Covid-19 impede o ex-prefeito Junji de comemorar os 82 anos

A Covid-19 impediu o ex-prefeito Junji Abe de comemorar, em grande estilo, junto de amigos e familiares, os seus bem vividos 82 anos, completados nesta quinta-feira (15). 

Recluso em casa, por conta dos sintomas, ainda que leves, graças às quatro doses da vacina, e das cautelas sanitárias necessárias, o político usou as redes sociais para se comunicar com seus seguidores e dizer que está “vivendo a fase da melhor idade, com as experiências que a vida concede e esforçando ao máximo para ser útil aos familiares, às pessoas necessitadas, à sociedade como um todo e, evidentemente, ao nosso fantástico e querido Brasil!”  

Junji, atualmente um frequentador assíduo das redes sociais, onde costuma refletir sobre os mais diferentes assuntos do dia a dia, aproveita a postagem sobre o aniversário para informar que ficará “fora do mundo cibernético pelos próximos 30 dias”, sinal de que irá sair, literalmente, de férias no período. Promete voltar somente na segunda quinzena de janeiro do próximo ano, “reenergizado com muito entusiasmo, publicando artigos para manter a generosa interação” com seus leitores.

Apesar de já veterano na vida pública, Junji não parou no tempo e, além dessas participações costumeiras nas redes sociais, também mantém o site (www.junjiabe.com.br), com detalhes sobre sua atuação política que, para muitos, não deveria ter se encerrado. Junji, no entanto, por mais de uma vez, já deu a vida política como encerrada.

Mogi acompanhou e participou diretamente de sua carreira, que começou na Câmara Municipal, entre 1973 e 1976, quando o jovem agricultor iniciou também um virtuoso período como sindicalista, à frente do Sindicato Rural de Mogi das Cruzes, onde imprimiu sua marca de administrador cuidadoso. 

Numa época em que não existiam computadores, a entidade era uma das poucas de toda a cidade que dispunha de dados e números completos sobre a produção agrícola de Mogi, à época com um importante papel no abastecimento de São Paulo, Rio de Janeiro e até de Brasília.

Seu trabalho como representante do setor produtivo mogiano o conduziu, por três mandatos junto à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, entre 1981e 1999, além outros dois na Câmara dos Deputados, entre 2011 e 2015 e, depois, de 2017 até o início de 2019.

Mas a fama de bom administrador e político foi confirmada por ele nos dois mandatos como prefeito de Mogi das Cruzes, entre os anos de 2001 até 2008. Após perder a eleição de 1976, Junji se tornou o primeiro prefeito a governar a cidade por dois mandatos consecutivos

Ao chegar à Prefeitura, ele ancorou sua administração no Plano de Governo Participativo (PGP), que ganhou nova versão durante o segundo mandato. Bem relacionado com as administrações estadual e federal, o político nascido em Biritiba Ussu teve participação efetiva em obras como a duplicação da Mogi-Dutra e conclusão do Hospital Luzia de Pinho Melo.

Foi responsável, dentre outros trabalhos, pela implantação do Pró-Criança, Pró-Mulher e pela criação do Parque Centenário da Imigração Japonesa, uma das mais frequentadas áreas de lazer e cartão postal da cidade até os dias atuais.

E se teve problemas com a estrada velha de Sabaúna e avenida Miguel Gemma, Junji pode se orgulhar de ter implantado na cidade a Central Integrada de Emergências Públicas (Ciemp), que passou a controlar as principais vias da cidade com o uso de câmeras para garantir mais segurança. Foi também o criador da Guarda Municipal, como ele informa, em seu site.

Na área da cultura, a cidade brilhou com Coral Canarinhos do Itapety, a Orquestra Sinfônica Jovem Minha Terra Mogi e a Banda Boigy, que envolveram centenas de crianças da periferia do município.

Aos 82 anos, Junji dá vivas ao próprio aniversário e ressalta suas condições físicas e mentais privilegiadas, além de seus "cabelos pretos". 

Afinal, ele próprio assegura:

“Ainda tenho cabelos para fazer a coloração ”, diz, bem-humorado.