Ongs procuram donos de cães e gatos que fogem durante os jogos em Mogi

Períodos de festas, jogos e final de ano mobilizam ainda mais ongs e protetores de animais porque cresce o número de cães e gatos encontrados desorientados pelas ruas da cidade. Nos últimos dias,  as comemorações das partidas da seleção brasileira registram fugas de animais assustados com os fogos barulhentos 

Na manhã desta terça-feira, um cachorro que permanece entre as folhagens da Praça Francisca de Campos Mello Freire, no Parque Monte Líbano, chama atenção de quem passa pela popular Praça dos Enfartados. Esse cão pode ter sido abandonado ou não conseguiu voltar para a casa, após ter fugido.

A vereadora Fernanda Moreno (MDB), da ONG Fera, conta que cresceu, desde os primeiros jogos da Copa do Mundo, o número de relatos sobre cães e gatos que perambulam pelas ruas da cidade, visivelmente assustados e desorientados.

Nas redes sociais, há posts tanto de pessoas que estão à procura de algum cachorro ou gato que fugiu nos horários do jogos, ou o contrário - sobre o encontro de pets em ruas de bairros e distritos.

Alguns casos têm finais felizes, quando os tutores conseguem encontrar os animais.

Segundo Fernanda Moreno, alguns cuidados devem ser adotados pelos tutores como sempre manter os cães e gatos identificados, com o nome e o telefone de contato do responsável. Isso se deve a um outro fato comum neste período do campeonato mundial. Algumas famílias vão assistir os jogos na casa de familiares e deixam os pets sozinho.

O som alto dos fogos de artifício assustam os animais, que se sentem inseguros e costumam fugir de casa.

Aliás, em Mogi das Cruzes, assim como outras cidades brasileiras, foi aprovada lei municipal que proíbe a barulheira - o problema é a falta de fiscalização e do cumprimento da legislação (veja matéria). Fogos são permitidos, desde que não façam barulho. É o que diz lei municipal sancionada em 2019. 

Nas redes sociais do Grupo Fera (acesse aqui), nos últimos dias, há publicações de cães e gatos encontrados recentemente, em locais como as proximidades do Cemitério São Salvador e em Braz Cubas. Há pelos menos seis postagens sobre o problema, apenas nos últimos dias.

Esses animais, em geral, estão assustados e devem ser acolhidos com cautela, porque há registros de ataques em função do estresse da fuga.

A vereadora Fernanda Moreno lembra a importância de deixar o animal em lugar seguro, quando o tutor o deixa em casa, além da identificação constante.

Veja os cuidados sugeridos por ela:

+ É importante colocar identificação no pet. Nem que seja uma cordinha com um chaveiro. Nome e telefone do tutor.

+ Deixar o animal em local seguro, sem perigo de se enforcar com corrente ou se machucar em grades. 

+ Colocar música suave, dar um floral, deixar o ambiente mais tranquilo possível

+ Evitar afrontar cães com medo, pois eles podem ficar agressivos.