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A Artesp e a entrevista que não terminou

Não poderia ter sido mais decepcionante a entrevista que o diretor-geral da Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), Milton Persoli, tentou conceder à imprensa, na última sexta-feira, para explicar o decreto do governador João Doria (PSDB) que autorizava a abertura de licitação para a concessão de um lote de rodovias litorâneas, que […]

19 de maio de 2021

Reportagem de: O Diário

Não poderia ter sido mais decepcionante a entrevista que o diretor-geral da Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), Milton Persoli, tentou conceder à imprensa, na última sexta-feira, para explicar o decreto do governador João Doria (PSDB) que autorizava a abertura de licitação para a concessão de um lote de rodovias litorâneas, que incluía, por conveniência, duas estradas que foram construídas por Mogi das Cruzes, as rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga. Totalmente despreparado para explicar aos jornalistas o teor do decreto que a própria Artesp havia elaborado, o senhor Persoli começou dizendo que, ao contrário do que todos sabiam, a Mogi-Dutra não receberia um posto de pedágio, inicialmente previsto para o Km 45, proximidades da Casa do Queijo. Durante mais de uma hora, o senhor Persoli sustentou que os pedágios seriam construídos nos Km 40 e 41 da Mogi- -Bertioga, afinal, o governo do Estado havia ouvido os insistentes pedidos e críticas do Alto Tietê contra o posto de cobrança na área do município de Mogi das Cruzes. Todos os que participavam da entrevista coletiva já começavam a acreditar na bondade explícita do governo, quando uma repórter deste jornal questionou o senhor Persoli de que tais quilometragens citadas por ele não existiam na rodovia Mogi-Bertioga. Somente na Mogi-Dutra. Aparentando incredulidade, ele voltou a insistir que na Mogi-Dutra não haveria pedágio, mas que, por desencargo, iria perguntar ao pessoal técnico da Artesp sobre a real localização dos futuros postos de arrecadação do governo. Demonstrando que pouco sabia sobre o projeto, o senhor Persoli se reuniu com os técnicos, enquanto os jornalistas esperavam sua palavra final, na entrevista que não terminou. O homem que comanda a Artesp não retornou mais para dizer aos jornalistas que ele realmente estava errado. E que no lugar de um pedágio, as estradas construídas por Mogi receberiam dois. O senhor Persoli alegou ter sido chamado ao Palácio pelo governador para não ter de se retratar perante jornalistas de diferentes órgãos da imprensa paulista sobre o pedágio que ele disse não existir. O diretor deveria mesmo ter sido chamado ao Palácio, mas para receber uma carta de demissão, após o fiasco por ele protagonizado, em nome do governo do Estado. Mas isso dificilmente irá acontecer. Afinal é mais fácil empurrar dois pedágios goela abaixo, ou bolso adentro, dos mogianos que ouvir e atender os argumentos de uma comunidade que vem repetindo, há tempos: “Pedágio, não!!!” 

Confusão a bordo

O ex-diretor do Procon de Mogi, advogado Fernando Muniz, viveu momentos de tensão num vôo entre Brasília e São Paulo. Tudo por conta de uma passageira que se negava a usar máscara de proteção contra a Covid-19. Alertada por comissários de bordo, ela colocou o equipamento de segurança, mas quando o avião sobrevoava o estado de Minas, ela voltou a retirar a máscara. Ao ser novamente advertida, a senhora passou a agredir verbalmente o chefe da tripulação e, não satisfeita, o atacou com golpes, chutes e, por fim, um tapa no rosto. “Não sei se ela sofre de algum distúrbio, mas o certo é que quando chegamos em São Paulo, a Polícia Federal estava à espera dela, logo na saída da aeronave”, contou

Humorista fala sério

O comediante, roteirista, ator e apresentador, Victor Sarro, que reside em Mogi, postou vídeo em suas redes sociais com um recado ao governador João Doria sobre o pedágio que o governo quer implantar na Mogi Dutra. Segundo ele, “é uma patifaria o que o governo estadual quer fazer com Mogi: colocar um pedágio dentro da cidade, que não comporta mais isso. Mogi está a 50 km de São Paulo e tem gente que vai e volta todos os dias para trabalhar. Para isso, tem de pagar pedágio na Ayrton Senna ou na Via Dutra e Rodoanel, ida e volta. E o governo quer colocar mais um, também com ida e volta. Estamos no meio de uma pandemia, as pessoas têm o salário reduzido e o senhor quer colocar mais um pedágio?”- indaga ele a Doria. 

Preocupação com aulas

O retorno às atividades escolares ainda durante a atual pandemia foi o tema principal do encontro entre a vereadora Inês Paz (PSOL) e o secretário de Educação, André Stabile. “Somos contra o retorno às escolas, mas como essa situação dificilmente mudará, expusemos ao secretário nossa preocupação para que os profissionais da educação e os alunos tenham equipamentos adequados, e as escolas estejam todas preparadas para manter os protocolos sanitários. Ressaltamos a importância de os professores estarem vacinados com as duas doses para poderem voltar presencialmente; e para os profissionais que não tiverem sido vacinados, ou receberem apenas uma dose, o retorno seria com trabalho virtual”, relatou Inês Paz. 

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