O programa estimula uma aproximação das pessoas com os animais do Núcleo de Bem-Estar Animal (Nubea), com os voluntários que dispõe do seu tempo para ir até lá e levar os cães para passear.
Funcionários do Nubea e voluntários do Projeto foram homenageados no Legislativo (Divulgação/CMMC/Diego Barbieri)
A Câmara Municipal de Mogi das Cruzes comemorou, durante a sessão desta quarta-feira (15), os 10 anos de implementação do projeto “Passeio Animal”, na cidade. O programa estimula uma aproximação das pessoas com os animais que se encontram para adoção no Núcleo de Bem-Estar Animal (Nubea), antigo canil Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Mogi das Cruzes. São voluntários que dispõe do seu tempo para ir até lá e levar os cães para passear.
A homenagem foi uma inciativa da vereadora Fernanda Moreno (MDB), representante da causa animal na Câmara, para comemorar o sucesso do programa. Tanto os funcionários do Nubea como os voluntários do Projeto foram homenageados por meio do documento legislativo da vereadora emedebista, que teve o aval de todos os colegas da Câmara.
Homenagem aos 10 anos do Passeio Animal teve o aval unanime dos vereadores da Câmara (Divulgação/CMMC/Diego Barbieri)
Para representar o grupo de trabalhadores e passeadores do programa, foram convidados a ocupar lugar de destaque no Plenário o veterinário do Núcleo, Eduardo Kenji Odani, e a voluntária Karina Jane Harvey, idealizadora do “Passeio Animal”. Até mesmo dois cãezinhos do programa visitaram a sede do Legislativo nesta tarde: a Valtra e o Mohamed.
A ideia teve início com o resgate do “Duque”, um cão idoso recolhido pelo então CCZ no bairro do Socorro, por onde ele viveu por longos anos perambulando pelas ruas. Duque era um cão semidomiciliado que ficava preso em corrente curta. Por sofrer maus-tratos, alguém solicitou seu recolhimento, o que foi acatado pelos órgãos competentes.
Conhecendo o Duque e sabendo do ocorrido, a professora de inglês e protetora de animais Karina Jane Harvey passou a visitá-lo no CCZ. Ela até cogitou sua adoção, mas não tinha condições. Porém, ela começou a fazer visitas e passeios periódicos com seu velho amigo, após se emocionar ao vê-lo atrás daquelas grades de canil.
Desse modo, ela começou a construção de uma ideia, que incluiu a visita ao Projeto “Cãominhada do CCZ de São Paulo”, que a motivou para implantar também em Mogi.
A professora insistiu até conseguir o aval do então secretário municipal de Saúde, Téo Cusatis, e da diretora de Vigilância, Sylvia Abrantes. Nascia, então, em maio de 2013, o Projeto “Passeio Amigo”, que no final do mesmo ano já contava com cerca de vinte voluntários. Mais tarde, a ação voluntária ganhou o nome vigente, isto é, “Passeio Animal”.
A vereadora Fernanda Moreno lembrou que o Projeto é muito eficaz para incentivar as adoções. “A idealizadora Karina Harvey superou vários obstáculos para conseguir colocar a ideia na prática. Muitos cães acabam sendo adotados porque as pessoas se apaixonam por eles durante as caminhadas com esses pets. O veterinário Eduardo até escreveu um livro sobre os casos de sucesso. É um projeto que muda não só a vida desses animais, mas também das pessoas”.
Karina Harvey, a criadora da ideia, emocionou-se ao discursar. “Não podia imaginar que daria tão certo. O Duque morreu no canil municipal, mas teve um propósito: ele ajudou tantos outros animaizinhos”.
O veterinário Eduardo Kenji Odani confessou que já foi contrário à iniciativa, mas que depois se encantou com o projeto. “No começo, eu era contra a ideia. Trazia muita bagunça. Mas, com o tempo, vi que dava resultados. Os animais se tornaram mais amigáveis. Quando dei por mim, estava apaixonado pelo projeto. Com o programa, quadriplicamos o número de adoções”.
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