No primeiro semestre de 2022, a Associação Comercial de Mogi contabiliza 12.893 inscrições no SCPC, índice 18,41% menor que o de 2021
Atualmente, os mogianos devem R$ 12.811.058,65, segundo a ACMC (Arquivo O Diário)
Nos seis primeiros meses de 2022, 12.893 mogianos foram inscritos no Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). De acordo com a Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC), este número é 18,41% menor do que o contabilizado no mesmo período de 2021. A dívida acumulada na cidade atualmente soma R$ 12 milhões.
A cifra exata do montante devido é R$ 12.811.058,65. Segundo a ACMC, no ano anterior esse número era 15,22% maior (R$ 15.110.447,40). Ou seja, de lá para cá, pouco mais de R$ 3 milhões foram amortizados. Estes números são provenientes da parceria que a entidade local mantém com a Boa Vista, que administra dados comerciais e cadastrais de mais de 130 milhões de empresas e consumidores com abrangência nacional.
“Nos primeiros seis meses, o índice de pessoas que deixaram o cadastro teve uma queda de 25,85% se comparado com o ano passado. Saíram da lista, respectivamente, 218 e 294 pessoas. No mesmo período, o número de pessoas incluídas na lista de inadimplência caiu 29,94%, saindo de 638 em 2021 para 447 neste ano”, trouxe a associação, que explica que a referida exclusão ocorre em duas situações distintas: quando o pagamento do débito é efetuado ou após cinco anos da inclusão da dívida.
A diferença de pouco mais de R$ 3 milhões pode ser um indicativo de melhora na economia local. A pedido de O Diário, a ACMC fez um balanço do primeiro semestre e a avaliação é positiva. Entre janeiro e junho, o comércio “mostrou um início de recuperação”.
“Datas como Páscoa, Dia das Mães e Dia dos Namorados, que são importantes termômetros para o comércio, apresentaram aumento nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado”, trouxe a nota enviada a reportagem.
Além da sensação de segurança proporcionada pelo controle da pandemia de Covid-19, a entidade lista outras ações que contribuíram para este cenário. “A antecipação do décimo terceiro salário para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o saque extraordinário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ajudaram no desempenho”, traz o balanço, que comemora as vacinas, atualmente na quarta dose (ou segunda dose adicional).
“O fato da maioria da população estar vacinada colaborou para que mais pessoas se sentissem seguras para sair às ruas. Por outro lado, contamos com juros altos e aumento da inflação, que impede que o comércio tenha um desempenho melhor. O segmento tem trabalhado e espera alcançar os índices pré-pandemia”, finaliza o texto.
As afirmações da ACMC vão de encontro com o que disse a este jornal o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e região (Sincomércio), Valterli Martinez, quando da semana do Dia dos Namorados. Pela primeira vez, este órgão previu aumento real de 8% sobre as vendas de 2019, e também 22% sobre as vendas de 2021. Clique aqui para ler na íntegra.
Crise afeta lojas tradicionais
Recentemente, as lojas Marilys e Paratodos viraram notícia em O Diário. Após décadas de atuação no Centro de Mogi, estes dois empreendimentos fecharam, assim como tantos outros, a exemplo do restaurante Bottega 3, durante as fases mais rígidas do caos sanitário causado pelo coronavírus.
Sobre isso, a ACMC “ressalta que o fechamento de lojas, incluindo estabelecimentos tradicionais, é o reflexo mais duro da crise econômica gerada pela pandemia de Covid-19. O setor foi um dos mais atingidos pelas restrições impostas pelo coronavírus, e mesmo dois anos depois, o comércio ainda está se recuperando das perdas e consequências. A imposição da quarentena foi desastrosa e fatal para aqueles estabelecimentos que já vinham com mais dificuldades, como a queda do poder de compra".
Campanha
Para “apoiar os índices de renegociação e reduzir a inadimplência”, a ACMC recebe, até o dia 29 de julho, a campanha 'Acertando as suas contas' da Boa Vista. As empresas interessadas em participar da iniciativa devem procurar a sede da Associação Comercial (rua Barão de Jaceguai, 674, Centro) para aderir.
Também podem ir neste endereço, portando documentos pessoais, os consumidores que buscam renegociar dívidas, . “Na ocasião, a pessoa será orientada a se dirigir à empresa credora inscrita na ação para regularizar seu débito, apresentando um voucher específico da campanha para obter desconto na sua negociação”, informa a entidade.
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