Empresa que começou em 1924, no Ipiranga, em São Paulo, veio para Suzano, em 1955, e deu início a uma história de sucesso e permanente crescimento
A Suzano promoveu uma verdadeira revolução no mercado da celulose e papel e levou muita gente a investir no mercado por meio da plantação de eucalipto (Arquivo O Diário)
A unidade da Suzano, fabricante de papel e celulose, localizada no município de Suzano é uma das mais antigas do grupo empresarial criado pelo imigrante ucraniano, Leon Feffer, que, em 1924, logo após haver chegado ao Brasil, consegue autorização operar a sua primeira fábrica de papel, no bairro do Ipiranga, na Capital.
Mas foi em 1955 que o visionário Feffer decidiu adquirir a unidade de Suzano especialmente para levar adiante suas experiências na busca de matéria prima que substituísse o pinus na fabricação de celulose. Um ano após haver iniciado suas pesquisas na cidade de Suzano, a empresa daria início a algo que iria alterar mundialmente a produção de celulose e papel: em 1956, a unidade suzanense iniciava a produção de celulose a partir da fibra de eucalipto, algo que revolucionou a indústria de celulose no Brasil e em todo o mundo.
Foi um avanço considerável, já que o eucalipto cresce muito mais rápido que o pinus, podendo ser cultivado com facilidade em regiões como as de Mogi das Cruzes, estado de São Paulo e outras regiões.Foi um dos maiores avanços na produção de celulose e, por tabela, de papel.
O pioneirismo e quem fez a história da Suzano pode ser conferido em uma linha de tempo publicada no site da empresa (Reprodução/Site da Suzano)
Os testes continuaram e, em 1961, a Suzano tornava-se a primeira empresa do mundo a produzir celulose e papéis com 100% de fibra de eucalipto, já em escala industrial. O crescimento foi rápido e logo a fábrica ampliou sua linha de produção comprando a atual unidade Rio Verde, em São Paulo. Quatorze anos mais tarde, a Suzano iniciaria a conquista do mercado europeu por meio da exportação de seus produtos.
A verdadeira revolução no mercado da celulose e papel levou muita gente a investir no mercado por meio da plantação de eucalipto. O maior exemplo disso foi o imigrante norueguês Erling Lorentzen, que criou a Aracruz Florestal. Cinco anos depois, seria criada a Aracruz Celulose, que começaria a produzir, em 1978, 400 toneladas por ano, logo atingindo 525 mil.
O empresário Max Feffer, que começou a história de sucesso da Suzano, dá nome a parque municipal da cidade que gera impostos e emprego graças à indústria de papel (Reprodução/redes sociais)
Em 1982, a Suzano volta a inovar ao anunciar o início da produção do papel Report, seu primeiro papel do tipo cut-size.
Dois anos depois, tem início a aplicação da biotecnologia, com a adoção da prática de micropropagação em seus plantios, também chamados de plantio in vitro.
A empresa continuou a crescer investindo sempre em tecnologia de ponta e também em incorporações de outras empresas do setor, estendendo sua produção para outros estados, como o Maranhão, onde a unidade de Imperatriz foi inaugurada em 2014. Outros investimentos foram feitos na Bahia e outros pontos do País.
Até que, após iniciar a produção, na fábrica de Suzano, da primeira celulose fluff de eucalipto, voltada para o segmento de absorventes e fraldas descartáveis.
Após migrar para o Novo Mercado, na Bolsa de Valores, em 2017, a empresa dá um salto definitivo em potencialidade ao consolidar a fusão da Suzano Papel e Celulose, com a gigante Fibria, que resultou na Suzano S/A, nascida como a maior produtora mundial de celulose.
Voltada para a sustentabilidade de seus produtos, desde as plantações de eucaliptos até a produção da celulose e papel, a Suzano é hoje uma potência cujos números oficiais impressionam pela grandiosidade. A empresa tem 11 unidades, onde atuam 35 mil colaboradores. Possui cerca de 1,3 milhão de árvores plantadas mais de 900 mil hectares de florestas conservadas, além de uma capacidade de produção de 10,9 milhões de toneladas de celulose a cada ano.
A empresa atende atualmente a 35 mil clientes no segmento de papel, com uma capacidade de produzir até 1,3 tonelada de papel a cada ano. A empresa também possui capacidade para produzir 140 mil toneladas anuais de papel higiênico e investe em outros produtos.
Números que demonstram o acerto de uma política desenvolvimentista baseada na tecnologia e sustentabilidade, que começou com o velho Leon e que teve continuidade com o filho Max Feffer e outros descendentes que continuam à frente da empresa, hoje de capital aberto, mas que continua na busca contínua e permanente da qualidade e crescimento.
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