Ao contrário do que ocorreu no governo anterior, agora são os políticos do litoral, especialmente de Itanhaém, que se posicionam contra a cobrança pelo uso das estradas daquela região; na região de Mogi reina o silêncio
Ao contrário do que aconteceu durante o governo passado, Mogi e região estão ficando para trás da Baixada Santista na luta para cobrança por uso da Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga (Foto: arquivo / O Diário)
Os políticos da Baixada Santista saíram na frente e estão se mobilizando contra a instalação do sistema free flow de cobrança pelo uso de rodovias que cortam aquela região.
Ao contrário do que aconteceu durante o governo passado, quando as prefeituras e câmaras litorâneas andaram a reboque de um grande movimento liderado por Mogi das Cruzes, com apoio das cidades próximas, contra o pedágio, agora a situação é outra.
Enquanto os políticos da região dormem em berço esplêndido, como se estivessem paralisados diante de Tarcísio de Freitas (REP), aquele que em campanha prometeu não adotar pedágios, mas que mudou de ideia ao chegar ao governo, são os representantes da Baixada que estão buscando informações junto à administração estadual sobre o novo projeto de concessões de rodovias que virá por aí, dentro dos próximos dias.
Um exemplo disso é o prefeito de Itanhaém, Tiago Cervantes (PSD), que já esteve reunido com o secretário de Parcerias e Investimentos, Rafael Benini, no início do mês, para discutir sobre a cobrança para quem transita pela rodovia Padre Manoel da Nóbrega, na altura de sua cidade.
O prefeito marcou posição junto ao governo: é contrário à implantação da cobrança pelo uso da rodovia.
E promete estudar sobre o que será apresentado durante as fases de consulta e de audiência pública quanto à instalação de novos viadutos, passarelas, passagens subterrâneas e inclusão de avenidas marginais
Em entrevista ao jornal Diário do Litoral, o presidente da Câmara de Itanhaém, Francisco Xavier (MDB), também diz ser contra o pedágio e cobra uma resposta do Executivo em relação ao assunto.
“Itanhaém é uma cidade onde os moradores são assalariados. Muitos trabalham em cidades vizinhas e não têm como arcar com mais esse aumento de gastos”, disse ele. Para o vereador, a cobrança atrapalharia o município em vários aspectos, desde o econômico até o ambiental, já que iria aumentar o número de rotas alternativas em vias que não foram feitas para receber grande fluxo de veículos.
Diz que o pedágio também irá desvalorizar imóveis e afastar empresas que desejam investir na cidade.
Outros vereadores também se posicionam contrários à ideia na região da Baixada.
A movimentação que alcança outros setores da política do litoral fez com que o secretário Rafael Benini comparecesse a Itanhaém para dar explicações sobre o assunto.
E enquanto tudo isso acontece na Baixada, por aqui, tudo é letargia, como se a ameaça do pedágio não mais existisse.
Mas é bom saber que, na semana passada, quem esteve por aqui foi o secretário Gilberto Kassab (PSD), o todo-poderoso assessor do governador Tarcísio de Freitas.
E ele deixou evidente que o governo não desistiu da cobrança na Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga.
Mas para nossos políticos, é como se nada estivesse acontecendo.
Até quando?
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