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Haddad diz que os trilhos serão a sua obsessão se eleito governador

Os investimentos em transportes ferroviários é uma das principais bandeiras defendidas por Fernando Haddad, candidato ao governo do Estado pelo PT. Ele declarou em entrevista a O Diário, realizada nesta sexta-feira (23), que trilho vai ser a sua “obsessão”, caso se eleja para o cargo nas eleições de outubro. “Acredito muito nos trilhos, porque ruas […]

23 de setembro de 2022

Reportagem de: O Diário

Os investimentos em transportes ferroviários é uma das principais bandeiras defendidas por Fernando Haddad, candidato ao governo do Estado pelo PT. Ele declarou em entrevista a O Diário, realizada nesta sexta-feira (23), que trilho vai ser a sua “obsessão”, caso se eleja para o cargo nas eleições de outubro.

“Acredito muito nos trilhos, porque ruas e rodovias têm os seus limites, mas para além desses limites estão os trilhos, senão fica difícil garantir o transporte de massa para a população. Até agora, o Estado de São Paulo não acertou os trilhos que deveriam conectar a região Metropolitana com Campinas, São José dos Campos, Sorocaba, Baixada Santista”, enfatizou.

Além da extensão da malha ferroviária para interligar os principais polos de desenvolvimento da região, ao ser questionado pelo jornalista Head digital e de conteúdo de O Diário, Josué Suzuki, sobre os planos dele para o município, o candidato se comprometeu em modernizar as quatro estações de Mogi e estudar a possibilidade de levar o trem até César de Souza, antiga reivindicação da cidade.

Apesar de o projeto de extensão da linha férrea da CPTM até César não estar em seu plano de governo, o petista assumiu o compromisso de estudar e analisar esse projeto e toda a expansão de trilhos em São Paulo, se ganhar as eleições.

Ele também criticou o estado “precário” em que se encontram a maioria das estações da CPTM e apontou problemas com a acessibilidade. Contou que recentemente visitou Guaianazes e se deparou com um cadeirante sendo levado por quatro homens para o trem porque o local não tem rampa, escada rolante e nem elevador.

O terceiro candidato a governador sabatinado por O Diário, que nesta semana também ouviu os outros dois nomes mais bem colocados nas pesquisas de intenção de votos – Tarcísio de Freitas (REP) e Rodrigo Garcia (PSDB) – a exemplo dos seus adversários, se posicionou contra a instalação do pedágio na rodovia Mogi Dutra.

Ele disse que “é um absurdo” colocar pedágio na região metropolitana, “sobretudo em uma região que tem um potencial enorme para atrair empresas”, e aproveitou para criticar a política do atual governo por estar “desindustrializando” o Estado, com aumento de impostos, ampliação do número de pedágios, falta de remuneração ao exportador paulista, entre outros problemas.

O Estado, como aponta Haddad, tem as principais universidades públicas do país e produz cerca de 50% da produção cientifica brasileira. Por isso acredita que se houver um modelo tripartite, envolvendo governo, setor privado e instituições de pesquisas, com crédito e tecnologia, vai mais fácil desenvolver São Paulo.

Saúde 

O candidato petista também defendeu a reabertura do Pronto Socorro do Hospital Luzia de Pinho Melo, que desde 2021 prioriza o atendimento de casos de alta complexidade encaminhados por outras unidades de saúde. Na avaliação dele, só se pode fechar um PS de hospital se tiver apoio de outras unidades de Pronto Atendimento.

“Não adianta o governo do Estado ficar jogando no colo dos prefeitos uma situação que ele se recusa ajudar a resolver. Fechar a posta do hospital e só manter a alta complexidade, faz sentido do ponto de vista lógico se o Pronto Atendimento estiver resolvido”, ponderou

Rio Tietê

O meio ambiente foi outro tema abordado com Haddad, que tem proposta de promover a Parceria Público Privada (PPP) com os municípios servidos pelo Tietê para resolver o problema de esgotamento e saneamento básico de cada localidade para despoluir o rio.

De acordo com ele, é preciso avaliar as particularidades de cada cidade e entender qual o melhor padrão de investimento. “Tudo vai sendo ajustado de acordo com a realidade local.  Não posso tratar os municípios que tem 30 mil habitantes no estado com um feito Mogi que tem 500 mil.”

Rejeição

O concorrente do PT, apadrinhado pelo candidato a presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foi derrotado nas eleições de 2016, quando concorreu à reeleição para a Prefeitura de São Paulo, e também perdeu para o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL), nas eleições de 2018.

Sobre isso, ele justificou dizendo que foi difícil esse período para o PT, “com o presidente Lula estava sendo perseguido”. Mas, disse que “preferiu ficar do lado certo da história”, ao lado do ex-presidente que está liderando todas as pesquisas, assim como vem acontecendo com ele em São Paulo. “Para minha alegria, liderar com mais vantagem onde eu governei, significa muito para mim.”

Série de entrevistas

A entrevista de Fernando Haddad pode ser acessada no canal do Youtube de O Diário. Os internautas podem se inscrever no canal e ser avisado sempre que houver um novo vídeo.

O petista é o terceiro da série de entrevistas com os nomes mais bem colocados nas pesquisas ao Governo do Estado. Na quarta-feira, O Diário ouviu o atual governador candidato a reeleição, Rodrigo Garcia. Na quinta-feira (22), falou com Tarcísio de Freitas, e encerra as sabatinas nesta sexta-feira (23), Haddad

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