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MERCADO

Economia cresce no Sul e Centro-Oeste do País, mas recua na região Sudeste

Entre abril e junho, o Sul cresceu 2,8% na comparação com o trimestre anterior, segundo o Banco Central

Agência Brasil
15/09/2022 às 10:07.
Atualizado em 15/09/2022 às 10:07

Enquanto os setores de serviços e comércio demonstram alta da atividade, a indústria sofre com os custos da produção (Divulgação/Agência Brasil)

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Economia cresce no Sul e Centro-Oeste do País, mas recua na região Sudeste

Entre abril e junho, o Sul cresceu 2,8% na comparação com o trimestre anterior, segundo o Banco Central

Agência Brasil
15/09/2022 às 10:07.
Atualizado em 15/09/2022 às 10:07

Enquanto os setores de serviços e comércio demonstram alta da atividade, a indústria sofre com os custos da produção (Divulgação/Agência Brasil)

As regiões Sul e Centro-Oeste foram as que mais cresceram no segundo trimestre, de acordo com o Boletim Regional publicado pelo Banco Central (BC). Os números apresentam nuances quanto à elevação de 1,2% do PIB no período registrado pelo IBGE. A região que teve variação negativa foi a Sudeste.

Entre abril e junho, o Sul cresceu 2,8% na comparação com o trimestre anterior. O número alto reflete uma base comparativa baixa, já que no primeiro trimestre a região sofreu com a quebra na produção de soja. Mas houve retomada no comércio e construção.

“O comércio assinalou expansão generalizada no período, avançando em oito das dez atividades pesquisadas, sobretudo em combustíveis e lubrificantes”, aponta o documento.

O boletim também apontou que esse crescimento é visto no mercado de trabalho, que “manteve trajetória de recuperação", com destaque para indústria de transformação e comércio.

“O mercado de trabalho apresenta processo consistente de retomada, com diminuição da taxa de desocupação nas três unidades federativas, favorecendo a ampliação da renda das famílias”, destacou.

Os números de crescimento por região são do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), que tem um cálculo diferente do utilizado pelo IBGE no PIB.

No Centro-Oeste, a alta da atividade foi de 2% principalmente por conta do comércio, construção civil, serviço às famílias e agricultura. O relatório aponta que as vendas externas da região, principalmente de exportações de soja e milho, cresceram 35,7% nos primeiros sete meses do ano.

“A economia do Centro-Oeste continuou evoluindo positivamente no segundo trimestre de 2022. Prospectivamente, parte da colheita do milho segunda safra ocorrerá no terceiro trimestre, com reflexos na indústria de alimentos e em transportes e armazenamento”, diz o relatório.

Segundo o relatório, a região também teve geração de empregos formais e a inflação caiu por conta do teto do ICMS aprovado pelo Congresso. Para o terceiro trimestre, o BC vê impacto do Auxílio Brasil de R$ 600 na atividade.

“As políticas temporárias de apoio à renda podem ter efeito positivo sobre a atividade no curto prazo, contribuindo para a manutenção da recuperação do setor de serviços e do mercado de trabalho”, aponta.

Em todo o país, o BC também ressaltou os efeitos de estímulos governamentais na economia, como o saque extraordinário do FGTS, a antecipação do 13º para aposentados e pensionistas e o aumento da margem de consignação.

Norte e Nordeste

A terceira região que mais cresceu foi a Norte, com alta de 1,5% na atividade. Assim como no restante do país, a retomada do setor de serviços impulsionou a economia. Segundo o boletim, o Norte foi a região que mais registrou recuperação no setor, com destaque para Tocantins, que teve alta de 12,7%.

Esse resultado se refletiu no mercado de trabalho, que teve criação de 18,5 mil vagas formais no período.

“No mercado de trabalho formal, as contratações indicaram continuidade na recuperação do emprego no segundo trimestre, com a criação de postos além da observada em igual período do ano anterior”, disse.

No Nordeste, a elevação de 1% na atividade reflete desempenho positivo na agropecuária, construção civil, mas principalmente no setor de serviços. Segundo o boletim, o destaque vai para os serviços às famílias e o turismo que conseguiram superar os níveis pré-pandemia.

O relatório destacou a recuperação do mercado de trabalho, com a taxa de desocupação no maior nível desde 2015 e elevação “consistente e generalizada” da geração de postos de trabalho.

“Em perspectiva, o possível impacto positivo no comércio varejista das desonerações tributárias, a melhora das expectativas de empresários e consumidores e os efeitos dos programas temporários de transferência de renda devem sustentar a atividade econômica da região”, diz

Sudeste estável

A única região que teve variação para baixo no segundo trimestre foi o Sudeste, com queda de 0,1%. O número reflete o resultado de São Paulo, que caiu 0,5%, enquanto os outros estados tiveram melhora na atividade.

A economia paulista sofreu com diminuição na expansão da indústria de transformação e quedas no comércio, serviços financeiros e prestados às empresas. No comércio, o aumento da taxa de juros pode ter contribuído para retração nas vendas de material de construção, veículos e eletrodomésticos.

Para o terceiro trimestre, o BC vê uma expansão no consumo das famílias com o pagamento do Auxílio Brasil, que deve favorecer o comércio e o setor de serviços.

“Em sentido contrário, a indústria ainda deve repercutir as dificuldades nas cadeias de suprimento de insumos e a elevação dos custos de produção”, aponta.

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