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Tendência é elevar o índice de ausência no segundo turno

As estratégicas que estão sendo discutidas pelas campanhas dos candidatos à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que polarizaram as eleições deste ano, não devem provocar grande impacto no que se refere ao número de abstenções previstas para o segundo turno, na avaliação do professor Elias Martins Pereira, […]

24 de outubro de 2022

Reportagem de: O Diário

As estratégicas que estão sendo discutidas pelas campanhas dos candidatos à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que polarizaram as eleições deste ano, não devem provocar grande impacto no que se refere ao número de abstenções previstas para o segundo turno, na avaliação do professor Elias Martins Pereira, fundador e diretor do Instituto de Pesquisa e Marketing Paulista (Ipempi) em Mogi das Cruzes.

O índice de ausência no segundo turno, que também será disputado no governo do Estado entre Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT), deve ficar entre 19 e 21%, a exemplo do primeiro turno, na visão do especialista. No Alto Tietê o percentual foi de 20,5%.  Já em Mogi a ausência foi de 20,9%, o mesmo índice nacional.

Por se tratar de eleição acirrada, a previsão dele é de que as pessoas que compareceram no último dia 2, devem voltar para tentar garantir a vitória do seu candidato no próximo domingo, dia 30.  Ele aposta em percentual de abstenções parecido nas duas etapas de votação, por entender também que dificilmente um eleitor que se absteve no primeiro turno, votaria no segundo, a menos que tenha um motivo maior para isso. Se acontecer essa mudança de comportamento, ele calcula que o índice deve vacilar entre 1% ou 2% para baixo ou para cima
Na avaliação do professor  existe uma “falta de consciência sobre a importância do processo eleitoral” entre as pessoas que se abstêm, como  é o casos daqueles que não estão em dia com a documentação na Justiça Eleitoral, cidadãos que não se interessam por política, e muitos que não votam há muitos anos e que dificilmente seria convencido a mudar.

“O eleitor que se absteve no primeiro turno não tem responsabilidade e nem entendimento sobre a política, por isso dificilmente terá consciência para votar no segundo turno. Acho que difícil ter argumento que o leve a essa aventura, porque muitos deles não se organizaram junto aos cartórios eleitorais, e há uma displicência enorme em relação ao processo eleitoral e demonstra indiferença à representação política na vida dos cidadãos”. 

Apesar de se tratar de uma disputa polarizada, com pessoas decididas sobre seus votos, o diretor do Ipempi não descarta a possibilidade de um aumento da abstenção, já que essa é uma tendência em casos de dois turnos. Ele aponta uma reportagem divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, comparando  índices gráficos, que demonstram que desde as eleições de 2002, as abstenções tiveram aumento entre 1% a 3% em todos os pleitos decididos em segundo turno.    

Caso essa tendência se confirme, o professor comenta que o prejuízo pode ser maior para o candidato do PT, já que as ausências são maiores entre os eleitores de baixa renda, que votam no ex-presidente, o que pode beneficiar o adversário. 

Ele entende que, além de incentivar as pessoas a voltarem às urnas, a melhor estratégia para o petista é convencer os indecisos e não errar nessa reta final. Ele alega que o último debate, no próximo dia 28, na Rede Globo, deve ser decisivo para os dois concorrentes, que estão tecnicamente empatados, considerando margen de erros das pesquisas. 

Na opinião dele, a estratégia de gratuidade no transporte pode incentivar, mas não dar o efeito esperado. Primeiro porque insiste ele, a maioria que não compareceu no dia 2, não deve votar no segundo. E segundo porque observa que, em Mogi, a exemplo de  outros municípios do Estado, os colégios eleitorais ficam próximos das residências dos eleitores

 

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