Uma reunião entre lideranças do comércio e integrantes de áreas como o Planejamento e o Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Mogi das Cruzes tratou de assunto nevrálgico: como favorecer o comércio central, irrigar as artérias do “coração” da cidade com atrativos como o uso misto comercial e residencial e tratar de patologias típicas de cidades que viram expandir bairros e descuidaram  do principal e primeiro núcleo econômico e administrativo a ponto de a deterioração e desvalorização afugentarem, primeiro, os moradores, além de penalizarem comerciantes e prestadores de serviços mais antigos, e também o dinheiro novo dos investimentos.

A revitalização da Vila Helio e o novo shopping começam a dar fôlego à parte do centro expandido, na rota das vias Francisco Franco, Santana, Ipiranga, Fernando Pinheiro Franco (a avenida dos Bancos). Porém, no entorno de clássicos como o Mercadão e a Catedral de Santana, mesmo o status dado pelos trechos dos calçadões, a qualidade da ocupação e vida já vinha preocupando lojistas e trabalhadores.

VEJA TAMBÉM: A chegada de supermercados, de lojas populares e a abertura do segundo shopping da cidade, o Patteo Urupema Shopping, movimenta o mercdo de trabalho na área do comércio, o segundo setor que mais gera emprego em Mogi das Cruzes.

Com relógio biológico atado ao horário de funcionamento das lojas, entre 9 e 18 horas, e um quadro de residências bem menor do que o registrado anteriormente, a insegurança e o aumento da população em situação de rua se tornaram elemento negativo observado por quem está abrindo um negócio, ainda que a concentração de grandes redes e comércios tradicionais, bancos, igrejas e farmácias seja um chamariz para o público consumidor. Soma-se a isso a falta de vagas para estacionar  nas estreitas ruas. Esses fatores, diz Pedro Komura, são levados em consideração para o desenvolvimento de políticas para o centro.

Uma novidade será o fechamento da Travessa da Lapa, onde cadeiras serão instaladas. “A nossa ideia, em parceria com o Sesc, e com mudanças, como limpeza, cuidado com as floreiras, iluminação e segurança, é atrair as pessoas ao centro”.

Essa região tem sido alvo de roubos e furtos à noite, o que está na mira desse grupo de trabalho, adianta Komura. Assim como incentivos construtivos para empreendimentos residenciais, porque o uso misto funciona para vitalizar áreas degradadas.