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Deputada Carla Zambelli aponta arma para homem em SP

Na tarde deste sábado (29), véspera do segundo turno das eleições presidenciais, a deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP), apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL), sacou uma arma e apontou para um homem no bairro dos Jardins, em São Paulo. Em uma rede social, ela afirmou, em vídeo, ter sido hostilizada por “militantes de Lula”.  […]

29 de outubro de 2022

Reportagem de: O Diário

Na tarde deste sábado (29), véspera do segundo turno das eleições presidenciais, a deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP), apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL), sacou uma arma e apontou para um homem no bairro dos Jardins, em São Paulo. Em uma rede social, ela afirmou, em vídeo, ter sido hostilizada por “militantes de Lula”. 

Ainda na internet, circulam registros do ocorrido, onde é possível ver uma discussão entre Zambelli e um homem negro na Alameda Lorena, perto do local onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizava ato de campanha neste sábado.

Em certo momento da discussão, Zambelli se desequilibra e cai. Em seguida, levanta e corre atrás do homem, junto com alguns de seus apoiadores, um deles aparece com uma arma na mão. É possível identificar o som do disparo de uma arma de fogo, mas não há uma imagem do momento do tiro. O homem negro é chutado por esse apoiador de Zambelli.

O homem negro que discutia com Zambelli segue pela Alameda Lorena até entrar num bar na mesma via. Na sequência, é possível ver a deputada chegando no local, com uma arma na mão.

Ela afirmou que almoçava com o filho de 14 anos no restaurante Kiichi, nos Jardins, quando foi agredida física e verbalmente por apoiadores de Lula na saída do local. Questionada sobre a proibição de portar arma de fogo antes das eleições, ela afirmou que não respeita decisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “A resolução é ilegal e ordens ilegais não se cumprem”, disse em entrevista a jornalistas após o episódio.

Em setembro, o TSE proibiu o transporte de armas por colecionador, atirador ou caçador (CAC) no dia das eleições, e também nas 24 horas anteriores e nas 24 horas seguintes ao dia da votação. Conforme a decisão, o “descumprimento da referida proibição acarretará a prisão em flagrante por porte ilegal de arma sem prejuízo do crime eleitoral correspondente”.

Em nota, no início desta noite, a assessoria de imprensa de Zambelli informou que a deputada “possui registro de arma de fogo para defesa pessoal”. A equipe também admite que a deputada “caiu no chão”, negando que ela tenha sido empurrada, como havia dito inicialmente.

Também em nota, a Polícia Militar afirmou que o caso será apresentado ao 78º Distrito Policial, dos Jardins, para registro do boletim de ocorrência e “devidas providências de polícia judiciária”.

Em seu Instragram, Zambelli um vídeo afirmando ter sido agredida verbalmente e cuspida pelo homem negro. Ela disse ter pedido para ele esperar ela chamar a polícia e “dar flagrante”. Zambelli declarou que correu atrás dele com uma arma pois ele “evadiu”.

“Me empurraram, até me machucaram aqui, me empurraram no chão, me chamaram de filha da puta, de prostituta, mandaram eu tomar no .., ele me cuspiu várias vezes. Quando ele me empurrou, eu caí, eu saí correndo atrás dele, falei que ia chamar a polícia, que ele tinha que ficar aqui para esperar a polícia chegar. E aí ele se evadiu, eu saquei a arma e saí correndo atrás dele, pedindo para ele parar. Ele ficou com medo, parou dentro de um bar, pedi para ele esperar porque eu ia chamar a polícia e dar flagrante. Ele começou a pedir desculpa. Acabamos de filmar o pedido de desculpas, eu falei: tá bom, você pediu desculpas, pode ir. Ele começou a fazer de novo”, relatou a parlamentar.

A deputada afirma, também em vídeo, que teve seu número tornado público ontem e diz que passou a receber ameaças de morte.

 

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