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Atenção e mudanças para ser ESG

Foi em 2013 que começou a direcionar a atenção aos questionamentos de alguns assuntos que automaticamente estavam na sigla ESG

5 de março de 2023

Sustentabilidade | Reprodução - Freepik

Reportagem de: O Diário

A sociedade vive em constantes mudanças e muitas delas atreladas aos grandes movimentos: diferentes regimes de governo, revoluções e até guerras. Saíram melhor de cada um desses períodos os que souberam entender o que o presente exigia e quais seriam as demandas futuras, a partir daquele ponto. E de novo o mundo está deixando para trás mais uma turbulência, desta vez causada pela pandemia da Covid-19. Na visão do diretor-presidente do conglomerado Padrão, Sidemir Carlos Inácio, pessoas, governo e empresas participam de uma nova era, em que o modelo capitalista se abre aos setores que a sigla ESG engloba.  Não obstante, ele ressalta que o assunto está na pauta de 10 entre 10 Ceos com quem conversa.

No comando do conglomerado de empresas que há 31 anos oferece serviços de segurança, portaria, limpeza,  monitoramento eletrônico,  portaria remota e facilities, foi em 2013 que começou a direcionar a atenção aos questionamentos de alguns assuntos que automaticamente estavam na sigla ESG. Esse debate ainda não estava tão em alta, mas já era o momento de pensar no que essa ideologia traria.

À Padrão, que utiliza produtos de desinfecção, higienização e limpeza em uma de suas empresas, caberia o olhar atento ao que poderia ser feito para melhorar a relação com a natureza, já que entre os desafios estão as mudanças climáticas, a restrição de recursos hídricos, aumento da poluição e a perda da biodiversidade.

“Estudamos o assunto e por meio da nossa gestão do sistema da qualidade e outras coordenações como operacionais, suprimentos, manutenção e financeiro, nossos gestores criaram uma rede de fornecedores qualificados, em que  os produtos utilizados são validados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e também da Agência Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Todos eles acompanhados de um documento efetivo, a Ficha Informativa de Segurança de Produtos Químicos. Era o primeiro passo para amenizar o impacto ambiental”, conta.
Atualmente, todos os colaboradores da prestação desses serviços são treinados para ter a consciência da importância de ações que ajudem a combater ou pelo menos minimizar algumas ameaças. Por meio de parcerias com fornecedores, hoje, a empresa evidencia a sua responsabilidade em lidar, por exemplo, com a gestão de produtos e resíduos.

Ao se aprofundar no conhecimento do ESG, Sidemir percebeu também que alguns protocolos que a empresa já adotava estavam ligados à responsabilidade ambiental. Entre eles, o descarte correto do sistema de óleo lubrificante da frota, bem como a troca do óleo dos veículos dentro do período estipulado.

“Todos sabemos disso. Mas a questão era: onde esse produto é descartado? Por isso, após o uso, todo esse material é encaminhado à empresa especializada em reciclagem. É uma política de suma importância, visto que um litro de óleo consegue acabar com o oxigênio de um milhão de litros de água. Num país em que a cada bilhão de litros consumidos, apenas 250 milhões são coletados para reciclagem, cabe a nós dentro da Padrão não deixarmos que isso aconteça”, ressalta.

A implantação de um Sistema Fotovoltaico (energia solar) foi outro passo importante do grupo. Sidemir relembra que exigiu recurso, sobretudo pela escolha de uma das empresas mais competentes nesse segmento, dentro de todas as normas regulamentadoras exigidas, com equipamentos de qualidade. O resultado está em hoje a empresa ter a sua energia própria, limpa e renovável, que pode ser acompanhada via aplicativo, sem qualquer emissão de gases poluentes.

“Dentro de uma empresa tudo é cultural. Por isso estamos criando, em nossa rotina de trabalho, um modelo de avaliação para gerir os impactos positivos e negativos que uma empresa causa na sociedade e no meio ambiente. Temos reuniões mensais de resultado, em que procuramos valorizar as práticas ambientais, sociais, e de governança”, ressalta.

Resultado disso é que até o momento, a Padrão Serviços garante nunca ter sido questionada por clientes sobre a forma com que presta o serviço. Realidade que poderia ser bem diferente, observa Sidemir, se não houvesse lá atrás um olhar assertivo de futuro, que hoje permite à empresa atuar com ética e transparência.

Os números também justificam os investimentos. O ESG já movimenta mais de 35 bilhões de dólares no mundo. Valor maior do que somados os PIBs da China, Japão e Alemanha. A tendência é que a sigla chegará a 53 trilhões de dólares em 2025.

“No Brasil não é diferente. Hoje, na bolsa brasileira, já temos vários índices focados ESG. As empresas que já se conscientizaram já estão colhendo os frutos. E eu acredito que é questão de pouco para que quem não circular nesse universo sustentável ficar para trás. Sabemos que a Padrão ainda precisa se aprofundar mais nessas questões de crises climáticas, fator econômico e consumidores. Estamos no caminho certo até porque já iniciamos a caminhada”.

E quem reconheceu lá atrás a importância do ESG e ainda hoje reconhece que há caminhos a serem percorridos, o fato é que não é mais uma questão de ser, mas de quando cada empresa vai incluir essas três letras na sua agenda.

A Padrão em números

31 anos de mercado

+ de 2.000 clientes atendidos

2.600 colaboradores treinados

100 veículos na frota

100 funcionários de apoio administrativo

24 tipos de serviços oferecidos

24 horas de suporte técnico especializado

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