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Divergências políticas dificultam avanço da Frente de Vereadoras

A Frente Parlamentar em Defesa da Mulher, que poderia ter alcançado bons resultados com a ação conjunta das três representantes femininas da Câmara Municipal de Mogi, especialmente em trabalhos relativos ao interesse das mulheres em geral, não foi além das primeiras semanas do atual mandato. As vereadoras Fernanda Moreno (MDB), Inês Paz (PSOL) e Maria […]

9 de março de 2023

Reportagem de: O Diário

A Frente Parlamentar em Defesa da Mulher, que poderia ter alcançado bons resultados com a ação conjunta das três representantes femininas da Câmara Municipal de Mogi, especialmente em trabalhos relativos ao interesse das mulheres em geral, não foi além das primeiras semanas do atual mandato.

As vereadoras Fernanda Moreno (MDB), Inês Paz (PSOL) e Maria Luiza Fernandes (SD) chegaram a impressionar quando foram para as ruas, unidas, em defesa do combate à pobreza menstrual, até então, um tema pouco conhecido e debatido na cidade.

Tudo indicava que outros assuntos de semelhante importância seriam alvos do trabalho conjunto das “meninas superpoderosas”, como chegaram a ser chamadas em alguns círculos da política, numa relação com as super heroínas dos desenhos animados da televisão.

O trio chegou até mesmo a apresentar alguns trabalhos em conjunto no plenário da Câmara, dando a impressão de que o grupo poderia avançar cada vez mais na direção de temas mais delicados, como a questão das chacinas, que Inês Paz vinha acompanhando de perto e dando apoio às mães das vítimas, desde o início das ações em busca de punição para os responsáveis pelas mortes de jovens da periferia local.

As nuances da política, no entanto, acabaram falando mais alto e acabaram por separar o trio de mulheres da Câmara de Mogi. Fernanda Moreno, que adotava certo distanciamento das questões político-partidárias, acabou se engajando de vez no grupo de apoio ao prefeito Caio Cunha (PODE), enquanto Malu Fernandes, que era uma espécie de escudeira do prefeito nos primeiros meses do atual mandato, se distanciou dele, prometendo assumir uma posição de independência. Já Inês ficou onde sempre esteve: na oposição permanente ao Executivo.

Se não afastaram definitivamente as três vereadoras, tais posicionamentos acabaram por distanciá-las e a ideia da Frente foi ficando cada vez mais esquecida.

E se o Dia Internacional da Mulher desta quarta-feira (8), poderia ser comemorado em grandes estilo pela Frente, pelo menos serviu para uni-las, em cargos distintos, no comando da Mesa da Câmara e dos trabalhos da sessão de ontem. Fernanda ficou com a presidência, Malu como vice e Inês como a primeira secretária.

Nota do Redator: Esta coluna já estava redigida quando a vereadora Inês Paz discursou em plenário, durante a tarde desta quarta-feira, fazendo referência à Frente Parlamentar em Defesa da Mulher e admitindo que o grupo realmente “não está se articulando muito bem”. Ela sugeriu a todos os vereadores para que apresentassem trabalhos em defesa dos direitos das mulheres, “não apenas no dia 8 de março”.

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