O eleitorado de Itaquaquecetuba foi o que mais cresceu nos últimos sete meses (1,25%); Guarulhos tem o maior contingente (937.714 eleitores), à frente de Mogi (334.579 eleitores)
Eleitorado do Alto Tietê aumentou 9,13% em sete meses; Mogi das Cruzes tem o segundo maior contingente eleitoral da região, atrás somente de Guarulho (Foto: reprodução)
Se as eleições municipais para prefeitos e vereadores ocorressem hoje, a região do Alto Tietê teria 2.179.074 eleitores aptos a votar, segundo o mais recente levantamento divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
O número corresponde aos votantes das 12 cidades que integram o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), que inclui Guarulhos e Santa Branca.
O total de eleitores apresentado ao final do mês de junho último é 0,91% maior que os 2.159.350 computados em novembro do ano passado, segundo levantamento efetuado pelo jornalista Castro Alves.
Guarulhos e Itaquaquecetuba foram os municípios que mais cresceram eleitoralmente.
O primeiro teve um aumento de 1,04% em seu eleitorado, que atualmente é de 937.714, o maior contingente de toda a região.
Já Itaquá cresceu mais que Guarulhos: 1,25%, e conta atualmente com 254.351 eleitores.
Apesar do crescimento de 0,69%, Mogi das Cruzes continua sendo o segundo maior município em número de eleitores da região.
São 334.579 votantes atuais, contra os 332.267 de novembro passado.
Mesmo subindo 0,78%, o eleitorado de Ferraz (134.564) ainda está longe de se aproximar de Suzano, que, nos últimos sete meses, viu seu eleitorado aumentar 0,91% e chegar a 230.223 votantes.
Suzano tem o quarto maior número de eleitores; Ferraz, o quinto.
O menor contingente eleitoral do Alto Tietê é o de Santa Branca, que tem atualmente 12.342 eleitores.
Em ordem crescente, aparecem: Salesópolis (15.426 eleitores), Biritiba Mirim (24.007), Guararema (25.755), Santa Isabel (43.317), Arujá (71.675) e Poá (95.121)
Dificuldades
Ao iniciarem a temporada de caça aos candidatos a vereador para a eleição municipal de 2024, os dirigentes partidários começam a enfrentar alguns empecilhos criados pela legislação eleitoral em vigor.
Um deles está na composição da chapa.
Agora, cada partido poderá apresentar uma chapa com 24 candidatos, com um mínimo de oito mulheres.
A busca pelas candidatas tem sido um verdadeiro pesadelo para muitos articuladores de partidos.
Divisão
Os candidatos a prefeito estão buscando se cercar do maior número possível de legendas representativas, que possam influir não apenas no horário eleitoral do rádio e televisão, mas que devam servir também para uma divisão mais equitativa de candidatos, evitando a concentração de grandes puxadores de votos dentro de um único partido.
Na hora desta divisão, irão prevalecer o conhecimento e a sensibilidade política dos articuladores partidários. Da estratégia na montagem de chapas poderá resultar o sucesso ou o fracasso do grupo na eleição.
Sem coligações
O advogado Luiz David Costa Faria, especialista em legislação eleitoral, chama a atenção para alguns fatos: “Coligação proporcional não existe mais e federações funcionam como se fossem um único partido, sendo que seus estatutos devem prever como serão divididas as vagas entre os integrantes”.
Provisórias (1)
A existência de um grande número de comissões provisórias, em lugar de diretórios, nos partidos que irão disputar as próximas eleições municipais tem preocupado muitos articuladores de campanha.
Sem os diretórios municipais devidamente estruturados, muitos partidos ficam à mercê dos interesses de momento dos dirigentes nacionais, caciques alheios aos aspectos locais das campanhas, mas que podem, numa só canetada, destituir o comando provisório e substituí-lo por outro.
As chamadas “intervenções partidárias”, até mesmo em diretórios, já marcaram duramente campanhas eleitorais na cidade.
Provisórias (2)
Quem não se lembra de quando Valdemar Costa Neto, então um aliado petista, se juntou a José Genoino para fazer com que o PT de Mogi apoiasse a candidatura a prefeito de Gondim Teixeira, lançada pelo então PR?
O partido já havia praticamente lançado o vereador Iduigues Martins como candidato na cidade. E a intervenção veio de maneira impositiva, ditatorial mesmo.
Os petistas locais chiaram, mas não conseguiram alterar o quadro.
No final, com ou sem PT, o candidato do grupo de Costa Neto acabou não se elegendo.
Provisórias (3)
O advogado Luiz David comenta:
“Como o próprio nome diz, as comissões provisórias podem ser substituídas a qualquer momento e sem motivação, pelos órgãos superiores. Já os diretórios têm mandato com duração definida, e só podem ser substituídos ou suspensos por meio de intervenções motivadas, cujas razões estão no estatuto de cada partido”.
Acerto de contas
Um alerta especial do advogado David: os órgãos partidários suspensos por ausência de prestação de contas também não poderão lançar candidaturas.
Recentemente, a coluna publicou uma relação deles e, à época, eram poucos os que buscavam regularizar sua situação junto à Justiça Eleitoral.
A maioria ainda acredita que possa deixar esses detalhes para a última hora. Mas podem ter dificuldades e acabar impedidos de concorrer ao próximo pleito.
É bom ficar atento a isso!
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