Mudanças ocorrem em meio às ações emergenciais para o enfrentamento do grave problema de saúde pública dos povos ianomâmis
(Foto: Divulgação)
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Mudanças ocorrem em meio às ações emergenciais para o enfrentamento do grave problema de saúde pública dos povos ianomâmis
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O governo federal exonerou 33 coordenadores da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) e 11 chefes distritais de Saúde Indígena do Ministério da Saúde. As mudanças foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (23) e ocorrem em meio às ações emergenciais para o enfrentamento do grave problema de saúde pública dos povos ianomâmis. A edição do DOU traz ainda a dispensa de mais quatro coordenadores da Funai. Ao todo, 43 servidores perderam o cargo na Fundação Nacional dos Povos Indígenas.
Ao todo 38 servidores foram exonerados e outros cinco foram dispensados da Funai. A lista de exonerações inclui 22 coordenadores regionais e 11 coordenadores nacionais, incluindo o Coordenador-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato e o Coordenador-Geral de Monitoramento Territorial da Diretoria de Proteção Territorial.
Há, ainda, uma exoneração no cargo de direção: Giovani Souza Filho, diretor do Museu do Índio. Os outros quatro cargos exonerados são de assessorias e chefia de gabinete. A quinta dispensa trata-se do corregedor da FUNAI.
Já no Ministério da Saúde, a lista de baixa conta com o coordenador distrital de Saúde Indígena do leste de Roraima da Secretaria Especial de Saúde Indígena. O estado concentra a crise dos povos ianomâmis.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve em Boa Vista, Roraima, no sábado para definir as ações que seriam tomadas. Ele estava acompanhado das ministras Nísia Trindade (Saúde) e Sônia Guajajara (Povos Originários). Na ocasião, falou em montar "um plantão da Saúde nas aldeias" e garantir meios de transporte para a população indígena ter acesso à capital do estado.
Na sexta-feira (20), o Ministério da Saúde declarou emergência de saúde pública, após a equipe da pasta identificar crianças e idosos das terras indígenas em estado grave de saúde, incluindo casos de malária, infecção respiratória aguda e desnutrição.
— É desumano o que eu vi aqui. O presidente que deixou a presidência esses dias, se ao invés de tanta motociata, tivesse vergonha e viesse aqui, quem sabe esse povo não estivesse abandonado como está (...) A saúde deve ir lá na aldeia e não esperar que eles venham aqui na cidade. Nós vamos civilizar o tratamento que se dá aos povos indígenas — afirmou o presidente em pronunciamento em Roraima.
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