Luis Antonio Longato e Rolando Boldrin faleceram nas duas últimas semanas e deixaram, além de saudades, histórias, pelas quais serão lembrados
Empresário mogiano, Luiz Antonio Longato faleceu aos 74 anos no último dia 4 (Arquivo/O Diário)
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Luis Antonio Longato e Rolando Boldrin faleceram nas duas últimas semanas e deixaram, além de saudades, histórias, pelas quais serão lembrados
Empresário mogiano, Luiz Antonio Longato faleceu aos 74 anos no último dia 4 (Arquivo/O Diário)
Luiz Antonio Lontago, o empresário que foi sepultado na semana passada, após ter sido vítima de um AVC seguido de enfarte, apesar de descendente de italianos, jamais escondeu sua admiração pelos hábitos da roça, que ele sempre cultivou, em seu antigo sítio, na Mogi-Guararema.
Pai de um filho violeiro e engenheiro agrônomo, Heitor, além de Cláudia e Ana Lúcia, sempre gostou de viver entre os amigos mais próximos, que ele chegava a reunir em sua casa para provar uma deliciosa galinha caipira acompanhada de um bom angu, que seus antepassados conheciam como polenta, entre outros quitutes e, é claro, uma indispensável cachacinha de primeira qualidade.
Longato era assim, simples e amigo, dos quais nunca costumava esquecer, mesmo em suas andanças até pelo exterior. Como a vez em que viajou para Itália, em plena campanha por sua reeleição ao comando da Associação Regional das Pequenas e Médias Empresas Industriais (Arpemei), que hoje já não existe mais.
Ele não contava com o opositor eficiente que aproveitou a sua ausência para fazer campanha e vencer o pleito, o que obrigou o então diretor do Ciesp, Angelo Albiero, utilizar alguns métodos, digamos, pouco ortodoxos para invalidar o pleito e provocar uma nova eleição, que deu a vitória a Longato, é claro.
Diretor-adjunto do Ciesp local, foi convidado a participar de uma convenção da poderosa Fiesp, no Guarujá, onde se empolgou com as histórias e as modas contadas e cantadas pelo convidado especial do evento, Rolando Boldrin, que ele só admirava, mas ainda não conhecia pessoalmente.
Voltou empolgado e trouxe para o repórter um livro com alguns dos “causos” contados à época pelo apresentador do antigo Som Brasil, da Rede Globo. E se divertia muito relembrando das histórias caipiras, em encontros futuros.
O apresentador Rolando Boldrin, nascido em São Joaquim da Barra (SP), tinham algo em comum: os dois gostavam de ouvir e contar “causos” de épocas passadas ou atuais (Reprodução)
E por falar em “causos”, Longato também era fã de Geraldinho, um humorista caipira de raiz, que poucos conheciam, cuja risada ele fazia questão de imitar, sempre que encontrava algum amigo que também conhecia o personagem. E tome histórias, que sempre causavam risos, mesmo quando repetidas pela enésima vez.
Assim era Longato. Simples, amigo e festeiro, divertido sempre.
Pois não é que tanto Longato quanto Boldrin decidiram, como o apresentador dizia, partir “fora do combinado”?
Os dois farão muita falta a todos que fomos seus amigos ou admiradores.
Quem conviveu com um e conheceu o outro, ainda que à distância, lamenta que a vida tenha ficado mais triste com a ausência de ambos.
A essa altura, não há mais dúvidas: Longato, Geraldinho e Boldrin estão la é cima, se divertindo com muitos “causos” e, se São Pedro permitir,, até mesmo “molhando as palavras” com uma boa cachacinha, porque ninguém é de ferro. Nem no paraíso.
Mais uma do Quico
A história faz parte do folclore político da tranquila Salesópolis, onde o tempo só esquenta mesmo em épocas de eleição. Dizem que, candidato a prefeito, o conhecido Adílson Bolinha foi pedir votos no distante bairro do Serrote, lugar de tradições arraigadas, como a fidelidade aos amigos, por exemplo. Conversou bastante com um eleitor e quando pediu seu apoio, o homem foi sincero, ao extremo: “Eu não posso votar no senhor porque vou votar no “Quico” (Francisco Rodrigues Correia), que ajudou muito a minha “veinha”. O outro candidato insistiu: “Sabe por que ele fez isso? Por que ele é candidato, como eu também sou”. O eleitor se enfureceu: “Vai embora daqui. Ele nunca fez isso. Minha mulher já morreu faz 15 anos!”. A conversa parou por ali mesmo.
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