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Comitê estadual volta a recomendar que municípios orientem uso de máscaras

Após a liberação do uso de máscaras, inclusive em locais fechados, com exceção de unidades de saúde e transporte público, o Comitê Científico do Coronavírus do Estado de São Paulo voltou a recomendar que os municípios orientem a utilização do equipamento de proteção em locais fechados para prevenir o contágio da Covid-19. A máscara havia […]

31 de maio de 2022

Reportagem de: O Diário

Após a liberação do uso de máscaras, inclusive em locais fechados, com exceção de unidades de saúde e transporte público, o Comitê Científico do Coronavírus do Estado de São Paulo voltou a recomendar que os municípios orientem a utilização do equipamento de proteção em locais fechados para prevenir o contágio da Covid-19.

A máscara havia sido dispensada nos espaços no dia 17 de março, 679 dias depois de terem sido impostas no início da pandemia. A orientação vem no momento em que os índices da doença voltam a subir no estado, ainda que continuem em patamares considerados baixos.

“É uma recomendação, não é uma obrigatoriedade. Os municípios podem decidir pela obrigatoriedade se quiserem. O que foi feito hoje é uma recomendação de uso em locais fechados, especialmente aqueles com muitas pessoas, incluindo salas de aula, escritórios, cinema, por exemplo. Isso é em função do aumento da transmissão do vírus, que já vem ocorrendo há algumas semanas e, nas últimas, têm levado ao aumento no número diário de internações no estado de São Paulo”, afirmou o coordenador do Comitê, Paulo Menezes.

São Paulo foi um dos últimos estados a anunciar a liberação do item. A decisão veio cerca de uma semana depois que a máscara foi dispensada em ambientes abertos, no dia 9 de março. Na época, a flexibilização da proteção foi apoiada pelo comitê científico estadual, que levou em consideração uma redução de 76,7% nas novas internações e 56% dos óbitos por Covid-19 durante o mês de abril.

No entanto, hoje o estado vê os números subirem novamente. De acordo com o monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, nesta terça-feira foram registradas 492 novas internações pela doença, levando a média móvel a 404. Há duas semanas, esse índice era de 232 – um aumento de 74,1%.

“Esse aumento vinha sendo discreto, mas na última semana foi mais acentuado. Mas ainda é um número bem abaixo do que nós tivemos em janeiro e fevereiro deste ano, com a primeira onda da Ômicron. Naquela época, chegamos a ter 1.500 internações por dia naquela época”, explica Menezes.

A taxa, porém, é 176,7% maior que meados de abril, quando o estado chegou a uma média móvel de apenas 146 novas internações por Covid-19 a cada dia, a menor de toda a pandemia. Para o coordenador do Comitê Científico, a volta da orientação pelo uso de máscaras em locais fechados agora pode evitar que medidas mais drásticas sejam tomadas no futuro. Para isso, ele destaca ainda a importância de ampliar a cobertura vacinal em crianças e com as doses de reforço.

“(Na nova recomendação) também incentivamos a vacinação de quem não completou o esquema vacinal, tanto os idosos com a quarta dose, como a terceira dose para adultos, especialmente adultos jovens que podem não estar se importando muito com o reforço. Agora a aplicação extra foi liberada também para adolescentes, que precisam comparecer para receber o reforço. Além disso, existe uma proporção razoável de crianças que os pais ainda relutam muito em vacinar”, destaca o médico.

Nesta terça-feira, o estado também contabilizou 8.421 novos casos da doença, levando a média móvel a 5.399. O número é 57,3% maior que o cálculo de duas semanas atrás – quando o índice estava em 3.433 diagnósticos por dia. Porém, os novos casos e hospitalizações ainda não se refletiram no número de óbitos. Hoje, foram 43 novos registros de mortes pela Covid-19 em São Paulo. Com isso, a média móvel foi a 40, uma variação de 21,6% em relação ao cálculo de duas semanas atrás, quando estava em 51.

 

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