Em entrevista exclusiva à edição impressa do jornal O Diário, no último sábado (25), o deputado estadual diz que é hora de o PL lançar um candidato a prefeito; e que ele topa ser este candidato.
Deputado Marcos Damasio, presidente municipal do PL, deflagra para valer a sucessão municipal ao afirmar que pode ser o candidato a prefeito pelo partido, nas eleições do próximo ano em Mogi (Foto: divulgação / Assessoria de Imprensa)
A entrevista concedida à edição impressa deste jornal, no sábado (25), pelo deputado estadual Marcos Damasio (PL) foi importante sob diferentes pontos de vista.
O parlamentar, que é também o presidente municipal do PL, defendeu aquilo que o partido sacramentaria, em nível nacional, neste final de semana: o lançamento de candidatos a prefeito em todos os municípios com mais de 200 mil habitantes.
Depois de passar os últimos pleitos apoiando candidatos de outras agremiações, o deputado acha que está mais do que na hora de o partido lançar um nome de seus próprios quadros, contando com o apoio daqueles que, no passado, receberam o respaldo do PL, como o PSDB e PSD, só para ficar nos partidos mais bem estruturados na cidade.
Mas Damasio não se limitou a exercitar o discurso político na teoria.
O parlamentar decidiu deixar claro que ele próprio pode ser o candidato do partido e ressaltou seus próprios atributos para representar o grupo político que tem Valdemar Costa Neto (PL), Marco Bertaiolli (PSD) e Marcus Melo (PSDB), nas próximas eleições.
Damasio ressaltou a experiência de quatro mandatos de vereador, seis anos como secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Social da Prefeitura, além de estar iniciando o terceiro mandato consecutivo de deputado estadual.
O parlamentar também procurou ressaltar que é um dos poucos que teve oportunidade de atuar ao lado de nomes conhecidos da política doméstica, como os ex-prefeitos Waldemar Costa Filho, Manoel Bezerra de Melo, Francisco Ribeiro Nogueira, Machado Teixeira e Marcus Melo, além de outros, como o vereador Ivan Siqueira e o deputado Mauricio Najar.
Embora não cite isso, Damasio, do alto de sua eterna e total lealdade a Valdemar Costa Neto, certamente espera dele um apoio decisivo para sua carreira política na cidade, assim como aconteceu com o deputado André do Prado (PL) que, com o apoio do partido, chegou a presidente da Assembleia Legislativa.
Ao abrir o verbo – e o coração –, o parlamentar também deu uma nova característica à sucessão, onde o atual prefeito, Caio Cunha (PODE) e o ex-vereador e advogado Rodrigo Valverde (PT), também já assumiram as respectivas candidaturas.
E, dessa forma, o quadro sucessório começa a ganhar forma, embora nada garanta que um grupo político que possui medalhões como Costa Neto, Bertaiolli e Marcus Melo, faça a imediata opção por Damasio, apesar de todos atributos que ele se autoimpôs.
Mas se Damasio resolveu abrir o jogo é porque pode estar existindo algo mais avançado nas conversas interpartidárias sobre a sucessão municipal do que supõe a nossa vã filosofia.
De uma forma ou de outra, a entrevista foi o fato mais comentado dos meios políticos locais durante as últimas horas, o que mostra que o interesse pela sucessão está mais vivo do muitos pensam. Para muitos, Damasio só explicitou o que já vinha sendo comentado nos bastidores.
Não há mais dúvidas de que a sucessão está começando – e para valer – em Mogi das Cruzes.
Reaproximação
A entrevista de Marcos Damasio a este jornal, no último sábado, trouxe outra revelação: segundo o parlamentar, o distanciamento entre o deputado federal Marco Bertaiolli (PSD) e o ex-prefeito Marcus Melo (PSDB) já não é mais tão acentuado como era, pelo até algum tempo atrás. Segundo contou Damasio, os dois já estiveram conversando amigavelmente e a reaproximação mútua estaria sendo costurada. E nada melhor que o tempo para curar as eventuais feridas abertas no passado.
Novo cargo
A vice-prefeita de Mogi, Priscila Yamagami (PODE), está convidando um grupo de mulheres mogianas para um encontro no salão do Sindicato dos Comerciários, no Jardim Santista, no próximo dia 31, às 20 horas. O evento pretende discutir assuntos de interesse geral das mulheres, mas o principal fato político da noite será mesmo a posse de Priscila como presidente do Podemos Mulher de Mogi. Além do conhecimento mútuo entre as participantes, o evento prevê ainda “sorteios de brindes bacanas”, como diz o convite já encaminhado a muita gente da cidade.
Triste notícia
O professor Oscar Holme, que faleceu na última sexta-feira (24), aos 84 anos, é uma daquelas pessoas que marcaram a vida educacional da cidade, pelo menos durante o período em que esteve mais ativo à frente de cargos importantes na área pública e universitária de Mogi. Nos últimos tempos, Holme andava recluso e era visto, muito raramente, caminhando pelas ruas do bairro do Shangai, onde residiu por muito tempo.
Passarinhos
O professor Oscar foi secretário de Educação num dos governos de Waldemar Costa Filho. Apesar do estilo rígido do prefeito, os dois se entendiam perfeitamente, até porque tinham algo mais em comum, além da seriedade com que encaravam o trabalho. Ambos eram criadores de pássaros e, sempre que havia necessidade, trocavam figurinhas sobre doenças, alimentação e outros assuntos ligados ao assunto.
Município condenado
O Tribunal de Justiça de São Paulo, por meio da 6ª Câmara de Direito Público, confirmou, por unanimidade, a condenação do município de Mogi das Cruzes ao pagamento de indenização por danos morais a uma aluna deficiente, que foi agredida por uma professora da rede municipal de ensino. O valor da indenização foi majorado para R$ 15 mil.
Agressão a criança
Conforme consta dos autos do processo, a criança com atrofia do hemisfério cerebral esquerdo foi atingida com um sapato pela professora, durante uma discussão dentro da escola. O fato foi confirmado por testemunhas do episódio. E ao aumentar o valor da indenização, o desembargador Alves Braga Júnior, relator do recurso, se baseou em jurisprudência do próprio TJ sobre caso semelhante, além de ressaltar a gravidade da agressão.
Fala o desembargador
“Quanto aos danos morais, embora a lei não estabeleça os parâmetros para a fixação da reparação, cabe ao juiz fazê-lo com base no princípio da razoabilidade, observado o grau de culpa do responsável, a extensão do dano, a capacidade econômica das partes e as vantagens auferidas pelo responsável. A autora tem deficiência mental leve e, à época dos fatos, tinha 10 anos. As agressões ocorreram em momento de exaltação e descontrole da docente”, ressaltou o magistrado.
Completaram a turma julgadora os desembargadores Sidney Romano dos Reis e Silvia Meirelles.
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