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COMÉRCIO

Redução de mercadorias na Marisa do calçadão de Mogi gera rumores sobre fechamento

Uma das mais antigas lojas da rede está com menos produtos expostos, o que ativa comentários sobre a desativação da unidade; em Suzano, endereço já foi fechado

Eliane José
13/06/2023 às 11:27.
Atualizado em 13/06/2023 às 16:21

Referência para a região central, tanto que o Largo do Rosário é chamado de Praça da Marisa, loja de departamentos expõe menos mercadoria e gera comentários (Reprodução/Redes sociais)

Consumidores passaram a acompanhar, nas últimas semanas, a redução dos produtos expostos na Marisa, localizada no calçadão da rua Dr. Deodato Wertheimer, uma das mais antigas lojas de departamento de Mogi das Cruzes. Desde março, quando foi feito o anúncio de fechamento de 91 lojas físicas da rede em cidades brasileiras, o endereço mogiano permaneceu na mira de comentários sobre uma possível desativação. No site oficial da empresa, na manhã desta terça-feira (13), na relação dos pontos de venda na cidade consta o endereço da unidade do Mogi Shopping.

A Marisa, nascida há 65 anos com foco em roupas feminina e lingerie (e que agregou ao portfólio a moda infantil e masculina) sempre foi um endereço de referência no Centro de Mogi, no atual Largo do Rosário (anteriormente se chamava Praça João Pessoa). Tanto que, para muita gente, o lugar se chama Praça da Marisa. Aliás, serviços de localização incluem o nome popular ao lado do oficial.

Esse quadro preocupa o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes, Valterli Martinez. "Não temos a informação oficial, mas os comentários são de que a unidade será fechada, o que será uma perda para o setor com a redução do número de postos de trabalho e também para o comércio da região central", comenta.

Em abril passado, a loja Marisa de Suzano foi fechada. No site da rede de departamentos consta como endereço de lojas ativo nas cidades do Alto Tietê, as unidades do Mogi Shopping, e também as das cidades de Poá, Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba.

Valterli Martinez destaca que o alto custo das redes de departamentos e eletroeletrônicos pesa na decisão dos fechamentos. "O custo operacional ficou muito alto e há a competição com as vendas pela internet", resume, contando que o setor do comércio local, com o fechamento do Makro, há alguns meses, já  sentiu uma retração no setor em Mogi das Cruzes.

No estabelecimento da rede supermercados que funcionou no Mogilar foram demitidas 180 pessoas, o que apresentou um déficit no Caged do setor em abril, segundo observa o presidente do Sincomércio.

"A retirada de uma loja âncora, como a Marisa, é fator negativo", acentua ele, acrescentando que após a abertura do Shopping Urupema, na mesma região (e que possui uma Renner, loja de roupas), terá de estimular políticas para a atração de novas empresas para os calçadões. 

Hoje, a desvalorização do comércio antigo e a demora na recomposição de endereços fechados também são motivo de preocupação da Prefeitura - que possui planos para revigorar a região (veja matéria aqui).

Desertificado, o centro penaliza a atividade econômica e concorre para acentuar situações nevrálgicas como a desvalorização imobiliária e a insegurança (algo já sentido após as 18h, quando as lojas cerram as portas).

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