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Conheça detalhes do trem-bala que poderá ligar São Paulo ao Rio

Depois da tentativa fracassada do governo federal para implantar o Trem de Alta Velocidade (TAV) entre São Paulo e Rio de Janeiro, uma nova tentativa começa a ser feita, agora por meio da iniciativa privada. A empresa TAV Brasil já obteve o aval da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), vinculada ao Ministério da Infraestrutura […]

21 de março de 2023

Reportagem de: O Diário

Depois da tentativa fracassada do governo federal para implantar o Trem de Alta Velocidade (TAV) entre São Paulo e Rio de Janeiro, uma nova tentativa começa a ser feita, agora por meio da iniciativa privada. A empresa TAV Brasil já obteve o aval da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), vinculada ao Ministério da Infraestrutura para tentar construir um novo trajeto do trem-bala, bem diferente daquele tentado pelos governos passados de Lula e Dilma, ambos do PT.

A TAV Brasil agora é uma sociedade formada por duas empresas e dois sócios individuais que pretendem unir as capitais de São Paulo e Rio de Janeiro, apenas com duas estações intermediárias. Uma em São José dos Campos, no lado paulista, e Volta Redonda, no trecho fluminense. Ao contrário do primeiro projeto, não haverá extensão até Campinas, já que tal trajeto será coberto pelo Trem Intercidades, nem muito menos paradas em aeroportos como Guarulhos (SP) e Galeão (RJ).

O traçado inicialmente proposto será de 378 km, evitando passar pelo centro de São Paulo e do Rio. O lado paulista ganharia uma estação na região de Pirituba, local de propriedade pública, que evitaria desapropriações. Além disso, está previsto que a Linha 6 – Laranja da CPTM venha a chegar até lá, mesmo sem prazo para que isso aconteça. Perto dali há também a Linha 7-Rubi, que futuramente será concedida junto ao Trem Intercidades.

Assim como em São Paulo, no Rio o tem-bala  também não entraria na cidade. A proposta prevê  uma estação em Santa Cruz, de onde o passageiro passaria a se utilizar de um trem da Supervia (a CPTM de lá) para conseguir se aproximar das regiões mais centrais.

Idêntica metodologia estaria sendo usada para estabelecer as regiões das estações de São José e de Volta Redonda. No Vale do Paraíba, a estação deverá ser localizada próxima do entroncamento entre as rodovias Carvalho Pinto e Tamoios, na zona Sul da cidade.

Já em Volta Redonda, a estação deverá se localizar num ponto próximo da rodovia dos Metalúrgicos, a leste da área urbana da cidade.

Segundo dados referenciais do projeto ainda em fase de preparação definitiva, a maior parte do trajeto do trem-bala será em superfície. Só nos trechos urbanos haverá túneis para minimizar os impactos para os moradores. Só na Grande São Paulo são avaliados três grandes trechos subterrâneos: com 20 km em São Paulo, 8,5 km em Guarulhos e 3,5 km em Arujá, o que confirma a informação já divulgada pela coluna de que ele irá passar distante de Mogi das Cruzes.

Numa região próxima da estação de São José será instalado um pátio de manutenção, em uma região livre de urbanização.

O TAV usará trens com tração por eletricidade e alimentação por catenária (um sistema de distribuição e alimentação elétrica aérea). A princípio, serão 45 composições, configuradas com 10 ou 20 vagões, puxados por locomotivas automotrizes. A bitola obedecerá padrão internacional (1.435mm), mesma usada nas linhas 4-Amarela e 5 – Lilás, do Metrô paulistano.

Longe das áreas urbanas, os trens poderão atingir até 330 km/hora. As obras estão previstas para começar em junho de 2025 e junho de 2026, respectivamente, divididas em seis lotes, começando por São Paulo (Lote 1), trecho São Paulo-São José (2). São José-Taubaté (3), Taubaté-divisa SP-Rio (4), Divisa SP-Rio-Volta Redonda (5) e Volta Redonda-Rio de Janeiro (6).

Se tudo isso der certo, o trem de alta velocidade deve começar a operar em junho de 2032. Algo que, convenhamos, não será nada fácil…

 

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