algum político – de suas promessas e decida dar um basta final aos tais estudos que, na verdade, são verdadeiras ameaças aos bolsos dos mogianos e à economia regional.
Com a palavra, o governo estadual.
Em Brasília
Depois de permanecer por um longo tempo no cargo de ouvidor do setor de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o mogiano Elizeu Soares Lopes, vinculado politicamente ao PCdoB, e irmão do ex-vereador Jean Lopes (PL), está atuando em Brasília. Ele aceitou o convite do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para compor a sua equipe de trabalho. Elizeu foi nomeado para exercer o cargo de chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério.
Deu no Painel...
O deputado federal mogiano, Marco Bertaiolli (PSD-SP) ficou impressionado com o discurso do presidente do grupo parlamentar de amizade Brasil-França, na Assembleia Nacional do País europeu, deputado Nicolas Dupont-Aignan. Ele disse a parlamentares brasileiros que o acordo entre Mercosul e União Europeia só será aprovado com modificações no capítulo agrícola.
...da “Folha”
Nicolas, ex-candidato a presidente a França criticou o uso de “veneno” por agricultores brasileiros, em referência aos agrotóxicos e também reclamou do aumento na cota de exportação de carne.
“Se o presidente do grupo de amizade Brasil-França age assim, imagina o que faria o grupo de inimizade”, afirmou Bertaiolli, segundo a coluna do jornal Folha de S. Paulo.
Notificação
A empresa de ônibus Condor Turismo e Transporte foi notificada pela Prefeitura de Mogi para apresentar os projetos e licença ambiental de uma obra que começa a ser implantada na área da várzea do Tietê, logo após a ponte sobre aquele rio, na avenida João XXIII, à direita, no caminho para César de Souza. O objetivo é saber se o local servirá como garagem de ônibus, o que pode inviabilizar o empreendimento por conta da legislação ambiental em vigor. Por isso, a exigência do laudo de aprovação por parte da Cetesb.
Investigações (1)
Preste atenção ao noticiário sobre as oitivas de envolvidos com os ataques do dia 8 de janeiro em Brasília e que estão sendo investigados pelas autoridades federais. Na tomada de declarações de inúmeras autoridades, como as do general de Divisão da Reserva do Exército, Marcos Edson Gonçalves Dias, o GD, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo Lula, quem esteve à frente dos interrogatórios foi o promotor de Justiça e membro da Procuradoria-Geral da República, Fabrício José da Fonseca Pinto.
Advogado mogiano, formado pela UBC e agora pocurador de Justiça, realiza importante trabalho para a Procuradoria-Geral da República ouvindo os envolvidos nos ataques ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília (Foto: divulgação)
Investigações (2)
Pois Fabrício José da Fonseca Pinto é mogiano, formou-se em advocacia pela Universidade Braz Cubas, fez mestrado em Ciências Jurídico-Políticas na Universidade de Lisboa e atuou como advogado na cidade, a antes de ingressar no Ministério Público.
Foi promotor de Justiça perante a 25ª Promotoria de Justiça da Comarca de Uberlândia.
Como promotor, foi coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, além de atuar nas áreas criminal, cível, família, infância e juventude, defesa do patrimônio público, saúde, consumidor, proteção do idoso e portador de necessidades especiais e combate aos crimes contra a ordem econômica e tributária.
Algum tempo depois chegou a Brasília, onde passou a atuar como membro auxiliar junto à Assessoria Jurídica Criminal da Procuradoria-Geral da República.
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