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Dois amigos viveram os principais movimentos da história recente de Mogi

Abro a coluna de hoje com a história de dois grandes amigos.  Um deles, o advogado Sylvio da Silva Pires, que hoje recebe os parabéns por estar completando neste dia 30, sábado, 90 bem vividos anos. O outro amigo, infelizmente, não está mais mais entre nós. O jornalista Tirreno Da San Biagio, o Tote, fundador […]

30 de abril de 2022

Reportagem de: O Diário

Abro a coluna de hoje com a história de dois grandes amigos. 
Um deles, o advogado Sylvio da Silva Pires, que hoje recebe os parabéns por estar completando neste dia 30, sábado, 90 bem vividos anos. O outro amigo, infelizmente, não está mais mais entre nós. O jornalista Tirreno Da San Biagio, o Tote, fundador deste jornal, faleceu no dia 14 de novembro de 2015, aos 83 anos..
Os dois foram amigos desde crianças, por conta da proximidade das casas de suas famílias. A de Sylvio Pires localizada na esquina da rua Senador Dantas com o antigo Beco do Sapo, enquanto Tote morava bem em frente ao atual Largo Bom Jesus, numa pequena travessa, hoje denominada de “Benemérito Alfredão”.
Os dois cresceram juntos, jogando bola ou caçando passarinhos, pescando ou colhendo bananas do brejo na várzea do rio Tietê, onde se localiza o bairro do Mogilar.
A passagem do tempo  só fortaleceu a amizade entre os dois, quando ambos, já rapazes, começavam a pensar no futuro e no que fazer para ganhar o dinheiro necessário para as sessões de cinema dos fins de semana e outros “exageros” que a cidade lhes proporcionava.
Tote já vinha sondando alguma coisa, fazendo “bicos” numa borracharia quando, ao se aproximar um final de semana, foi convidado por Sylvio para uma viagem até o sítio da família Pires, localizado em Biritiba Mirim.
 Eles passariam alguns dias por lá, desfrutando ao máximo do que a propriedade lhes oferecia. E era muita coisa. De frutas até peixes em abundância, nos ribeirões sempre muito límpidos daquela localidade.
O tempo passava rápido, mas a ideia da busca por um emprego não saída da cabeça de Tote, como ele contaria, décadas depois, numa longa entrevista, num dos aniversários deste jornal.
E foi  ainda lá, em Biritiba, que ele se deparou com um anúncio do jornal Folha de Mogi, de propriedade dos irmãos Isaac e Jaime Grinberg, buscando alguém para trabalhar na própria empresa. 
Produzido em mimeógrafo, o jornal era, à época, único porta-voz real  dos interesses da cidade.
Tote não pensou duas vezes. 
E voltou imediatamente para Mogi, indo direto para a sede do jornal, à rua Barão de Jaceguai, ao lado da praça Oswaldo Cruz. Fez o teste e acabou contratado para ajudar nos serviços gerais da redação.
A proximidade com redatores da época, como Roberto da Silva e o próprio Isaac, mexeu com o jovem descendente de italianos que, pouco tempo depois, já escrevia alguma coisa para ser publicada. 
Ali, ele conheceria uma jovem secretária, Neid, que viria a ser namorada e, mais tarde, a esposa e principal aliada em seu futuro no jornalismo.
A Folha acabaria mudando de dono e, discordantes da linha político-partidária assumida pela publicação, Tote e Neid saíram e fundaram O Diário de Mogi.
A história de Tote, daí em diante, a maioria conhece. 
Já Sylvio formou-se advogado e passou boa parte de sua vida militando no setor público de Mogi, especialmente ao lado do prefeito Waldemar Costa Filho. 
A amizade entre Sylvio e Tote certamente existiria, firme e forte, até hoje, não fosse a partida prematura do jornalista. 
Enfim, uma história que se confunde com a vida recente de Mogi, uma cidade amada por ambos.

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