Empresa anuncia reestruturação e dará prioridade aos negócios centrais
Empresa se prepara para desafios futuros e prioriza seus negócios centrais (Divulgação/NGK)
A NGK confirmou o encerramento das atividades do setor de pastilhas de revestimento em cerâmica, uma área que fez parte do início da trajetória da fábrica de origem japonesa no Brasil. A empresa afirma que desempenha esforços para a recolocação de trabalhadores na unidade produtiva, mas iniciou demissões nesta semana - não foi divulgado o total de desligamentos. A fabricante reconhecida por ser uma das principais fornecedoras de componentes de ignição iniciou a trajetória no Brasil por Mogi das Cruzes.
A O Diário, por meio de nota, a empresa esclarece que a decisão de encerrar a produção no setor de pastilhas se deve à reestruturação de atividades para o enfrentamento de desafios futuros, com prioridade para os negócios centrais, que são as velas e cabos de ignição, além de sensores de oxigênio. Ela produz, ainda, ferramentas de corte.
"A NGK do Brasil, embora fosse a única unidade do grupo no mundo a trabalhar no segmento de pastilhas de revestimento, informa que tomou a decisão do encerramento das atividades nesse setor objetivando a reestruturação da empresa no Brasil para enfrentar os desafios futuros do mercado e fazer frente às novas tecnologias, priorizando os negócios centrais do grupo", destaca o esclarecimento.
A empresa garante empenhar "seus melhores esforços no sentido de criar oportunidades de recolocação do máximo possível dos seus colaboradores afetados com essa tomada de decisão" e enfatiza que "continuará com seus melhores desempenhos nos segmentos de velas de ignição, cabos de ignição, sensores e outros produtos automotivos com a perspectiva de novos investimentos na planta de Mogi das Cruzes, aumentando nossos negócios e colaborando com o desenvolvimento da nossa sociedade mogiana. Paralelamente, criamos estruturas de desenvolvimento de novos negócios, ampliando, assim, nosso portfólio de produtos e serviços".
História
A chegada da NGK em Mogi das Cruzes começa com a aquisição das instalações da Cerâmica Pavan Ltda, que fabricava louças de porcelana para uso doméstico e comercial. A empresa pertenceu ao paulistano Antonio Pavan, que aos 34 anos veio morar em Mogi das Cruzes e fundou antiga fábrica de coroas Santa Terezinha, entre as ruas Tenente Manoel Alves e a Professor Flaviano de Melo.
Nos anos 1950, Antonio e o filho dele, Alvaro Pavan, começam a fabricar porcelana para atender laboratórios de empresas químicas, automobilísticas e de siderurgia de São Paulo. A a unidade atendia o mercado paulista, e chegou a exportar produtos para a Alemanha.
A venda da fábrica para a NGK marca o início da atuação da empresa japonesa no Brasil. Em Mogi das Cruzes, a cidade recebe, neste mesmo período, outros investimentos industriais.
A NGK funcionou nesse endereço até concluir o processo de transferência para a sede atual, tendo como vizinhos a Associação dos Agricultores de Cocuera, e empresas como a Kimberly-Clark e Gerdau. A empresa ajuda a selar parcerias entre Mogi e cidades-irmãs do Japão.
Ao se mudar da região central, empresa transferiu para a Prefeitura o imóvel de 32 mil m² que havia adquirido da família Pavan, no passado. Ali é construído o Terminal Central de Ônibus, e nas demais dependências físicas está o Centro de Apoio aos Serviços Municipais (Casem), que agasalha setores públicos como o almoxarifado, arquivo e departamentos das secretarias de Serviços Urbanos e de Saúde.
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