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Alckmin, um vice-presidente cheio de histórias. Conheça algumas do folclore político

Geraldo Alckmin chegou a vice-presidente da República, cargo que acumula com o de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do governo federal, mas não perdeu o bom humor e nem a verve caipira. Heranças dos tempos em que viveu na região de Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, sua terra natal, onde se formou médico, […]

5 de março de 2023

Reportagem de: O Diário

Geraldo Alckmin chegou a vice-presidente da República, cargo que acumula com o de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do governo federal, mas não perdeu o bom humor e nem a verve caipira. Heranças dos tempos em que viveu na região de Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, sua terra natal, onde se formou médico, foi vereador e prefeito, até criar asas e se eleger deputado estadual, pela primeira vez, no ano de 1982

 Depois foi deputado federal, antes de ocupar o cargo de 22º vice-governador e 59º e 60º   governador de São Paulo.

Aos 70 nos, ele acumula muitas histórias vivenciadas ou ouvidas em suas andanças pelo interior do Estado, especialmente quando foi governador. Alckmin é desses que adoram um cafezinho, acompanhado de uma boa conversa, num balcão de padaria. 
É quando ele exercita a memória e relembra os causos que já deveriam ter sido reunidos em um livro, há muito tempo.

Alckmin chegou a Brasília, muito próximo do cargo que ele aspirou nas oportunidades em que concorreu à presidência da República, mas continua com o mesmo espírito de caipira trazido dos confins do histórico Vale do Paraíba. 

Ele comprovou isso, nesta semana, durante visita a Bertioga, onde acompanhou a ocupação de um conjunto habitacional  para pessoas de baixa renda.
A certa altura do discurso, Alckmin se referiu ao prefeito Caio Matheus, de Bertioga e lascou:

“O Caio tem um cabelão, tem um topetão… mas é dos carecas que elas gostam mais…” 
Entre aplausos e risos, ele concluiu “Alguns não acreditam nisso e fazem implante… mas quero deixar um beijo no coração de vocês. Deus os abençõe!”

E já que o assunto era beleza masculina, ele bem que poderia ter emendado com uma história que contou, numa de suas visitas a Mogi:

Com um grupo de amigos mogianos, numa conhecida padaria do Mogilar, Alckmin dava lições quando assunto era foto de campanha para os tradicionais santinhos. 

Ele aconselhou: 

“Foto boa é aquela em que você fica bonito… e parecido”. 

E para arrematar, lembrou-se de uma sessão de fotos com o conhecido Bob Wolfenson, famoso por retratar celebridades, as maravilhosas mulheres das inesquecíveis capas de revistas masculinas, que hoje não mais existem. 

Já fazendo referências elogiosas ao trabalho do fotógrafo, Alckmin  o alertou sobre suas eventuais olheiras, pois havia participado de um debate na noite anterior e dormido pouco. 

E Wolfenson:

“Governador, tenho uma boa e uma má notícia. A boa é que as olheiras a gente retoca no fotoshop e resolve o problema. A má: não existem as tais mulheres maravilhosas. São todas produtos deste mesmo fotoshop”. 

Os interlocutores riram amarelo, um tanto decepcionados com o que acabaram de ouvir da tão ilustre figura.

 

Discurso no cemitério

Durante a festa de aniversário do médico Jorginho Abissamra, em Suzano, Geraldo Alckmin discursou e não deixou de contar mais um de seus famosos causos.

Dessa vez, foi a história de um político que sempre teve dificuldades em ler as fichas com os nomes das autoridades presentes em solenidades onde ele teria de discursar.

Para não seguir o protocolo e apressar o discurso, ele foi aconselhado a encurtar as saudações, limitando-as a duas citações. 

Por exemplo, se o evento fosse em um hospital, diria “doutores e doutoras”.

Em algum outro local menos específico, diria apenas “senhoras e senhores”.

Tudo ia bem, até que foi chamado às pressas para um evento num cemitério da cidade.

Ele, então não pensou duas vezes.

Deixando as fichas de lado, pensou rápido e lascou:

“Meus conterrâneos e subterrâneos!!!”. 

O evento acabou ali mesmo.

“Olha pra frente, Juarez!!!”

Outra de Geraldo Alckmin: um velho amigo do Vale do Paraíba muito relutou, mas acabou  convencido pela esposa a viajar de avião, pela primeira vez.

cada informação dada pela aeromoça, nos procedimentos da viagem, ele reclamava e ameaçava descer. 

O voo correu sob protestos  intermináveis aos ouvidos da mulher, que tentava acalmar o marido. A viagem já se aproximava do fim quando o piloto tentou mostrar gentileza e, ao microfone, avisou:
“Senhoras e senhores, aqui é o comandante Juarez. Estamos chegando ao nosso destino. Se vocês olharem à sua direita verão a cidade; um pouco mais adiante, a serra e a praia”, dizia ele, quando o matuto não se conteve e, aos gritos, interrompeu: 

“Juarez, Juarez, fica quieto e olha pra  frente, senão você não desce esse trem!”

 

De olho nas câmeras da TV

Uma das histórias que Alckmin mais gosta de contar aconteceu no dia 26 de janeiro de 2002, em Salesópolis, onde ele participava de uma inauguração.

Ao final do evento, do palanque, o então governador viu uma aglomeração no meio da praça: o prefeito Francisco Rodrigues Corrêa, o “Quico”, estava estirado, prestes a sofrer um infarto.

Foi quando o então deputado e médico Gondim Teixeira, foi até  lá, para as convencionais massagens com objetivo de reaminar o paciente. Alckmin conta que, diante da presença de uma equipe da TV Diário, a cada pressionada no peito do prefeito, Gondim virava-se para as câmeras e sorria, ato repetido por diversas vezes.

“Quico” foi colocado numa ambulância: “Quando pensei que tudo tinha acabado e tomava um café numa padaria, alguém me chamou”. Era o prefeito. “Sorridente, logo atrás de mim.”

Quico havia voltado para se despedir.

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