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Instalação da Bauducco em Mogi causa preocupação em Guarulhos

Cidade teme a desativação da fábrica que garante 2 mil empregos e uma elevada arrecadação; Grupo Pandurata assegura que a unidade de Mogi servirá para ampliar a produção de pães e bolos

Darwin Valente
16/02/2023 às 07:04.
Atualizado em 16/02/2023 às 13:27

Direção da Bauducco nega desativação da fábrica de Guarulhos e sua transferência para Mogi. "É uma outra unidade", garante o secretário de Desenvolvimento Econômico, Pedro Komura (Divulgação - Governo de SP)

Enquanto a Câmara Municipal de Mogi aprovava, na última terça-feira (14), uma moção de aplausos parabenizando a empresa Bauducco pela aquisição da unidade da Freskito e futura instalação em Mogi das Cruzes, o vizinho município de Guarulhos era só preocupação.

Segundo informa o jornal Guarulhos Hoje, existe a expectativa de que a gigante do ramo alimentício venha a deixar aquela cidade, onde mantém, há 60 anos, uma grande fábrica que dá emprego a mais de 2 mil pessoas.

A compra da unidade da Freskito na região da Vila Industrial, trouxe de volta o temor de que a empresa transfira para Mogi toda a sua produção, já que, ainda segundo jornal, “o desejo da empresa de deixar Guarulhos já é antigo”.

Tanto que, em 2020, o atual prefeito Gustavo Henric Costa, o Guti (PSD), sancionou uma lei para que a Bauducco pudesse se expandir em uma área próxima ao bairro dos Pimentas. Tudo isso para evitar que a empresa se mudasse para outro Estado, ainda conforme o órgão de imprensa daquela cidade.

Diante de toda essa polêmica, o Grupo Pandurata, responsável pelas marcas da Bauducco, divulgou uma nota informando ao jornal que o investimento em Mogi “faz parte da estratégia de expansão da companhia e tem como objetivo ampliar a capacidade de produção de pães e bolos”.

Ainda conforme a nota da Bauducco, “o segmento de pães industrializados movimenta, anualmente, no Brasil, mais de R$ 9 bilhões e atinge aproximadamente 90% dos lares, representando um importante vetor de crescimento para a companhia”.

Questionado pela coluna, no início da tarde desta quarta-feira (15), o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação de Mogi, Pedro Komura, confirmou que não há planos para a Bauducco transferir a fábrica de Guarulhos para Mogi:

“É uma outra unidade; a empresa não pretende fechar Guarulhos”, garantiu Komura, informando ainda que o processo de regularização da empresa está “caminhando rapidamente” junto às várias secretarias municipais mogianas que precisam analisar os documentos e projetos do Grupo Pandurata antes de sua instalação no município.

 Chefe da segurança

O capitão da Polícia Militar de Mogi das Cruzes, Ricardo José Muramoto, é quem irá chefiar a equipe de segurança pessoal de Guilherme Derrite (PP-SP), indicado para ocupar o cargo de secretário de Segurança Pública do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Com 47 anos, Muramoto reside em Mogi há 41, de onde chegou a capitão PM.

É casado com Natália Salaroli Rugai Muramoto e pai de Rafaela Rugai Muramoto. Tambmém é policial desde o ano 2000, quando ingressou na corporação como soldado.

A vereadora Malu Fernandes (SD) saudou, junto com a Câmara, a nomeação de Muramoto, escolhido para o cargo, segundo ela, “entre 1,5 mil capitães da PM no Estado de São Paulo”.

 Baixa confirmada e...

O vereador José Luiz Furtado confirmou à coluna sua disposição de deixar o PSDB tão logo se abra a próxima janela para mudança de partido. O político, entretanto, prefere fazer suspense em relação ao seu futuro partido, mesmo após um longo encontro, no último final de semana, com o deputado federal Marco Bertaiolli (PSD) e demais vereadores da bancada, que terminou numa visita conjunta ao futuro shopping Patteo Urupema, em fase final de implantação na cidade, ao lado do empresário Henrique Borenstein.

 ... proximidade com PL

 “A conversa com Bertaiolli é importante porque, inegavelmente, ele é uma das maiores lideranças políticas da cidade. Nós falamos sobre política e sobre o futuro de Mogi”, disse o vereador José Luiz Furtado, admitindo estar mais próximo do PL que do PSD, “por conta de minha lealdade aos deputados Marcio Alvino e André do Prado".

"Temos uma parceria  que vem dando muito certo e qualquer movimentação partidária de minha parte  deverá ter o aval dos dois”, concluiu.

 Resultado histórico...

Deu no Infomoney, informativo especializado em assuntos econômicos: a JSL, empresa de logística controlada pelo Grupo Simpar (antiga Julio Simões) conseguiu entregar o seu melhor resultado trimestral da história no quarto trimestre do ano passado, num contexto de crescimento  de margens e celebração de R$ 3,3 bilhões em novos contratos. Apesar dos juros elevados, a JSL fechou, em 2022, R$ 6 bilhões em novos contratos, com média de 50 meses, evitando deixar-se levar por resultados de curto prazo.

 ... para a mogiana JSL

Neste cenário, a companhia registrou lucro líquido ajustado de R$ 110 milhões no intervalo entre outubro e dezembro do ano passado, contra R$ 63 milhões em igual período de 2021, uma alta de 73,8%. Considerando apenas o lucro líquido sem ajustes, a cifra alcançou, diz o Infomoney, R$ 93,9 milhões, com alta de 73,1%. A receita líquida também cresceu  25,2% no mesmo comparativo para R$ 1,7 bilhão.

A companhia que já atua no Paraguai e África do Sul, aposta em novas investidas junto ao mercado externo durante 2023.

 Mogi menos viva

As alterações patrocinadas por vereadores na Lei Mogi Mais Viva, que tornarão a cidade mais feia e poluída, foram apresentadas, nesta semana, em clima de festa, na Câmara Municipal, como uma grande conquista e vitória do município.

Não é bem assim.

Como na história daquele ex-ministro de Bolsonaro, foi aberta a porteira para a passagem da boiada, aproveitando-se de um momento de descompromisso dos políticos com a qualidade de vida no município.

O que virá, de agora em diante, ninguém sabe, mas é perfeitamente possível de se imaginar.

Numa cidade onde a fiscalização permite que uma faixa anunciando interdição de uma importante rotatória fique dependurada em árvores, por quase um ano, e onde os motoristas fazem o que querem nas portas das escolas, parando em filas duplas e até triplas, haverá fiscalização para as novas medidas permitidas pelos nobres vereadores?

Vale esperar para conferir.

 Lei do Silêncio nas...

Caberá ao governador Tarcísio de Freitas sancionar – ou não – o projeto de lei de autoria do deputado Delegado Olim (PP) que visa acabar com a perturbação de sossego e do bem-estar das pessoas por conta de sons, ruídos e vibrações em todo o Estado de São Paulo. A proposta colocar o controle e a fiscalização dessas ocorrências sob responsabilidade da Polícia Militar e Guarda Municipal.

 ...mãos do governador

Conforme o projeto aprovado, ficará proibido todo som, ruído ou vibração que perturbe o sossego e o bem–estar das pessoas. Pelo texto, perturbação é qualquer emissão excessiva ou repetitiva que atrapalhe o sossego, que represente perigo à integridade física ou psicológica, ou que cause danos a propriedades públicas e privadas. No texto não há previsão sobre volume de sons ou ruídos. Manifestações públicas, sociais e democráticas realizadas em espaços públicos não se enquadram nessas situações.

O texto prevê ainda a possibilidade de parceria com outros órgãos. Quem infringir as regras estará sujeito a advertência; multa de 100 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - Ufesp (que equivale a R$ 3.426,00 em 2023), no caso de pessoa física; e de 500 Ufesp (R$ 17.130,00) para pessoa jurídica. A reincidência no prazo de 12 meses poderá levar à aplicação de multa no valor dobrado.
 

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