Canal Criaticidade toca em um ponto importante e chama para uma discussão sobre Mogi das Cruzes
Mogi das Cruzes (PMMC - Divulgação)
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Canal Criaticidade toca em um ponto importante e chama para uma discussão sobre Mogi das Cruzes
Mogi das Cruzes (PMMC - Divulgação)
Mogi é uma cidade feia.
Ouvi tal afirmação em diferentes ocasiões, desde que por aqui me atraquei. sempre com um “mas”. “A localização é fantástica, pois estamos a poucos minutos do Aeroporto Internacional de Guarulhos, a pouco quilômetros da Capital e a um pulinho da praia”.
Ao falar de Mogi, parece a velha história do sujeito que chega no outro e diz: tenho uma boa e uma má notícia. Por que nunca são duas boas? Ah, Mogi é feia, mas a localização é fantástica...
Talvez contaminado por “tais verdades”, essas também foram as primeiras impressões desse forasteiro que vos escreve. Mas comecei a aprender a ver uma beleza que alguns não conseguem ou não querem enxergar.
Beleza de uma Mogi vista à distância, na chegada pela Mogi-Dutra. Ou, quando pela avenida Narciso Yague Guimarães, surge imponente aquele verde da serra contornando a cidade. Dependendo do clima, as nuvens encobrem a beleza natural que nos observa, proporcionando uma pintura esfumaçada. Um quadro realista para todos.
Beleza vista do quarto andar da prefeitura (visão privilegiada de quem administra a cidade). Dá até vontade de ser prefeito só para contemplar a Mogi pelos vidros do prédio que abriga a gestão pública.
Beleza dos parques. O Centenário é de causar inveja a muitas cidades por aí. Talvez vale melhorar um pouco a fachada. Fica a dica.
Mas entendo as argumentações dos críticos de plantão. Talvez uma outra percepção é a causa dessa cegueira em relação aos pontos citados acima. Talvez a falta de beleza que eles dizem esteja na estrutura urbana. Talvez a falta de viadutos, grandes avenidas e outras belezas de concreto são mais latentes, para alguns, do que a presença da natureza.
Convenhamos, a beleza urbana nem sempre é sinônimo de desenvolvimento urbano. E nunca deve ser mais importante do que a beleza natural. Mas, precisamos admitir que falta a Mogi alguns itens essenciais para o desenvolvimento social e estrutural.
O projeto Viva Mogi, que já mostramos neste espaço, deve melhorar alguns itens essenciais de vivência. No entanto, há situações que gritam e fazem com que problemas estruturais se confundam com beleza urbana. Compreensível.
Não é necessário ser especialista para entender que algo precisa ser feito. O trem que disputa lugar com carros, ruas já estreitas com permissão para estacionar, desorganização do trânsito, semáforos e cruzamentos confusos, ciclofaixas que nada mais são do que ruas com pequenas faixas pintadas.
Essa análise de cidade deve ser profunda e o foco deve ser a solução de problemas estruturais. Um olhar mais atento ao trânsito, a vivência urbana, a democracia do ir e vir sem barreiras ou malabarismos. É facilitar a vida do cidadão no dia a dia. Ponto.
A beleza será uma consequência.
Afinal, profetizamos: Mogi é linda. E a localização então...
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