Condemat vai ao DAEE para reivindicar a limpeza do rio Tietê

Passadas as festas carnavalescas, o rio Tietê passa a ser a principal preocupação do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat).

Ainda sob os efeitos da tragédia ocorrida na região do Litoral Norte, em função do excesso de chuvas e da presença de muita gente em as áreas de risco, os prefeitos estão atentos para uma situação igualmente grave que afeta a quase todos os municípios da região e que pode se tornar um importante vetor de problemas para seus atuais administradores.

Tal fator de risco é conhecido pelo nome de rio Tietê. 

Atualmente, além de sua água impura, reflexo dos agentes poluidores, especialmente esgotos e outros dejetos que nele são atirados, o rio está também assoreado, de maneira que basta uma chuva mais forte nas cidades e, principalmente, em suas cabeceiras, para ocorrer o transbordamento e a consequente invasão de residências, irregularmente ou não, localizadas em suas proximidades.

O problema não se restringe a Mogi, onde a dificuldade de escoamento das águas do Tietê provoca também o represamento de córregos que cortam a cidade, facilitando a ocorrência de enchentes também em áreas urbanas. 

Outros municípios enfrentam problemas semelhantes.

Por isso mesmo, o Condemat – agora com o prefeito de Mogi, Caio Cunha (PODE) à frente –, promete buscar soluções para esta situação junto ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), ao lado da Sabesp, o principal responsável pelas obras ao longo do rio que nasce em Salesópolis e caminha, sentido contrário dos demais, para o interior de São Paulo, em direção ao Paraná, onde deságua no rio Paraná, entre os municípios de Itapura e Castilhos, após percorrer mais de 1,2 mil km.  

Os prefeitos do Condemat estão insistindo numa reunião com a atual direção do DAEE para tentar conseguir que o órgão atenda às reivindicações dos municípios e promova um grande desassoreamento do Tietê ao longo de toda a região, até São Paulo, onde a reivindicação é outra: maior abertura das comportas da barragem da Penha, para facilitar o escoamento das águas na região denominada Alto Tietê.

À frente do Condemat, Caio Cunha espera obter sucesso na empreitada, tão logo a direção do DAEE concorde em receber os prefeitos da região, que irão mostrar os riscos que o rio assoreado representa para as cidades e seus moradores, num período em que as tempestades têm se tornado cada dia mais comuns e intensas.

 Barreirinhas

A ligação Salesópolis-Pitas não ficou de fora dos problemas registrados durante o último final de semana, em razão das fortes chuvas que atingiram a região do Litoral Norte do Estado. Segundo o prefeito Vanderlon Gomes (PL), de Salesópolis, as barreiras que caíram sobre o leito da rodovia que atravessa parte da Serra do Mar foram retiradas a tempo de garantir a passagem de veículos pela via. A “Estrada de Pitas”, como é conhecida, é uma alternativa para quem se dirige ou retorna de Caraguá e demais cidades litorâneas. O trabalho ficou por conta do DER, segundo o prefeito. Moradores da região também colaboraram.

 Na Câmara

Será nesta quinta-feira (23) a sessão solene de lançamento da Campanha da Fraternidade 2023 na Câmara Municipal de Mogi, com a presença do bispo diocesano, dom Pedro Luiz Stringhini. A campanha deste ano tem como tema “Fraternidade e Fome”, uma maneira encontrada pela Igreja de chamar a atenção da população e seus representantes para o verdadeiro flagelo da falta de comida enfrentado por muita gente, atualmente, no País. A sessão terá início às 19h30.

 É crime!

O advogado especialista em Defesa do Consumidor, Arthur Rollo, chama a atenção para a especulação financeira, com vantagens indevidas, que vem ocorrendo em regiões atingidas pelas enchentes e deslizamentos no Litoral Norte.

Tentar lucrar com a desgraça alheia, cobrando mais de R$ 90 o litro de água, por exemplo, “é crime contra a economia popular, passível, inclusive, de prisão em flagrante”.

Segundo Rollo, “inescrupulosos que estão agindo dessa forma naquela região  tinham de ser presos em flagrante”. Vale para lá e para todos os outros pontos do País.

 Violência (1)

Por considerar que “uma das faces mais cruéis da violência contra a mulher a ser combatida é a violência sexual que ocorre durante a prática médica e outros procedimentos de saúde”, o vereador José Luiz Furtado (PSDB) apresentou projeto na Câmara Municipal para assegurar o direito às mulheres de estarem acompanhadas por pessoa de sua livre escolha, em consultas, exames e procedimentos que envolvam algum tipo de sedação, em todos os estabelecimentos públicos e privados de saúde do município de Mogi das Cruzes.

 Violência (2)

Segundo a proposta, na ausência de acompanhante trazida pela própria pessoa, poderá ser convocada uma enfermeira e ou auxiliar de enfermagem do sexo feminino, para estar presente no local da consulta ou procedimento.

O projeto prevê ainda que todo estabelecimento de saúde deve informar a existência de tal direito, em local visível e de fácil acesso às pacientes.

“Diante de ocorrências de repercussão a nível nacional, com comprovados casos de estupros e assédio registrados nos últimos tempos, considero a prevenção importante para se evitar tais problemas também em nossa cidade”, disse o vereador Furtado.