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POLÍCIA FEDERAL

Ex-ministro da Educação Milton Ribeiro é preso

A operação deflagrada nesta quarta-feira (22) foi autorizada pela 15ª Vara Federal do Distrito Federal e apura crimes como corrupção e tráfico de influência durante a gestão de Ribeiro, que também é pastor

O Diário
22/06/2022 às 09:45.
Atualizado em 22/06/2022 às 10:52

O ex-ministro Milton Ribeiro é alvo de mandado de prisão que está sendo cumprido pela Polícia Federal (Isac Nóbrega - PR)

Uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta quarta-feira (22) prendeu o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Outros pastores suspeitos de montar um gabinete paralelo para liberação de verbas dentro do Ministério da Educação também são alvos da investigação. Órgãos de imprensa como a TV Globo e o jornal O Globo detalham a operação que mobiliza as atenções hoje.

O ex-ministro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura são alvos de mandados de prisão. Policiais federais cumprem mandados de prisão e busca e apreensão contra o ex-ministro e os pastores-lobistas Arilton Moura e Gilmar Santos, por suspeitas de crimes na liberação de recursos do Ministério da Educação para prefeituras.

A operação foi autorizada pela 15ª Vara Federal do Distrito Federal e apura crimes como corrupção e tráfico de influência durante a gestão de Milton Ribeiro.

A investigação teve início no Supremo Tribunal Federal, mas foi enviada à primeira instância depois que Milton deixou o cargo de ministro da Educação do governo Bolsonaro.
No total, são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e cinco prisões preventivas nos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal, além de medidas cautelares como a proibição do contato entre os investigados.
Em depoimento, Milton Ribeiro disse desconhecer a atuação dos pastores e afirmou que "não autorizou" os religiosos a falar em nome do ministério. “Não tinha conhecimento que o pastor Gilmar ou o pastor Arilton supostamente cooptavam prefeitos para oferecer privilégios junto a recursos públicos sob a gestão do FNDE ou MEC”, disse.

Em um áudio revelado pela "Folha de S. Paulo", Milton Ribeiro afirma que a prioridade dada a Gilmar Santos e Arilton Moura foi um pedido do próprio presidente Jair Bolsonaro, que defendeu o acusado, assim como a primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Imprensa

Reportagens divulgadas pelos jornais "O Estado de S. Paulo"  e "Folha de S. Paulo"  revelaram a existência de um "gabinete paralelo" dentro do Ministério da Educação, que seria controlado pelos pastores.

Na denúncia, está incluído áudio divulgado pela  "Folha de S.Paulo" de uma reunião em que Ribeiro afirmou que, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, repassava verbas para municípios indicados pelo pastor Gilmar Silva.

"Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar", disse o ministro no áudio. "Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar", complementou Ribeiro.

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