Entrar
Perfil
INFORMAÇÃO

Governo chega ao fim e duplicação da Mogi-Dutra espera pelo término

Mesmo tendo sido prometida pelo DER há dois anos, a conclusão da obra num trecho inferior a um quilômetros ainda não foi executada: dificuldades no projeto

Darwin Valente
07/12/2022 às 07:04.
Atualizado em 07/12/2022 às 07:34

Trecho final da ligação rodoviária Mogi das Cruzes-Via Dutra continua sem a duplicação existente nos 19 km iniciais: desafio para o novo governo (Foto: arquivo / O Diário)

O ano está chegando ao fim e aquilo que este jornal havia previsto em relação à conclusão das obras de duplicação da Mogi-Dutra está acontecendo. 

Mesmo dependendo de uma solução para pouco menos de um quilômetro de via que deixou de ser duplicado junto com o restante da estrada, o DER não conseguiu projetar e muito menos executar os serviços necessários para terminar um trabalho que pode ser considerado digno de elogios nos quase 19 quilômetros da via, já concluídos.

No entanto, é impossível de se entender como uma grande obra como esta continua inacabada simplesmente porque o Estado não conseguiu desapropriar uma pequena faixa de terreno.

Com isso, permanece até agora o afunilamento do trecho final da rodovia, onde as quatro faixas das duas pistas se estreitam para duas, em uma só pista, nas proximidades da cidade de Arujá, unicamente para passar pelo terreno não desapropriado.

A história é lamentavelmente antiga. E quando mostrada, pela primeira vez, por este jornal, o DER logo se manifestou prometendo uma solução paliativa para acabar com o perigoso estreitamento de pista. 

Mais que isso: fez questão de enviar diretores à redação deste jornal para assegurar a realização da obra em tempo recorde. Dois anos depois, absolutamente nada aconteceu e tudo permanece ‘como dantes no quartel de abrantes’.

Os motoristas reclamam, mas nada é feito para resolver o problema. 

Quando consultado, o departamento informa que está sendo feito um projeto para a difícil obra. Mas como pode ser difícil um desvio de pouco mais de um quilômetro ser projetado e executado por quem possui tanta expertise para lidar com situações como essa?

O leitor mais desavisado, que ainda não conhece o problema, deve ser perguntando: Mas qual foi o grande fato que impediu a desapropriação de tão diminuta área para a duplicação plena da rodovia?

Na verdade, o que houve foi a discordância da proprietária do terreno em relação ao preço que o DER queria pagar pela sua propriedade. 

O caso foi parar na Justiça que estabeleceu um valor. Muito acima do que foi avaliado pelo perito contratado do Estado.

Sem disposição para continuar a briga junto ao Poder Judiciário que, a julgar pela primeira decisão, certamente acabaria por lhe dar ganho de causa, o governo estadual preferiu se apequenar diante do problema e simplesmente deixou a obra inconclusa. 

Uma vergonha para o governante da hora e para aqueles que o sucederam.

Mais um ano está chegando ao fim e a estrada continua lá, afunilada, representando perigo para os motoristas, mostrando a inépcia de um governo que não consegue sequer resolver um problema tão simples.

Um “tocador de obras” agora irá assumir o comando do Estado. E Tarcísio de Freitas (Republicanos), já prometeu concluir a obra de maneira adequada, durante as entrevistas concedida em campanha.

Vale, portanto, esperar para saber se a promessa será mesmo cumprida. Ou se no final do próximo ano ainda estaremos aqui lamentando e cobrando solução para a situação da duplicação inacabada.

Conteúdo de marcaVantagens de ser um assinanteVeicule sua marca conosco
O Diário de Mogi© Copyright 2023É proibida a reprodução do conteúdo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por