Nova proposta foi apresentada pela empresa nesta terça e aprovada pelos trabalhadores
GM de Mogi está localizada no distrito industrial do Taboão (Foto: arquivo / O Diário)
Foi suspensa a greve prevista para começar na próxima segunda-feira (20) por funcionários do complexo industrial da General Motors de Mogi das Cruzes, no distrito industrial do Taboão. O Sindicato dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo e Mogi entrou em acordo com a empresa em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (14).
O sindicato pedia valores maiores para a participação nos resultados (PR) e para o abono, dentro do parâmetro dos pagamentos destes benefícios feitos nas unidades de São José dos Campos e São Caetano do Sul.
Uma nova proposta foi apresentada pela empresa nesta terça e aprovada pelos trabalhadores. Segundo David Martins, diretor do sindicato, a empresa ofereceu PR de R$ 11.401,00 e abono de R$1.100,00, que será pago no próximo dia 21.
Também deverá ser paga uma antecipação da PR no dia 24.
“Graças à mobilização, luta, unidade dos trabalhadores e o apoio do sindicato junto aos trabalhadores, conseguimos chegar em um valor justo”, comentou Martins a O Diário.
O estado de greve na unidade da GM de Mogi – que produz autopeças e emprega cerca de 570 funcionários – havia sido decretado na semana passada.
A reportagem busca contato com a empresa desde a semana passada.
Valtra
Enquanto uma greve se resolve, outras são planejadas em Mogi. De acordo com Martins, trabalhadores da Agco Valtra, em Mogi, também representados pelo sindicato, decretaram nesta segunda-feira (13), estado de greve, após realização de nova assembleia.
O sindicato pede equiparação do valor do Propar/PLR (Participação nos Lucros e Resultados), mais segurança aos trabalhadores, entre outras melhorias que estão sendo solicitadas à direção da empresa.
Segundo o ele, o sindicato deve se reunir na próxima segunda-feira (20), com representantes da Agco para buscar um acordo. “Caso não haja consenso, notificaremos a greve para a próxima semana”, informou Martins.
O grupo americano AGCO tem mais uma fábrica de montagem de tratores no Brasil, em Canoas (RS), e outras duas unidades menores nas cidades de Ibirubá e Santa Rosa (RS). Em um panfleto distribuído entre os trabalhadores, o Sindicato alega que na fábrica de Canoas foi pago um valor de R$ 9.200,00 para 100% das metas que, aliás, eram muito mais fáceis que nas outras plantas.
“Os trabalhadores de Canoas conseguiram superar as metas e atingiram 120%, recebendo um valor bem superior. Já em Mogi das Cruzes, o valor foi de R$ 6.600,00, com metas mais difíceis de serem atingidas, sem que fosse dada a mínima condição para este atingimento", reforçou Martins a Diário.
Em nota encaminhada pela empresa, a AGCO informa que não ocorreu nenhuma manifestação de greve em sua unidade de Mogi das Cruzes (SP), na última segunda-feira (13), e sim uma assembleia junto ao Sindicato dos Metalúrgicos para negociação da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). "Todavia, a companhia ratifica seu comprometimento diário com toda a legislação aplicável a suas operações e colaboradores", informa.
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