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Folclore Político (CLXI) A boa ação do prefeito

Francisco Quadra Andrez, o Ticão, é uma dessas figuras inesquecíveis, perto de quem é impossível ficar alheio às suas histórias. Ator e autor de peças e shows, ele já foi vereador e secretário de Finanças da Prefeitura de Suzano. É de sua autoria o livro Suzano – A história que você não leu, de onde […]

31 de outubro de 2020

Reportagem de: O Diário

Francisco Quadra Andrez, o Ticão, é uma dessas figuras inesquecíveis, perto de quem é impossível ficar alheio às suas histórias. Ator e autor de peças e shows, ele já foi vereador e secretário de Finanças da Prefeitura de Suzano. É de sua autoria o livro Suzano – A história que você não leu, de onde saiu o episódio que abre a coluna de hoje. O verão de 1977 chegou como se São Pedro despejasse todo o seu estoque de chuvas sobre a cidade, onde o atual deputado estadual, Estevam Galvão de Oliveira, exercia seu primeiro mandato como prefeito. Ticão conta: Numa noite, ele me convidou para visitar uma família, na Vila Maluf, um bairro que estava começando a ser formado, também com sérios problemas com as enchentes do rio Tietê. No caminho, tínhamos que cruzar o Parque Maria Helena e passar por uma rua completamente alagada e cheia de lama. Eu estava dirigindo e ele conseguiu ver, para-brisas do carro, completamente embaçado, u carro sendo empurrado por várias pessoas no meio da lama e debaixo de chuva. Ele comentou a cena, e eu disse: “Coitados…” “Vamos ajudar, Ticão”, disse ele. “Você tá falando sério?”, indaguei. “Claro!”. Eu ainda tentei dizer que não iria adiantar nada, pois iríamos atolados no barro até o joelho. “Já imaginou? Eles, no escuro, nem sabe quem somos nós, ou que você é prefeito!…” Meus argumentos não prevaleceram e descemos do carro para ajudar os atolados. . Quando nos aproximamos do carro encalhado, eu percebi que a placa era de São Paulo, portanto, nem conhecidos e eleitores de Suzano eles eram. Começamos a empurrar o carro com o barro cobrindo até as canelas. Puxando assunto, um dos homens reclamou: “O prefeito desta cidade deve ser muito vagabundo…” “Mais burro que vagabundo…” – completou o Estevam.

Até tu, Maria?

Conta Sebastião Nery o jornalista e escritor Romeu de Avelar candidatou-se a deputado por Alagoas. Um desastre. Na seção em que votou com a mulher apareceu apenas um voto. “Mas Maria, nem você votou em mim?” E ela: “Querido, todo dia, no café da manhã, você me dizia que estava eleito. Para não desperdiçar  meu voto, votei no compadre Chiquinho.”

Por pouco

Campanha de 1988, Waldemar candidato, monitorava a campanha com as pesquisas do Gallup. Na reta final, convocou o principais “pesos pesados” e financiadores da cidade. Estava faltando “gás” para a chegada. Waldemar mostrou a pesquisa que o colocava na frente dos demais. “Naquele dia, realmente eu estava eleito, mas se a campanha demorasse mais algumas semanas, o resultado seria outro”, confessou Waldemar. O Gallup prenunciava dias difíceis. O “gás” liberado garantiu a vitória.

Coisas de jânio

Cassado pelos militares, na primeira leva de 64, Jânio passou
longas temporadas na Europa. Um dia, ia pela Champs Elysées,
em Paris, e um grupo de turistas brasileiros o viu. Um deles 
perguntou: “Presidente, o senhor sabe quem eu sou?” Jânio 
ficou uma fera e arregalou os olhos: “Ora, meu caro. Se você,
que é você, não sabe quem você é, como iria eu sabê-lo?”. E 
seguiu em frente.

Vice-versa

Conta Gaudêncio Torquato que o Dr. Dantinhas, ex-deputado
baiano, foi convidado para ser padrinho de casamento da filha de um 
coronel, no interior. No dia de viajar, recebeu um telegrama urgente:
“Compadre, não precisa vir. Deu-se o vice-versa. A menina morreu.”

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